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RESENHA CRÍTICA - SICKO

Por:   •  7/9/2018  •  Resenha  •  708 Palavras (3 Páginas)  •  719 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA

Documentário "Sicko" de Michael Moore

A presente resenha trata do documentário “SiCKO SOS Saúde”, 120 minutos, lançado em 2007, com roteiro e direção de  Michael Moore.

O documentário SiCKO – do inglês sick, “doente”- apresenta a forma como a saúde é tratada nos Estados Unidos da América (EUA), cujo modelo tem de base os planos de saúde ofertados pelas empresas privadas. O filme exibe situações reais com toda uma problematização cotidiana. Depois compara o Sistema de Saúde dos EUA com os desenvolvidos no Canadá, Cuba, França e Inglaterra. Um dos exemplos mostrado é sobre a questão de implantação de dedos amputados: nos Estados Unidos, mesmo um homem havendo plano de saúde teve que pagar um preço alto para a cirurgia de um dos dedos, ele precisava implantar dois, mas não havia recurso suficiente, então escolheu o mais barato; já no Canadá, outro homem teve todos os dedos de uma mão amputados e utilizando o sistema de saúde do país, teve a implantação de todos eles, sem pagar alguma taxa. Triste saber que são países que dividem uma mesma fronteira.

O documentário é rico em relatos de pessoas e de famílias que possuem planos de saúde e estão em situação de adimplência, mas não conseguem usufruir dos serviços com a qualidade devida, pois sofrem com muita burocracia, dependência prévia de autorizações, ou seja, uma extrema falta de amparo. Geralmente as despesas não são cobertas pelas seguradoras e raramente conseguem o direito aos remédios que necessitam ou a determinados tipos de exames. Na busca por respostas lhes são apresentados, na maioria das vezes, motivos infundados, injustos e preconceituosos.

Dentre os casos apresentados destaco: o idoso que trabalha em uma empresa privada só pra ter o plano de saúde, a fim de facilitar o acesso aos medicamentos que necessita; um casal que foram a falência por estarem doentes e o plano não cobriu o tratamento, tiveram que vender tudo para aplicar no tratamento e morar com seus filhos; a esposa que perdeu o marido porque o plano não autorizou a cirurgia de transplante de medula.

Outra política interessante é a aprovação para participar dos planos. São inúmeros pré-requisitos. O indivíduo não pode ser magro ou gordo demais. Uma funcionária de uma seguradora de saúde relatou que há uma lista bem longa de doenças pré-existentes que impedem a inserção de pessoas no plano, tais como: diabetes, AIDS, câncer, hemofilia, autismo, doenças cardíacas, dentre outras.

Na mídia há propagandas incríveis, bem como lindos discursos pelos políticos sobre os planos de saúde, mas que se distorcem totalmente da realidade.

O documentário também conta como foi o início da implantação desse sistema. Um acordo político com um empresário milionário da área de saúde deu início ao sistema de saúde privado nos EUA no ano de 1971. Fato a considerar é que as seguradoras norte-americanas têm como foco angariar grandes lucros (consolidaram-se numa ampla “máquina de dinheiro”, principalmente para os políticos e as indústrias farmacêuticas), no entanto não garantem boa parte dos serviços buscados pela sociedade, e quando cobrem, o fazem somente em parte. Milhões de pessoas não são assegurados e aquelas que são não alcançam a mínima e adequada assistência, sendo literalmente rejeitados tanto no atendimento quanto no tratamento. É um sistema onde os médicos são responsáveis pelas mortes de seus pacientes e ainda ganham vantagem por fazer isso.

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