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RELATO APRESENTADO PELA ESCOLA

Por:   •  18/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.790 Palavras (8 Páginas)  •  138 Visualizações

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INTRIDUÇÃO

O caso de Miguel, trata-se da história de uma criança acima da média em relação aos colegas de turma, do posicionamento de sua família e da visão da intuição escolar.

        A narrativa acontece na escola de educação infantil ABC, no bairro da Vila Clementino, na grande São Paulo e mostra o dilema do menino já sabia ler e escrever com 4 anos e em meio a rotina demostrava-se disperso, agitado e desorganizado.

  • RELATO APRESENTADO PELA ESCOLA

Miguel é uma criança de 4 anos de idade, cursa o infantil quatro na escola ABC.  O relatório enviado no dia da reunião de pais para a família de Miguel descrevia que seu desenvolvimento escolar estava sendo baixo mesmo diante de habilidades cognitivas a cima da média, muitas vezes, parecia desligar-se da realidade envolvendo-se em seus pensamentos, diante disto a escola convidou a família para uma reunião afim de afinar a parceria diante dos desafios que Miguel enfrentaria diante de sua vida acadêmica.

  • RELATO APRESENTADO PELA FAMÍLIA

De acordo com a solicitação da escola a mãe confirmou a reunião, mas disse que viria sozinha pois o pai trabalhava como caminhoneiro e viajava muito e que a educação de seus dois filhos ficava por sua conta.

Segundo informações da mãe, Miguel está desmotivado pois já sabe a maioria das coisas que a professora trabalha em sala de aula. E pediu para avançarem ele de turma, sendo transferido para o infantil cinco com crianças de 5 anos, já que com quatro anos conseguia ler e escrever, era bom em resolver problemas matemáticos e iria se sair bem com a turma dos mais velhos pelas altas habilidades que possuíra.

Ao final da reunião a escola indicou para a família que Miguel necessitará do acompanhamento psicopedagógico, a mãe concordou e iniciou-se o tratamento com a psicopedagoga da instituição.

  • RECURSOS DIAGNOSTICOS EMPREGADOS

Diante das queixas apresentadas, a avaliação psicopedagogica prosseguiu com utilização dos seguintes recursos: entrevista de anamneses com a mãe, entrevista operativa de centrada na aprendizagem (EOCA), Técnicas Projetivas na avaliação psicopedagogia, (família educativa, par educativo, eu com os meus companheiros e os quatro momentos do dia, testes de avaliação memória, raciocínio lógico, da leitura e da escrita e entrevista com a professora da criança.

PRIMEIRA SESSÃO

Miguel na primeira entrevista mostrou-se uma criança alegre e comunicativa. Ao entrar na sala foi diretamente para a mesa abrindo os materiais e ao mesmo tempo falando que gostava de fazer desenhos de dinossauros, apresenta autonomia de pensamento dando pouca importância a minha fala.  Observou-se um comportamento agitado e impulsivo diante da vontade de fazer várias coisas ao mesmo tempo, caminhava entre os livros e a mesa conversando sozinho, sempre ensinando ou imitando alguma fala adulta, dando ordens a personagens imaginários.

A partir do EOCA, fui descobrindo e realizando as atividades, perguntei ao Miguel o que ele estava vendo sobre a mesa e rapidamente foi narrando o que via e ensinar a psicopedagoga as realizar as atividades que imaginava em sua cabeça, impondo seus pontos de vista e vontade. Esse modo de lidar com a aprendizagem explica dois aspectos relevantes para a compreensão do caso, a presenta de habilidades cognitivas desenvolvidas e imaturidade psicológica relevadas em posturas egicentricas.

SEGUNDA SESSÃO

Chegou alegre e entrou diretamente para a mesa, foi necessário ir até ele para poder cumprimenta-lo.

          Ao começar a sessão, iniciamos com o teste projetivo “par educativo” desenvolvido por Jorge Visca com a finalidade de investigar sobre os vínculos de aprendizagem do sujeito. Miguel representou a professora e uma coleguinha de sala de aula por uma barreira. Quando questionado por que ele próprio não estava no desenho, respondeu:

-Na sala de aula existe um semáforo que sinaliza as cores do sinal: vermelho, para quem é bagunceiro, amarelo para os que estão querendo ficar bagunceiros e sinal verde para quem obedece a professora.  

Continuou:

-Essa minha coleguinha que fiz no desenho, tem sinal verde, por isso a desenhei; eu sou sinal vermelho não posso aparecer no desenho.

        

TERCEIRA SESSÃO

        Nesta sessão estava mais espontâneo, chegou e foi diretamente para a mesa apanhando papel e hidrocor.

Nesta terceira sessão fizemos a avaliação na área da linguagem, como a família havia mencionado que Miguel sabia ler e escrever realizei um ditado de palavras, observou-se que, durante todo o processo diagnóstico, a criança ser bastante comunicativa, apresentando-se com uma oralidade  eficiente. Ditei dez palavras e Miguel escreveu todas em letra cursiva, apresentou consciência fonológica, falava sozinho brincando em sua cabeça de fazer rimas com as palavras que escutava no ditado e por alguns momentos parecia desligar-se do mundo a sua volta entregando-se a falar sozinho e rindo consigo mesmo.

Pedi que Miguel escolhesse algo que gostasse de brincar, visto de a sala tem vasta quantidade de brinquedos e jogos e mais rápido que podia escolheu a estante com livros e pegou muitos e os colocou no chão, os abria e deixava de lado.

Perguntei se gostaria de escolher algum brinquedo para me ensinar como sabia brinca, mas fingindo não entender ignorou minha fala, continuei conversando sobre o que eu gostava de brincar e Miguel esquivava-se dizendo que não sabia fazê-la e que era difícil, justificando de forma argumentativa. Neste momento requeria atenção sobre os livros que estava vendo, solicitando fortemente que fosse feita todas as suas vontades.

QUARTA SESSÃO

Miguel bateu na porta e entrou e como de costume foi diretamente para a mesa, ao chegar havia apenas uma caixa. Quando viu aquilo ignorou e foi diretamente para a estante e canto de leitura e começou a conversar sozinho e pegar muitos livros, disse a Miguel que na minha caixa mágica tem livros especiais que jamais havia visto.  

Curioso foi aproximando-se da mesa e começando a mexer na caixa, disse a Miguel que precisaria de sua ajuda, pois os livros estavam bem no fundo. Enquanto tirava cada objeto íamos conversando sobre eles ludicamente, dentro da caixa havia um conjunto de bonecos representando a família, fui tirando lentamente o kit e pedi para que me mostrasse através desses bonecos como brincava em casa com a mamãe, papai e seu irmão.

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