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Sua Influência na Filosofia Existencial

Por:   •  18/9/2025  •  Trabalho acadêmico  •  2.015 Palavras (9 Páginas)  •  34 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO

UNASP

TEORIAS FENOMENOLÓGICAS, EXISTENCIALISTAS E HUMANISTAS

Eloá Moreira Marinho (231584) e Marcos Vinicius Pereira Santos (237547)

Hortolândia – SP

2025

Eloá Moreira Marinho (231584) e Marcos Vinicius Pereira Santos (237547)

TRABALHO DE PESQUISA

Miguel de Unamuno: Sua influência na filosofia existencial e na aplicação psicoterapêutica

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        Hortolândia – SP

2025

  1. INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é estudar os principais representantes das filosofias existencialista, fenomenológica e humanista. Para isso, a dupla escolheu analisar o filósofo espanhol Miguel de Unamuno (1864–1936), destacando suas contribuições para o pensamento filosófico contemporâneo.

A escolha de Unamuno se justifica pelo foco de sua obra na condição humana, especialmente na relação entre fé e sofrimento. Ele explora a tensão entre razão e crença, a angústia diante da morte e o desejo de transcendência. Compreender essas ideias ajuda não apenas a refletir sobre a vida e a filosofia, mas também oferece ferramentas importantes para a prática da psicoterapia, ao permitir entender melhor os conflitos internos, as dúvidas existenciais e a busca de sentido que cada pessoa enfrenta.

  1. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral:

Analisar a filosofia existencial de Miguel de Unamuno, destacando suas principais ideias e obras, além de compreender como seus conceitos podem ser aplicados na psicoterapia e na reflexão sobre a vida humana.
2.2 Objetivos Específicos:

Pesquisar a biografia e o contexto histórico de Miguel de Unamuno, considerando sua trajetória acadêmica, seu envolvimento político e religioso, bem como os acontecimentos de exílio e censura que influenciaram profundamente seu pensamento; identificar e descrever suas obras mais relevantes, como O Sentimento Trágico da Vida (1913), Vida de Dom Quixote e Sancho (1905) e Niebla (1914), destacando sua importância para a filosofia existencial; apontar os temas centrais de sua filosofia, incluindo a angústia diante da morte, a tensão entre fé e razão, o desejo de imortalidade e a valorização da experiência individual; e, por fim, relacionar suas ideias à prática terapêutica ou à reflexão filosófica, mostrando como o entendimento da luta interna entre dúvida e crença, da finitude humana e da busca por sentido pode auxiliar psicólogos e terapeutas no acompanhamento de conflitos existenciais e no desenvolvimento do autoconhecimento dos pacientes.

  1. METODOLOGIA

O presente trabalho foi desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica e documental. Foram consultados artigos acadêmicos e fontes digitais confiáveis (textos e vídeos) para reunir informações sobre a vida, o contexto histórico e a produção intelectual de Miguel de Unamuno.

A análise incluiu a leitura das principais obras do autor, bem como a avaliação de resenhas críticas, permitindo identificar os temas recorrentes em sua filosofia e compreender o desenvolvimento de suas ideias.

As atividades foram realizadas de forma colaborativa, com discussões e intercâmbio de interpretações, utilizando editor de texto (Microsoft Word) para registro do trabalho e ferramentas de pesquisa online, incluindo bibliotecas digitais e bases acadêmicas especializadas.

  1. DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES

Nesta etapa, foram levantadas informações, analisados a vida, o contexto histórico e as principais obras de Miguel de Unamuno, além de discutidos seus temas centrais e contribuições para a literatura e a psicologia existencial. As leituras e discussões em dupla possibilitaram a organização dos conceitos e a elaboração do relatório, com atividades realizadas em reuniões presenciais e pesquisas individuais, utilizando artigos, livros, computador e internet. Participaram dois alunos.

4.1 Biografia e contexto histórico

Miguel de Unamuno nasceu em 1864 em Bilbao, na Espanha, e faleceu em 1936. Formou-se em Filosofia e Letras pela Universidade Central de Madri, concluindo o curso em 1883, e obteve o doutorado com a tese Crítica del problema sobre el origen y prehistoria de la raza vasca,[1] na qual antecipava reflexões sobre a origem dos bascos. Nessa obra, Unamuno questiona ideias de pureza racial defendidas por movimentos nacionalistas, como o de Sabino Arana, que promovia a noção de uma “raça basca” distinta e separada.[2] Ao contrário dessas visões exclusivistas, Unamuno argumentava que os bascos eram fruto de uma complexa mistura histórica de diferentes povos, adotando uma perspectiva crítica e pluralista sobre a identidade cultural basca.

Em 1891, conquistou a cátedra de grego na Universidade de Salamanca e exerceu o cargo de reitor em três ocasiões,[3] enfrentando destituições motivadas por conflitos com o governo republicano e, posteriormente, com o regime de Francisco Franco, além de viver um período de exílio entre 1926 e 1930. Passou os últimos anos de sua vida sob prisão domiciliar em Salamanca, permanecendo ativo intelectualmente até sua morte.

4.2 Repressão e conflitos políticos

A trajetória de Miguel de Unamuno foi marcada por intensos confrontos com autoridades civis, militares e religiosas[4]. Em 1924, devido às suas críticas ao regime de Miguel Primo de Rivera, foi destituído de suas cátedras universitárias e exilado para a ilha de Fuerteventura, nas Canárias, onde permaneceu até 1930, recebendo apoio internacional de intelectuais como Albert Einstein[5] e H.G. Wells.

Além das repressões políticas, Unamuno enfrentou a censura religiosa: o Santo Ofício condenou sua obra O Sentimento Trágico da Vida, por questionar dogmas da Igreja e discutir a tensão entre fé e razão.[6] 

Após seu retorno à Espanha, em 1931, proclamou a República em Salamanca e foi eleito deputado.[7] No entanto, seu desencanto com os rumos políticos da época cresceu, especialmente diante da ascensão do regime franquista. Em 12 de outubro de 1936, durante um evento na Universidade de Salamanca, confrontou publicamente o general Millán-Astray, proferindo a célebre frase: "Venceréis, pero no convenceréis" ("Vencerão, mas não convencerão"),[8] criticando a falta de legitimidade moral do regime.

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