Resenha Crítica - O que é o Existencialismo

FACULDADE PATOS DE MINAS

CURSO DE PSICOLOGIA – 2º PERÍODO

RESENHA CRÍTICA

Disciplina Psicologia Fenomenológica Existencial

Prof. Cátia

Aluno: Lucas Gonçalves de Araújo

PATOS DE MINAS

2016

RESENHA CRÍTICA

Obra: PENHA, J. da. O que é existencialismo. São Paulo: Brasiliense, 2001.

Sobre o autor: João da Penha, jornalista, professor e tradutor de poetas russos. Colaborou com várias publicações culturais em revistas especializadas, tais como a “Sociologia e Democracia” e “Encontros com a Civilização Brasileira”, abordando temas filosóficos e ensaios sobre filosofia. Escreveu vários livros, alguns ainda inéditos, sobre Sartre, Hegel, Gramsci e outros filósofos, além do “Ensaio sobre filósofos Pré-Socráticos”.

Sobre a obra: Organizada em capítulos, a obra aborda de forma expositiva, não só a história do existencialismo, como também a origem do termo. O existencialismo passou a ser conhecido em todo continente europeu como “um fenômeno do pós-guerra”; havia um sentimento de total desânimo e uma crise geral em toda Europa e no mundo, com isso o movimento começou a ganhar forças. Acreditava-se até então que o homem perdera a capacidade de resolver os problemas sociais da época.

        O Existencialismo foi considerado uma doutrina filosófica e também como um estilo de vida e de comportamento contraditório as normas e regras da sociedade até então vigentes. Os existencialistas eram acusados de difundir ideias mórbidas, amargas e que se preocupavam apenas em revelar o lado sórdido e sombrio da existência humana. Para os existencialistas, não cabiam julgamentos pois eles apenas viviam sob as bases de uma nova moral.

Com isso surgiram várias críticas ao movimento existencialista, a Igreja o via como ameaçador aos fundamentos da fé cristã por apoiar-se na reflexão de que a existência humana precisava ser considerada em seu aspecto particular, individual e concreto; esta individualização do ser humano foi herdada de pensadores que antecederam o existencialismo.

Esta herança dos pensadores que antecederam o existencialismo contribuiu para uma divisão do pensamento existencialista: a primeira delas o cristão que aborda as ideias de Kierkegaard, Marcel e Kall Jaspers, e na segunda temos o ateu, que preconiza as idéias de Heidegger, Satre e outros filósofos franceses, além da incorporação da “fenomenologia” de Edmund Husserl.

A origem do termo nos remete a essência, sendo esta o princípio fundamental do Existencialismo, o qual tratava da reflexão sobre a existência humana. Para o autor trata-se de uma experiência particular, mas que filosofar, trata-se de uma forma de o indivíduo se expor a si mesmo, reconhecendo-se autenticamente neste ato.

O autor utiliza da metodologia comparativa para fazer descrever os caminhos do existencialismo. Dentre os diversos filósofos existencialistas podemos citar:

• Kierkegaard compreende a existência do homem compreende três estágios: estético, ético e religioso;
• Husserl criador do método fenomenológico, baseado nas relações entre os fenômenos físicos e psíquicos;
• Heidegger repudiou a denominação de existencialista. Diferencia existencialismo de analítica existencial; o existencialismo preocupa-se diretamente com a existência humana, tomando-o em seu particular, ao passo que a analítica não demonstra interesse por esta existência, esta pretende discutir o Ser;
• Satre o mais popular e criticado dos existencialistas, para ele a existência precede a essência. Com isso o existencialista quer afirmar que primeiro o homem sabe-se existente e num segundo momento busca sua essência; essa essência do homem é encontrada em seus atos, e é construída através por meio de sua liberdade e escolhas, contribuindo para a formação dos valores do homem.

Houve outras correntes que se representaram fortemente no existencialismo, destaca-se entre elas Karl Jaspers e Gabriel Marcel, pela escolha individual e concreta da existência humana como base de suas reflexões.