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Resumo: A entrevista na terapia familiar sistêmica: Pressupostos teóricos, modelos e técnicas de intervenção.

Por:   •  7/4/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.081 Palavras (5 Páginas)  •  1.547 Visualizações

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Universidade do Sul de santa Catarina – UNISUL

Curso de Psicologia N PB

Unidade de Aprendizagem: Intervenção com Famílias

Semestre: 2020/2

Professora: Ana Maria Pereira Lopes

Acadêmica: Sâmara Ravine Correa Tasca

ZORDAN, E. P., DELLATORRE, R., & WIECZOREK, L. (2012). A entrevista na terapia familiar sistêmica: Pressupostos teóricos, modelos e técnicas de intervenção. Perspectiva36 (136), 133-142.

RESUMO

A partir das considerações apresentadas, destaca-se a entrevista como ferramenta fundamental no que tange a atuação do psicólogo em diferentes contextos, onde auxilia o estudo do comportamento individual e social, suas potencialidades, limitações, desenvolvimento, relações, etc. Muitos profissionais articulam diferentes abordagens para um resultado mais efetivo para a família, no entanto, neste artigo é apresentado uma revisão da literatura a partir da perspectiva de diferentes modelos propostos de entrevista na abordagem de terapia familiar sistêmica.

Nesta abordagem sistêmica, ações e comportamentos são influenciados tanto de um dos membros que compõe a família, quanto de toda ela, de forma simultânea. Assim, segundo Castilho (2008; apud Zordan, Dellatorre e Wieczorek, 2012), a família não é apenas a soma de suas partes, mas um todo coeso, inseparável, uma unidade indivisível.

A terapia familiar sistêmica foi influenciada pela Teoria da Comunicação e Teoria Geral dos Sistemas (TGS) sendo esta segunda, desenvolvida na década de 20 pelo austríaco Von Bertalanffy que pressupõe que uma organização sistêmica implica em uma interdependência dentre as partes.

De acordo com Zordan, Dellatorre e Wieczorek (2012), as propriedades do sistema que podem ser observadas na família são: totalidade, causalidade circular, equifinalidade, equicausalidade, limitação, regras de relação, ordenação hierárquica e teleologia. Essas propriedades norteiam a condução do processo terapêutico.

Na década de 50, Bateson identificou uma relação entre patologia comunicacional e a gênese da esquizofrenia. Ele propôs uma compreensão da doença como relacional (CARNEIRO; PONCIANO, 2005 apud Zordan, Dellatorre e Wieczorek, 2012). O trabalho de Bateson foi essencial para o desenvolvimento das noções sistêmicas quanto ao comportamento do indivíduo. A Teoria da comunicação propõe cinco axiomas básicos: no primeiro, é impossível não se comunicar, porque todo comportamento pode ser considerado comunicação e toda comunicação pode ser considerada comportamento. No segundo, toda comunicação tem um aspecto de conteúdo e outro de relação, o permite classificar o que é metacomunicação; No terceiro, cada um vê o mundo e se comunica de forma única; No quarto, duas formas de comunicação humana, digital (verbal) e analógica (não verbal). E finalmente no quinto, todos os intercâmbios comunicacionais são simétricos ou complementares (MERMONT, 1994; DIAS, 2002; OSÓRIO, 2002).

A abordagem sistêmica propõe uma mudança do modelo linear pelo circular de modo à se opor a visão mecanicista. Considerando o homem como um ser social, o terapeuta buscará observar o comportamento nas suas relações diante dos membros que compõe sua família e pelos demais sistemas aos quais ele estará envolvido. Além disso, propõe uma releitura acerca da “visão negativa” associada à família e passa a focar, pesquisar, compreender e fortalecer os recursos e o sucesso na família, com base nos estudos sobre percepções de elementos das experiências de vida, aspectos biológicos e interações pessoais com o contexto, compreendidos sistemicamente, de forma contextualizada e intersubjetiva. (BLOCK e HARARI, 2007; BÖING, CREPALDI e MORÉ, 2008 apud Zordan, Dellatorre e Wieczorek, 2012).

O papel da entrevista diante da abordagem sistêmica considera a importância da comunicação de imediato desde o primeiro contato entre paciente e o profissional na busca do tratamento adequado.

Ríos-Gonzáles postula que na primeira entrevista é estabelecido o processo terapêutico a se realizar com a família. Em seu modelo, é preenchida uma ficha contendo os dados pessoais do paciente, motivo pelo qual recorreu à consulta, dados da família, percepções de quem está recebendo o paciente neste atendimento prévio acerca do motivo da consulta e por fim, finalização do agendamento com informações e dados da equipe que será responsável pelo atendimento.

Conforme Zordan, Dellatorre e Wieczorek (2012), a proposta adotada pelo modelo de Ríos-Gonzáles compreende os seguintes passos: passar do indivíduo ao sistema, dos conteúdos aos processos, de interpretar a prescrever, de buscar origens a compreender condutas, de analisar sintomas a analisar as mensagens implícitas nestes sintomas e de investigar as causas a reestruturar modelos de interação.

Alguns autores divergem com relação ao preenchimento de uma ficha, porém, convergem quanto os objetivos do telefonema inicial, sendo este o de obter um panorama geral sobre o problema manifestado e a forma como afeta os membros da família.

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