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A Violência contra os idosos

Por:   •  4/6/2017  •  Monografia  •  10.140 Palavras (41 Páginas)  •  232 Visualizações

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  1. Introdução

O Brasil passa por diversas transformações, conquistas políticas e socioeconômicas. As lutas por melhores condições, por uma sociedade mais justa e igualitária são visíveis, mas ainda precisamos abraçar um tema pouco explorado que é a violência contra o idoso em nosso País.

Segundo Netto (2002), hoje há um crescimento mais elevado da população idosa em relação aos demais grupos etários. Pesquisas realizadas pelo IBGE mostram que a população brasileira em 2025, talvez venha a ser a sexta maior população do mundo.

Baseados neste contexto, as problemáticas dirigidas ao publico idoso são diversas, tais como aposentadoria, doenças crônicas, o despreparo técnico para os cuidadores familiares, problemas psicológicos, baixa auto-estima, a falta de autonomia e o crescimento da violência contra a pessoa idosa.

Este estudo tem como principal objetivo, contextualizar e evidenciar os tipos de violência sofridos pelos idosos no Brasil, em especial na cidade de João Pessoa e a importância do trabalho sócio assistencial, como forma de intervenção.

A violência contra a pessoa idosa se expressa das mais diversas formas como, abandono, negligencia, maus tratos, falta de proteção familiar, violência física, psicológica e abusos econômicos.

O trabalho do Assistente Social, seu olhar crítico e suas formas de intervenções são necessárias para um bom desempenho e êxito, na busca pela garantia dos direitos da pessoa idosa. A sociedade precisa ser sensibilizada de que todos um dia serão idosos.

A sociedade precisa ser sensibilizada, e orientada a entender e aceitar que todos, um dia, seremos idosos.

  1. SOCIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO

O processo do envelhecimento e a velhice devem ser relacionados as questões sociais, pois o homem faz parte do meio social, independente de sua idade. Portanto pensar numa sociologia do envelhecimento possibilita analisar e refletir sobre um contexto social de pessoas que nunca saíram da sociedade, mas que sofrem preconceitos e maus tratos..

O idoso sempre sofreu nesse processo de socialização, a sua nova condição. A velhice é caracterizada por fragilidade e incapacidade de realização e produção.

De acordo com Moragas (1991), a socialização ocorre de maneira que lhe são impostas ou propostas. Dessa maneira, a socialização não restringe apenas às etapas iniciais do desenvolvimento humano.

A contribuição dos idosos para nossa sociedade, esta nos aspectos de valores culturais, sociais, morais, a idade não é condicionante da capacidade de transmitir experiências e histórias de vida.

Segundo Moragas (1991) o processo de socialização perpassa por diversas etapas. A aceitação consiste em interiorizar valores, a acomodação supõe um maior grau de interiorização e ajustamento dos valores externos aos próprios. A adaptação exige uma mudança individual mais invasiva que a acomodação. A assimilação refere-se à interiorização de valores sociais, pelo individuo de maneira permanente. A integração é a última etapa do processo de socialização, pressupondo a interiorização global dos valores e manifestações externas de sua conduta.

O crescimento da população idosa, demanda de ações emergenciais, isso implica em mais recursos para o segmento, mais ações de sensibilização à sociedade acerca do processo de envelhecimento, pois é algo inevitável, um dia iremos envelhecer.

A sociedade absorve a questão do envelhecimento de uma forma bastante negativa, considerando os idosos incapazes devido sua condição de aposentado, acreditando  que o idoso é um ser improdutivo por não exercer sua função de trabalhador, direcionando a uma reflexão de são descartáveis.

Uma grande parte da sociedade relaciona as características de uma pessoa idosa, definindo-os como chatos, doentes, deprimidos, ressaltando como fator positivo apenas sua experiência de vida, mas que detém de uma certeza que é a proximidade da morte.

De acordo com Zimerman (2000, p19):

Uma pessoa não passa a ter determinada personalidade porque envelheceu, ela simplesmente mantém ou acentua características que possuía antes Via de regra, um velho chato ou deprimido é um jovem chato e deprimido que envelheceu, assim como um velho alegre e otimista é um jovem alegra e otimista que se encontra em outra fase da vida.

A velhice não deve se compreendida como um estado de doença, mas um processo natural, uma fase do ser humano, mas que começam a fazer parte deste contexto fragilidades e vulnerabilidades. E que na condição de idoso, faz-se necessário adaptações, compreensão e aceitação da novas apresentações de alegria e felicidade em seu cotidiano.

  1. FENOMENO DO ENVELHECIMENTO

O crescimento da população idosa, tornou-se um fenômeno, nunca se falou tanto em velhice como na sociedade atual, devido ao aumento do numero de pessoas com idade acima dos 60 anos em relação as demais faixas etárias. Com este crescimento vem à tona problemas relacionados as políticas publicas voltadas a terceira idade, preconceito proveniente de uma cultura que sempre privilegiou os mais jovens em detrimento do idoso, que é considerado um “peso social”.

Os conceitos sobre o envelhecimento passaram a fazer parte de discussões há alguns séculos pelos franceses. Entretanto, só no final do século XIX, de acordo com Peixoto(1998), eles passaram a dar um tratamento especial, ou social a velhice, a partir do momento em que passaram a distinguirem os velhos dos mendigos internados nos depósitos de velhos e nos asilos públicos. Neste momento o publico idoso passa a receber atenção do poder publico, e o interesse das ciências sociais francesas há algumas décadas e mais recentemente dos cientistas sociais brasileiros.

O fenômeno do aumento da população idosa, com mais de 60 anos, passou a ser observado e estudado pela antropologia, pois se tornou um problema social. A representação da pessoa envelhecida sofreu modificações e as mudanças sociais requeriam políticas voltadas para a velhice. Foram criadas categorias classificatórias adaptadas à nova condição moral e a construção ética do objeto “velho”. Neste contexto, constituíram-se diferentes categorias para designar esse segmento populacional.

Segundo Peixoto (1998), no século XIX na frança era denominado como velho ou velhote os indivíduos não tinham “status social” e os que possuíam uma condição financeira e social eram designados em geral como idosos. Anteriormente no século XVII, o termo velhote não possuía uma conotação pejorativa; ela designava também os velhos abastados, ou seja, o velho era aquela pessoa que vendia a sua força de trabalho, mas que, com o passar dos tempos tornou-se diminuído. Desta forma, a representação social da velhice era marcada pela inserção do individuo no processo de produção.

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