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UM ESTUDO DE CASO: CASO IDA BELLE PSICANÁLISE

Por:   •  2/10/2021  •  Trabalho acadêmico  •  2.113 Palavras (9 Páginas)  •  121 Visualizações

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FACULDADE ALIS DE ITABIRITO

CURSO DE PSICOLOGIA

UM ESTUDO DE CASO: CASO IDA BELLE

PSICANÁLISE ll

        NOME: LUCAS CASTRO RIBEIRO DE FIGUEIREDO

ITABIRITO

2019

  1. INTRODUÇÃO

O estudo de caso consiste em uma análise qualitativa de modo a focar a compreensão em pontos individuais aos quais seriam de extrema importância para que se responda perguntas referentes ao fenômeno a ser estudado.

Sabendo disso, foco minha análise no caso Ida Belle, uma jovem de 24 anos que após passar por um término de relação, inicia um tratamento psicológico com a intenção de buscar ajuda pois relata sentir muita falta do seu ex-namorado e se sente muito frustrada com sua família e carreira.

  1. RESUMO DO MATERIAL CLÍNICO

Para melhor compreendimento, começo tal estudo relatando que Ida Belle é a mais nova dentre os irmãos. Viveu com toda família até que, aos 8 anos de idade, seus pais se separaram e ela passou a viver com sua mãe e sua irmã. Sob um relato da própria paciente, a mesma conta que faz tratamento psicológico desde que tinha 11 anos de idade por se sentir ansiosa. Episódios de ansiedade e fobia se agravaram após a separação dos pais e a saída do pai de sua casa. A mesma relata não sair de casa por sentir medo de ser atropelada.  É de extrema importância levar em consideração que na sua infância a relação com sua mãe e irmãos era de carinho e cumplicidade, porém, ao chegar na sua adolescência a mesma se vê numa intensa relação de conflitos com sua mãe por motivos de escolha profissional.

Tais situaçoes agravam os sintomas de ansiedade e fobia, que dificultam cada vez mais a estabilização emocional da paciente. Ida Belle se encontra em repentinos episódios de ansiedade, fobia e tristeza profunda. As críticas deferidas pela mãe a desestabiliza de uma forma intensa onde a mesma sente que não é compreendida por sua mãe e irmã.

Ida Belle ao relatar seu constante sentimento de frustração consigo mesma e com os outros, afirma que se sente perdida e acredita não saber o caminho para ser feliz.  

A paciente se apresenta de forma intensa quanto aos seus relacionamentos amorosos e se coloca como uma sedutora, tendo certeza sobre sua beleza e poder de sedução, onde a mesma se senti bem por ser desejada. Porém, em contra partida, quando relata sobre

suas paixões, diz serem repentinas, onde, ao sentir que o outro cedeu aos encantos dela, somem-se as vontades e ela perde o interesse. Mesmo com relacionamentos duradouros, ela se sente insegura a ponto de episódios de constante ansiedade virem à tona.

Em seu relacionamento atual, Ida conta que vivera alguns episódios de ansiedade por seu parceiro residir em outra cidade e ter uma noiva. A paciente conta que se envolveu de certo modo que quando o seu namorado não a responde, quando há um silencio, ela se vê angustiada e se encontra em episódios de pânico e choro.

Problemas em seu ambiente de trabalho, duas demissões em seis meses, a expectativa de ter um relacionamento sério com o namorado sendo desestruturada após término por receber a resposta do mesmo dizendo que não irá terminar com a sua noiva, conflitos familiares, frustrações consigo mesma e com sua carreira a fizeram ir buscar tratamento onde a mesma diz não aguentar mais. Mesmo tendo noção de que o termino fora algo certo a fazer, Ida ainda sente falta extrema do seu namorado.

Contudo tem faltado as últimas sessões de seu tratamento e quando avisa que irá faltar, deixa para fazê-lo em cima da hora. Sempre atrasa o pagamento, o que pode indicar uma maior resistência por não querer frequentar o tratamento.

  1. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Após analisar os relatos feitos pela paciente é valido ressaltar que os sintomas apresentados por Ida Belle têm relação com todos acontecimentos, desde a sua infância, adolescência ate a vida atual. Toda frustração vivida em sua infância ao presenciar uma separação de suas figuras parentais resultando na saída de casa de seu pai, lhe causara uma ferida a qual a mesma não conseguiu lidar de forma compreensível. A relação entre Ida e mãe é um episodio que faz parte de uma sucessão de fatos que desencadearam ainda mais os sintomas de fobia e ansiedade.

Tais sintomas podem estar relacionados a ausência de sua figura paterna após o termino de relacionamento bem como a tratativa que Ida recebera por sua mãe e sua irmã na adolescência. Ida antes tinha um relacionamento sadio com sua mãe, porém, em determinado momento, este elo é quebrado e Ida se vê sem quem antes era o seu apoio, a

sua figura de referência. Tal recusa, indignação da mãe para com Ida, despertaria em Ida, quem sabe, o sentimento de indignação e frustração consigo mesma

O processo de introjeção sofrido por Ida após presenciar que seu pai foi embora por terminar um relacionamento com a mãe, possivelmente é um gatilho para que Ida não sinta interesse em homens quando os mesmos cedem aos teus encantos. A projeção da figura paterna que Ida faz em outros homens, ainda é algo que está encrustado no seu Id. Em suma, o processo do complexo de édipo, mais referido a castração, sofrido por Ida, foi dado de forma precária, onde inconscientemente a mesma apresenta vontades que ela mesma não sente total prazer em realizar. É importante ressaltar que a falta de uma figura paterna enquanto mediadora do desejo, na vida de Ida, pode ter acarretado num processo precário quanto a função fálica.

A frustração do Eu para com o Supereu, cria em Ida a percepção de que a mesma é incapaz de ter um relacionamento duradouro, quiçá verdadeiro, de que a mesma não conseguiria achar o “caminho para a felicidade”, sentindo-se frustrada consigo mesma e com os demais familiares. O regente de imperativo categórico, o Supereu, não soube lidar com as feridas narcísicas sofridas pelo Eu na infância e na adolescência.

  1. PROGNÓSTICO

Segundo o estudo de caso feito sobre Ida Belle e após observar os sintomas descritos pela paciente é passível de concluir que a mesma se encontra com um traço estrutural neurótico, onde podemos perceber que a mesma sofre de neuroses de transferência. Conscientemente Ida Belle rejeita toda aquela vontade de viver um relacionamento superficial e aceita toda a profundidade dos sentimentos, porém, de contra partida, há nela uma repudia com figuras masculinas que cedam aos seus encantos, onde ela se sente fora de uma possível posição de poder, perdendo assim o interesse. Tal ato se dá por uma possível ruptura da figura paterna em sua função fálica fazendo com que Ida Belle reprimisse toda a angustia que sentira por seu pai fazendo com que o Eu dela cedesse a um outro protagonista que faria o dever de representar quem ela é. Este outro protagonista seria o Supereu, o imperativo categórico de Ida que rege todas as vontades pulsionais.

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