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Resenha do Filme "O Pequeno Nicolau"

Por:   •  11/2/2021  •  Trabalho acadêmico  •  679 Palavras (3 Páginas)  •  318 Visualizações

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Resenha do filme O pequeno Nicolau (2009)

O filme O pequeno Nicolau é focado na imaginação das crianças e seu processo de desenvolvimento diantes das situações cotidianas. Já no início do filme é possível perceber o complexo de Édipo de Nicolau, que ao ser perguntado sobre o que queria fazer quando crescesse. Ao refletir sobre isso, o protagonista lembra-se de seu pai que na sua idade sabia o que gostaria para o futuro, ao contrário de si que não sabia. Posteriormente o garoto afirma que nunca tinha pensado no futuro, pois, gostava de ser criança e receber todo o amor e carinho de sua mãe.

        Como Klein (ano) aponta, as crianças passam por muita ansiedade, pois comparam-se aos adultos. Tal fato nota-se na cena em que queria falar com a colega Maria Edwiges, a quem teve sua primeira paixão, fica nervoso e acaba não dizendo nada. Essa ansiedade aparece em vários momentos, como quando a professora lhes pergunta e não sabem responder, e quando percebem que terão prova surpresa. Como expressão marcante disso, está a cena em que o colega de Nicolau, Agnaldo, que em diversos momentos a ansiedade é tanta que chega a desmaiar.

A psicanalista aponta que as crianças, tal como adultos, possuem desejos ambivalentes, com sentimentos de afeição e hostilidade. É possível perceber os impulsos agressivos de Nicolau com relação aos pais na cena em que ele foge e imagina seus pais sofrendo por sua perda, se arrependendo e sendo julgados socialmente. Em seguida, a agressividade de Nicolau se volta ao irmão que pensou que teria e o tiraria de seus pais, desejando então matá-lo.

Com isso, percebe-se, também, as fantasias de Nicolau, que baseado numa conversa que ouviu dos pais, passou a acreditar que eram monstros tentando abandoná-los. Em uma cena, até alucina com seu pai se transformando em monstro horrendo que deseja livrar-se dele. Posteriormente, passou a acreditar que sua mãe desejava ficar consigo, mas seu pai a faria abandoná-lo. Com esses conflitos simbólicos, existentes apenas em sua imaginação, Nicolau e sua turma montam planos para livrarem-se do irmão.

Ao ouvir uma conversa dos pais, acredita que sua mãe terá um novo filho, e com isso surge o medo de ser abandonado, tendo uma visão amedrontada de seus pais. Tal como afirma Klein (ano), o brincar para as crianças funcionam como a associação livre no adulto, ou seja, no brincar as crianças expressam seus desejos inconscientes, suas angústias e conflitos. Isso fica explícito, quando Agnaldo, brinca que é um pirata e chicoteia seus colegas, que seriam seus escravos.

No filme, também é possível perceber a formação do superego nas crianças em diversas cenas, tal como a vergonha que sente ao ser flagrado por seus amigos, brincando com meninas. Esse fato expressa a renúncia aos pais, ou seja, a saída do complexo de Édipo. Para tanto, é muito importante considerar a presença e atenção dos pais com as crianças, para que ultrapassem tem fase, sublimando os desejos hostis e auxiliando com o domínio da ansiedade.

Também, nota-se no filme as transferências feitas pelas crianças na escola, sendo positiva com a professora titular e negativa com a professora substituta e com o inspetor. Sendo que, tal como expõe Klein (ano), pode alterar o grau de ansiedade das crianças, ou seja, uma transferência positiva tende a diminuir a ansiedade, ao passo que a negativa a aumenta. Tal fato é percebido na cena em que a professora titular retorna ao trabalho, com os meninos todos felizes ao recebê-la, de forma completamente oposta que havia acontecido com a professora substituta, que os deixou tensos e inquietos.

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