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Votação na Adolescência

Por:   •  27/5/2015  •  Resenha  •  1.652 Palavras (7 Páginas)  •  198 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE UBERABA

NAYARAH RÚBIA DE OLIVEIRA BONTEMPO E SOUZA

ARGUMENTOS FAVORÁVEIS SOBRE VOTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA

UBERABA - MG

2015

NAYARAH RÚBIA DE OLIVEIRA BONTEMPO E SOUZA

ARGUMENTOS FAVORÁVEIS SOBRE VOTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA

Trabalho avaliativo apresentado à Universidade de Uberaba como nota parcial da disciplina Desenvolvimento Humano e Linhas de Cuidado II / Políticas Públicas para a Adolescência do 3º período/2015 do Curso de Psicologia.

Orientadora: Prof(a).Maria Regina

UBERABA - MG

2015

Votação na adolescência, uma forma de protagonismo juvenil

Segundo Júlia Brasil, et al (apud Oliveira & Engry, 1997; Ozella, 2003) a adolescência e os fenômenos a ela associados são determinados social e culturalmente, sendo transmitidos à criança no processo de socialização, incluindo-se fatores econômicos, psicossociais, políticos e culturais. E em diferentes sociedades podem existir concepções distintas sobre adolescência, e mesmo em uma determinada sociedade, num dado momento histórico, é possível existir diferentes pontos de vista em constante transformação, conforme o gênero, a classe social, a religião e a etnia.

O voto a partir dos 16 anos, segundo Christiane Lima, foi uma conquista do movimento estudantil, incorporada à Constituição de 1988. Entre o fim da década de 1980 e o início da seguinte, estudantes e jovens, de um modo geral, demonstravam interesse na vida política nacional e desejo de se manifestar, por meio do voto, sobre os rumos do país. O voto é um direito de participação política e social do adolescente que merece ser estimulado e fortalecido.

A participação do adolescente na votação, apesar de ser facultativa, é muito significativa. Por isso é válido pensar e salientar argumentos favoráveis para que os jovens de 16 e 17 anos se sintam motivados para ir as urnas e exercer seu direito de participar da democracia brasileira.

Sendo assim, a seguir será apresentado 3 argumentos favoráveis a votação na adolescência, considerados como fundamentais para estimular o adolescente a exercer seu direito de votar:

1º Argumento:

O Adolescente tem direito de participar das decisões que afetam sua comunidade e, por consequência, sua vida.

De acordo com Christiane Lima, todo adolescente tem o direito de participar democraticamente das decisões políticas que irão afetar a vida do município, estado e país onde o jovem vive. O voto é uma maneira do adolescente se tornar protagonista, exercitando sua opinião, ajudando na escolha dos governantes e assim o jovem passa a atuar ativamente na busca para a melhoria da sua comunidade. A partir daí o jovem também se torna responsável pelo rumo político do país, por isso é fundamental se informar, analisar para fazer uma escolha livre e consciente.

Na reportagem de Stela Marta, no site H2Foz, a adolescente de 16 anos Mirlene do Carmo diz: “Quero mudar o Brasil com meu voto. Ele pode melhorar. Como eu, que tenho 16 anos, outros jovens deveriam estar aqui para tentar mudar a política do nosso país”. Outra jovem, na mesma reportagem, chamou a atenção com sua declaração, mostrando que o jovem pode ser consciente, talvez até mais consciente que muitos adultos, e está disposto a participar. Kauane Priscila, também de 16 anos, disse: “Um voto pode mudar na escolha de um político corrupto e um político honesto. E isso pode mudar o futuro do país”. É esse o sentimento que deve ser despertado nos jovens do brasil para que o protagonismo juvenil seja cada vez mais atuante.

2º Argumento:

O direito a voto, para jovens de 16 e 17 anos, possibilita e estimula o exercício da cidadania.

Segundo Francisco X.M.Vieira (apud João Edênio), o cidadão consciente é o que não se deixa excluir, é aquele que exerce seus direitos e se organiza com outros para conquistar objetivos comuns. O exercício da cidadania é algo que todas as pessoas precisam aprender a exercer, e o jovem, através do direito ao voto, tem possibilidade de iniciar sua participação na política, na democracia, deixando de ser apenas um indivíduo inserido em uma comunidade e tornando-se um cidadão ativo.

De acordo com Thaís Andrea (apud José Paulo Martins Júnior, professor de Sociologia e Política da FESPSP), o que deve levar um jovem de 16 e 17 anos à votar é a consciência de que ele estará participando do destino do país, sendo assim, a possibilidade de votar nesta idade só amplia a cidadania.

O voto facultativo a partir dos 16 anos foi criado no intuito de incentivar a educação política, segundo Amanda e Laura. Esses adolescentes não são obrigados a votar, mas a possibilidade funciona como incentivo para cada vez mais cedo o jovem brasileiro comece a se preocupar com a política do nosso país. O jovem precisa aprender a ter uma opinião formada, para se tornarem mais interventivos e eles devem ter o direito de intervir na escolha daqueles que vão definir coisas fundamentais para o seu futuro, esse é o básico do exercício da cidadania.

3º Argumento:

Com o exercício do voto, os adolescentes ganham força política, então os governantes se veem na obrigação de atender demandas desses jovens.

Muitos adolescentes podem ter o pensamento de que apenas seu voto não fará diferença alguma. Porém o principio da ‘união faz a força’ tem muito valor nesse panorama político. Quando a quantidade do eleitorado jovem cresce, os governantes ou candidatos, se quiserem conquistar o voto desse eleitorado específico, precisarão elaborar propostas que beneficie esta faixa etária. Essa é a força que o adolescente, considerando o montante quantitativo deste eleitorado, exerce ao atuar ativamente na política do seu país.

De acordo com o TSE, em 2014, 1.638.751 jovens de 16 e 17 anos foram as urnas dar seu voto. Conforme mostra a tabela abaixo:

[pic 1]

Fonte: Site TSE <http://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/estatisticas-eleitorais-2014-eleitorado>

Esse é um número extremamente significativo e, com certeza, interfere nos resultados das eleições. Isso demonstra claramente o quanto o eleitorado jovem pode fazer a diferença na definição do cenário político do país.

Quando o candidato percebe a força que o público jovem, no coletivo, exerce no resultado das eleições, esses candidatos se veem na obrigação de elaborar propostas que atendam a esses público específico. E, até mesmo, após o resultado das eleições, os adolescentes se tornam alvo para a elaboração de políticas públicas, devido a esse protagonismo juvenil que faz com que os governantes comecem a considera-los por estarem ativamente atuantes na política do país.

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