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Qualidade De Vida

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Por:   •  14/9/2013  •  3.265 Palavras (14 Páginas)  •  418 Visualizações

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ORIGEM E EVOLUÇÃO DO QVT

A qualidade de vida no trabalho é um tema recente, bastante discutido nas organizações empresariais e acadêmicas nos dias atuais, devido à enorme aplicabilidade de seus programas, sejam eles por motivos de compensação financeira, modismo ou mesmo por questão de sobrevivência a competitividade. O tema qualidade de vida no trabalho tem recebido considerável atenção nas duas ultimas décadas, mas ainda existem muitas incertezas com relação ao sentido exato do termo. A nominação QVT surgiu a partir dos estudos de Erick Trist na década de 50 no instituto de Tavistock, quando se aplicou uma nova técnica que organizava o trabalho a partir da relação: individuo trabalho e organização, ou seja, com estudos realizados sobre sociotécnicos, onde foi verificado após os estudos que as empresas e os sistemas sociais tinham relações estreitas que foram representadas pelos indivíduos onde os sistemas técnicos eram representados pela estrutura organizacional de forma sistêmica, representada pela liderança e a tecnologia que eram conduzidas e introduzidas dentro das empresas de forma estratégica. Markes de Oliveira (1998, p.18): relatou “O estudo científico da qualidade de vida no trabalho, veio se dar a partir dos séculos XVIII e XVIIII, através das escolas de administração científica e relações humanas”. Com base na realidade de um tema discutido cada vez mais nas empresas HANDY (1995, p.25) declarou: “O problema começou quando transformamos o tempo em mercadorias, quando compramos o tempo das pessoas em nossas empresas em vez de comprar a produção. Quanto mais tempo você vende, nessas condições, mais dinheiro fará. Então, há uma troca inevitável entre o tempo e o dinheiro. As empresas, por sua vez, tornam-se exigentes. Querem menos tempos das pessoas que eles pagam por hora, porém mais das pessoas que pagam por ano, porque no último caso, cada hora extra durante o ano é gratuita.”

Mais a frente analisaremos as conseqüências dessa afirmação mencionada pelo autor. A concepção evolutiva do QVT iniciou-se no ano de 1959 a 1972 onde a qualidade de vida no trabalho era vista como uma variável , ano que houve investigação de como melhorar as condições de vida no ambiente de trabalho, como poderiam os indivíduos pertencente a empresa obter condições de vida melhores no trabalho. Ano de 1969 a 1974 começou haver mudanças, pois os empregados eram sobrecarregados nas tarefas, em 1972 a 1975 começaram ocorrer mudanças no ambiente de trabalho, estrutura física. No ano de 1975 a 1980 ocorreu o inicio da produção, havendo assim um questionamento do que era necessário para que as pessoas começassem a ser mais produtivas. Conseqüentemente as exigências das pessoas aumentaram, e no ano de 1979 a 1982, surgimento de empresas de fora, entrando no mercado aumentando a concorrência então as empresas ameaçadas passaram a investir em melhores condições de trabalho como estratégia competitiva nas organizações.

CONCEITO

O conceito de qualidade de vida é muito amplo, podendo ser analisado em dois aspectos, do ponto de vista das pessoas e no ambiente empresarial.

Do ponto de vista das pessoas, qualidade de vida é a percepção de bem estar a partir das necessidades de cada individuo, do ambiente social e econômico e das expectativas de vida representando, a valorização no significado do trabalho e do cargo ocupado.

No ambiente empresarial, nos dias atuais representa a necessidade de valorização nas condições de trabalho como: ambiente físico, matéria-prima, equipamentos, suporte organizacional e instrumentos adequados. Condições essas que tem o intuito de satisfazer as necessidades dos funcionários, gerando o bem-estar. A qualidade de vida no trabalho é a capacidade de administrar o conjunto das ações, incluindo diagnóstico, implantação de melhoria e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho alinhada e construída na cultura organizacional com prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organização. (FRANÇA, 2007, p.167.).

Segundo esse enfoque, saúde não é apenas ausência de doenças, mas também o completo bem estar biológico, psicológico e social. Esta definição, adotada pela organização mundial de saúde em 1986, abre espaço significativo para compreensão e administração de fatores psicossociais na vida moderna, especialmente no ambiente de trabalho. Um dos fatores que nem sempre aparece nas teorias convencionais é o stress e, no entanto, sua correlação com o trabalho é evidente. Atividades que requerem exaustivo esforço físico, ou que são alienantes, ou realizadas em ambiente de tensão, produzem efeitos psicológicos negativos, mesmo que a pessoa esteja bem fisicamente. O stress depende da capacidade de adaptação , que envolve o equilíbrio entre exigência que a tarefa faz a quem a realiza e a capacidade da pessoa que a realiza. Equilíbrio produz bem estar e sem ele resultam diferentes graus de incertezas, conflito e sensações de desamparo. O equilíbrio ou desequilíbrio pode ser produzido não apenas pela tarefa, mas por uma conjuntura. Por exemplo, uma situação de crise financeira e a perspectiva de perda de emprego deixam as pessoas em estado de grande tensão. Uma pessoa que perde o emprego pode passar a sofrer de diversos males, decorrentes da perda da estima pela dificuldade de recolocação. É tão serio este problema,que algumas empresas investem no apoio psicológico de seus funcionários. Além do enfoque biopsicossocial o conceito de qualidade de vida no trabalho baseia-se em uma visão ética da condição humana. A ética, como base da QVT procura identificar, eliminar ou minimizar todos os tipos de riscos ocupacionais. Isso envolve desde a segurança do ambiente físico, até o controle do esforço físico e mental requerido para cada atividade, bem como a forma de gerenciar situações de crise, que comprometam a capacidade de manter salários e empregos.

O termo Qualidade de Vida tem sido constantemente utilizado para descrever situações em que, sob diversas óticas e/ou intervenções, procura-se criar condições que agreguem, objetivamente, valor e qualidade à nossa vida. Assim, a criação ou implantação de locais de lazer, urbanização de favelas, centros específicos para a terceira idade, etc. podem ser concebidos enquanto instrumentos de melhoria da qualidade de vida de uma população ou de parcela desta. Dado o local destacado que o trabalho ocupa em nossas vidas, era perfeitamente previsível que esta abordagem se ocupasse, também, da Qualidade de Vida no Trabalho. QTV

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