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Valores Sociais um Olhar Infantial

Por:   •  18/9/2016  •  Artigo  •  704 Palavras (3 Páginas)  •  295 Visualizações

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MOGI DAS CRUZES,SP

2015

Artigo: um olhar infantil sobre valores sociais".

O filme Pequena Miss Sunshine (2006) onde a pequena Olive, uma criança de apenas 07 (sete) anos com modos, corpo, roupas e voz de criança de sua faixa etária, sonha em se tornar uma Miss Sunshine. Tudo isso pode parecer redundante – criança com modos de criança, mas depois de ver as concorrentes, nota-se que tal jeito difere daquele tido normal pela sociedade. O final do filme mostra um fato absurdamente comum: Concurso de Beleza Infantil. Essa exposição a um mundo superficial contrapondo-se aquilo que as crianças possuem de mais gracioso: a inocência. Tal aspecto torna o tema ainda mais complexo ao ponto de incentivar as meninas a uma competição feroz onde são mostradas como pequenas deusas, em um modelo de roupa e maquiagem um tanto erótico, fazendo-as parecerem aberrações o que deixaria qualquer psicóloga entrando em colapso. E o que dizer dos pais, principalmente as mães que incentivam suas meninas adentrarem a esse mundo de falso glamour. Elas são as mesmas que projetam na filha sonhos que elas próprias não puderam realizar. Mais na frente estas mesmas meninas podem se tornar escravas de um passado que nunca mais voltará, sonhando com o glamour e entrando em anorexia, bulimia, depressão..., em busca de um lugar nas passarelas e capas de revistas. Talvez estejamos de fato, como nos ensina Alain Badiou ao aproximar o cinema da filosofia – ou do convite ao pensamento -, diante de um filme que, na sua simplicidade, na sua condição de cinema alternativo norte-americano, sugere que pensemos sobre problemas de corpo e sexualidade, tendo como ponto central a figura infantil feminina, a partir de uma questão que se poderia chamar éticos. A menina enlouquecida por concursos de beleza é tudo aquilo que se espera de uma pessoa que almeja participar de uma competição nessa área: os grandes óculos e o corpo fora dos padrões de magreza não chegam a ser claro contestados por ninguém na família, a não ser pelo pai, na cena do sorvete, durante o café da

manhã em plena estrada. Em outras palavras, estamos, no filme, diante de problemas conhecidos de nós todos – como o do convite à exposição do corpo, de crianças e de adultos, especialmente de mulheres, desde que dentro de determinados padrões de peso e de medida; ou o da instigação a manifestações de uma libertinagem um tanto fora de lugar de crianças – meninas, de modo geral – que, num país como o Brasil, são aplaudidas com candidez por adultos ufanos das artes por vezes pornográficas de corpos que apenas iniciam uma experiência que apenas distrai de si mesmos. Em Pequena Miss Sunshine, a opção é fazer ver o que aí, e ver a união das partes fazer ver mais – na medida em que, por exemplo, o strip-tease da cena final, no momento do show de Olive durante o concurso, aparece bem mais como crítica à violência em relação aos corpos femininos infantis daquelas meninas bonitas, corpos sexuais de adultos. Esse paradoxo talvez confunda aquele que está na expectativa na medida em que faz com que a sensualidade ensinada pelo avô à menina seja recebida não só como gesto afetivo do adulto, mas também como parte de um simples jogo dramático infantil. Ou seja, a própria condição de um corpo fora do lugar – porque não é magro

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