Psicologia Moderna

Trata-se de um caso intrigante por se caracterizar simultaneamente como ciência e como profissão. Atualmente esta área de atuação passa por uma ampla expansão no mercado de trabalho em decorrência deste profissional poder escolher, em seu leque de possibilidades, áreas diversas que envolvam o ser humano e suas peculiaridades.

Uma temática abarcada na área envolve a cognominada psicologia do senso comum a qual pode elucidar pontos de vista convenientes e que pode ser encontrada em Bock, Furtado e Teixeira (1996, p. 15):

“Usamos o termo psicologia, no nosso cotidiano, com vários sentidos. Por exemplo, quando falamos do poder de persuasão do vendedor, dizemos que ele usa de “psicologia” para vender seu produto; quando nos referimos à jovem estudante que usa seu poder de sedução para atrair o rapaz, falamos que ela usa de “psicologia”; e que quando procuramos aquele amigo, que está sempre disposto a ouvir nossos problemas, dizemos que ele tem “psicologia” para entender as pessoas”

Assim, esta psicologia refere-se a um conhecimento coloquial das pessoas (senso comum) e não ao conhecimento científico da psicologia em si. Logo, o objetivo deste texto é realizar uma explanação superficial sobre alguns dos principais temas dentro da psicologia científica (ciência e prática profissional).

O objeto de estudo

Um mote primário de demasiada importância desta disciplina refere-se a seu objeto de estudo – o homem. Astrônomos estudam astros e geólogos o solo. Muito bem - nestas áreas de atuação o homem estuda um fenômeno (ou objeto) com o qual não corre o risco de se misturar. Contudo, a psicologia, sociologia, antropologia e outras ciências humanas voltam-se para si próprias estudando o homem, se aventurando na possibilidade de se mesclar e confundir-se com o fenômeno que está estudando.

Como bem marcam Bock, Furtado e Teixeira (1996) se perguntarmos a um psicólogo comportamentalista ele dirá que estuda o comportamento humano, se perguntarmos a um psicanalista ele dirá que estuda o inconsciente. Portanto podemos pegar emprestada a definição dos autores e dizer que o objeto de estudos da psicologia são os fenômenos psicológicos, e que a matéria-prima deste campo é a vida dos seres humanos.

Origens

A gênese da psicologia moderna reside no primeiro laboratório de psicologia do mundo localizado em Leipzig na Alemanha, fundado por Wilhelm Wundt em Dezembro de 1879 (SCHULTZ; SCHULTZ, 1992). Este acontecimento efetivamente “espaça” a psicologia da filosofia e marca o começo da conquista de um campo de atuação e pesquisa próprio. Após este feito, em 1887, G. Stanley Hall funda o American Journal of Psychology (primeira revista psicológica publicada nos EUA) e James Mckeen Cattel (que fora discípulo de Wundt) é reconhecido como o primeiro docente em psicologia da história. Vale ressaltar que, embora tenha sido fundada na Alemanha, foi nos Estados Unidos que a psicologia encontrou campo para ligeiro crescimento em decorrência do avanço econômico que postou os EUA à frente do sistema capitalista.

Schultz e Schultz (1992) também sinalizam as três principais teorias da psicologia do século XX:

• Teoria Behaviorista – Com sua origem em Watson. Focada no entendimento e análise do comportamento humano (behavior). Por sua aplicação prática teve grande reconhecimento científico e geral da sociedade. Um dos grandes nomes desta abordagem foi B. F. Skinner.

• Teoria da Gestalt – Também denominada de “psicologia da forma”, embora haja polêmica quanto à tradução literal da expressão. Esta teoria repudia a separação de ações e processos humanos apregoando a compreensão do ser humano em sua totalidade.

• Teoria Psicanalítica – Seu ilustre criador foi Sigmund Freud, um médico austríaco que, a partir de sua prática médica, formula uma das teorias mais conhecidas e difundidas do funcionamento

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