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A Intervenção do Profissional de Assistência Social Junto a Questão da Violência Contra a Mulher

Por:   •  19/5/2018  •  Monografia  •  9.121 Palavras (37 Páginas)  •  233 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

Desde a metade da década de 80, a sociedade vem observando várias transformações nos variados campos da ciência e da tecnologia e até mesmo no meio das relações sociais, as famílias com seus papéis acompanhando alterações importantes em muitas perspectivas, antes referidas como verdadeiras e invariáveis. Dentro desse campo de modificações ocorridas no ambiente social, um dos exemplos mais expressivos é a mudança do papel da mulher na sociedade, que também era limitado às práticas do lar, passando a estender-se aos espaços públicos, antes privilégios dos homens.

Nesse ponto de vista, analisa-se que uma das fundamentais causas de sofrimento físico e psicológico é caracterizada pela violência contra a mulher e é declarada como um problema de saúde pública. Essa característica de violência não depende da classe social, grau de instrução, idade, raça ou questões sexuais e/ou religião para acontecer, além de ocorrer no mundo inteiro, se manifesta nos lares mais inesperáveis que se possa imaginar.

Muitos destes reincidentes, a mulher continua a manter um convívio familiar com os seus agressores, seja por intenção de dar continuidade ao relacionamento afetivo, pelo fato de uma das partes envolvidas não se conformar com o fim do relacionamento, seja por necessidades financeiras. A fim de prevenir, punir e eliminar a violência contra a mulher, em 2006, foi promulgado a Lei Nº 11.340, também conhecida como Lei Maria da Penha. Amparadas pela referida lei, as mulheres vítimas de violência podem procurar além de proteger, a efetivação de seus direitos junto às Delegacias de Atendimento à Mulher, onde normalmente é realizado o registro das ocorrências, investigação das mesmas e, quando necessário, procurado a aplicação das Medidas Protetivas.

Assim, se aborda a temática violência contra a mulher e para isso houve a inevitabilidade de verificar qual o papel do assistente social frente a essa situação, dando ênfase nos princípios dos direitos da mulher, da Lei Maria da Penha e na aplicabilidade dessa lei na nossa região. O que se deseja não é apenas uma mudança de cultura das sociedades, mais também como o legislador se manifesta diante desse meio social, no que diz respeito à violência contra a mulher, como se dar a intervenção do assistente social na prestação de serviço eficiente e eficaz as vítimas.

Para essa análise, começaremos da ideia que a violência contra as mulheres é invisibilidade em nossa sociedade, por um pacto de silêncio que acaba por proteger os agressores, que permanecem impunes e com a ideia de que não serão punidas por seus atos, dando sequência assim as relações abusivas. Também se busca mostrar que violência doméstica atinge a todos os níveis sociais, independente de escolaridade, posição financeira ou social.

Atualmente, temos que, de um lado, a subordinação masculina está desaparecendo e, de outro, os grupos de interesse feminista estão se multiplicando, exigindo tratamentos de igualdade. Consequentemente, asociedades não têm como fugir da averiguação de que, modernamente, as novas leis existentes no que tange os direitos humanos significam que todos independentemente de raça, sexo etc. precisam de tratamento de igualdade.

A demonstração tratada acima leva-nos a diversas formas de exposição de violência contra a mulher. O objetivo do presente projeto é justamente discorrer sobre os fatores que influenciam e que contribuem de forma expressiva na prática da violência contra a mulher, enfatizando o papel do assistente social no atendimento as vítimas e se existe intervenção desse profissional frente a essa situação, apresentando incentivos sobre como as vítimas devem proceder na busca dos seus direitos.

O profissional de serviço social exerce várias atividades em prol da sociedade, sempre buscando ser a voz das minorias, assegurando a seus direitos, como também levando informações e conhecimentos as pessoas que vivem em condições vulneráveis sendo indivíduos comprometidos e atuantes na comunidade onde estão inseridos.

É necessário ao profissional assistente social, que opera na luta à violência contra a mulher, descobrir alternativas e possibilidades para uma atuação que enfrente todos os desafios postos a essa área, decifrando as situações apresentadas, capacitando-se para o trabalho com as mulheres, trabalhando para a transformação no modo das condições de vida, na cultura de inferioridade imposta às mulheres, participando das discussões sobre a questão da violência contra a mulher, organizando eventos na área, militando nos conselhos objetivando que o governo privilegie as políticas públicas de combate à violência.

  1. OBJETIVOS
  1. OBJETIVO GERAL

Analisar os fatores que influenciam e que contribuem de forma expressiva para caracterização da violência doméstica, analisando a legislação, demonstrando como a vítima pode denunciar o agressor, avaliando a vida e a vivência da vítima após a denúncia e qual o papel do assistente social frente a essa situação.

  1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

  • Discorrer sobre os fatores que influenciam e que contribuem de forma expressiva para a violência contra a mulher:
  • Sensibilizar sobre as características e consequências da violência contra a mulher;
  • Verificar qual o papel do assistente social e se existe intervenção frente a esse problema.

  1. PERGUNTA DA PESQUISA

Existe intervenção do profissional de assistência social junto à questão da violência contra a mulher?

  1. HIPÓTESE

Meditando os diversos aspectos da questão social que tem atingido a contemporaneidade brasileira, tornando famílias em situações a versa, o CRAS (Centro de Referencia de Assistência Social) é uma nova oportunidade que visa reforçar a responsabilidade dessa esfera com a proteção e formação das famílias.

Assim, o profissional que atua com famílias pode cair no erro de considerar que há uma única forma ou modelo de organização desta uma vez que sua formação se dá pela diversidade de cultura e vivências.

É preciso compreender que a família não se limita a uma instituição estática e inalterável ela e construída socialmente ao longo da história passa por constantes transformações onde incidem determinantes sociais, culturais, políticos e religiosos.

De acordo comCarvalho (2005, p. 267), percebe-se que:

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