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TRANSTORNOS ALIMENTARES: ANOREXIA NERVOSA EM ADOLESCENTES NO CONTEXTO FAMILIAR

Por:   •  10/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  921 Palavras (4 Páginas)  •  448 Visualizações

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TRANSTORNOS ALIMENTARES:

ANOREXIA NERVOSA EM ADOLESCENTES NO CONTEXTO FAMILIAR

São Paulo

2015

1 PROBLEMA

Será que o comportamento familiar influencia nos fatores que desencadeiam os transtornos alimentares nos adolescentes?

INTRODUÇÃO

A adolescência é marcada por uma fase de mudanças físico-motoras e psicológicas em que geralmente ocorre dos 12 aos 20 anos de idade. Os primeiros anos da adolescência muito têm em comum com os primeiros anos da infância. Assim como as crianças, os adolescentes passam por um período de negativismo, bem no inicio das mudanças da puberdade, sobretudo com os seus pais. Geram conflitos exagerados dentro de casa, porém é apenas um aumento temporário de brigas e discordâncias. Muitos destes conflitos estão centrados nas questões de independência. Enquanto esse impulso para independência acontece, os jovens estão enfrentando uma série de novas exigências e habilidades a serem aprendidas. O nítido aumento no índice de depressão e a queda na auto-estima dos adolescentes parecem estar ligados a essas novas mudanças e exigências. Os pais por sua vez, precisam encontrar o difícil equilíbrio entre segurança, na forma de regras e limites, e, ao mesmo tempo permitir que sejam independentes (BEE, 2011, p.514-515).

A modernidade influencia a forma de viver a vida levando a crença de que a família é intrinsecamente culpada pelos transtornos de conduta alimentar nos adolescentes. Hoje se reconhece que as famílias não são todas disfuncionais, mas é certo que pacientes advindos dessas famílias têm maiores chances às evoluções de transtornos alimentares, e esse fator tem maior probabilidade quanto mais jovem é o paciente (OSTERMANN, 2011).

Segundo Ostermann (2011), a exposição social da anorexia nervosa veio à tona ao final dos anos de 1960, no momento em que a imagem da mulher mudou radicalmente. A anoréxica se desliga do mundo de uma maneira brutal e talvez seja por isso que é tão doloroso para os pais verem sua filha se instalar em uma situação na qual não podem fazer nada. Assim o adolescente não estabelece mais um comportamento natural e simples diante da alimentação e essa incompreensão torna a comunicação cada vez mais complicada. Desta forma a pessoa se torna morosa, inquieta, desolada e depressiva.

No estudo realizado por Dunker e Philippi (2003), as incidências de transtornos alimentares praticamente dobraram nestes últimos 20 anos. Os casos de anorexia subiram entre 1955 e 1984 em adolescentes de 10 a 19 anos. A prevalência de anorexia varia de 2% a 5 % em mulheres adultas. Nos Estados Unidos é a terceira doença crônica mais comum entre adolescentes. Num estudo feito com 96 anoréxicas, 37% tinham o hábito de jejuar e 40% apresentavam peculiaridades e predileção por evitar alimentos como carnes, doces, sobremesas, e alimentos gordurosos.

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), a anorexia, essa patologia complexa, se expressa pela restrição da ingesta calórica em relação às necessidades, levando a um peso corporal significativamente baixo no contexto de idade, gênero, trajetória do desenvolvimento e saúde física. Peso significativamente baixo é definido como um peso inferior ao peso mínimo normal ou no caso de crianças e adolescentes, menor do que o minimamente esperado. Medo intenso de ganhar peso ou de engordar, ou comportamento persistente que interfere no ganho de peso, mesmo estando com peso significativamente baixo. Perturbação no modo como o próprio peso ou a forma corporal são vivenciados, influência indevida do peso ou da forma corporal na autoavaliação ou ausência persistente de reconhecimento

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