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A Violência nas Escolas

Por:   •  8/1/2018  •  Projeto de pesquisa  •  2.727 Palavras (11 Páginas)  •  150 Visualizações

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Neusa Joaquim

Violência nas Escolas

Docentes: Prof.ª Carla Ribeirinho e Prof.ª Hélia Bracons

Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias  

Departamento de Serviço Social

Lisboa

2016

Introdução

O presente trabalho insere-se na Unidade Curricular de Métodos Avançados de Pesquisa do Mestrado de Serviço Social:Riscos e violência nas sociedades actuais, e pretende concretizar a realização de um Anteprojeto.

A temática a desenvolver é a violência nas escolas. Situações de grande agressividade, violência e indisciplina têm vindo a verificar-se nas escolas portuguesas, apresentado- se como um problema grave que exige ação imediata.  Obullying tem grandes implicações nas atividades escolares e deixa marcas graves nas crianças que dele são vitima. São comuns problemas de autoestima, relacionais e comportamentais, assim como agressividade e suicídio.

Este trabalho está dividido em quatro partes: Temática, Problemática, Universo temporal e espacial e Metodologia. A Temática apresenta o tema “Violência nas escolas” e a sua pertinência; a Problemática incide na violência entre os estudantes do 5º e 6º ano e define os objetivos que se pretende concretizar: o Universo temporal e espacial define o local e altura em que o projeto será desenvolvido; e por fim a metodologia define o método e as técnicas de recolha de dados que serão utilizadas e a forma como serão trabalhados os dados recolhidos.

  1. Temática

Este projeto tem como tema a violência nas escolas.  A escola é uma entidade social onde relacionam múltiplos intervenientes: alunos, pessoal docente e pessoal não docente, pais e comunidade em geral, com o objetivo de obter o sucesso escolar e educativo dos alunos (Gracio, 2011).  A escola, como espaço de aprendizagem e desenvolvimento, deverá contribuir para a completa socialização dos alunos e impedir o surgimento de situações de violência.  

O conceito de violência é multidimensional e de difícil definição, incluindo uma grande diversidade de situações, causas e contextos em que o fenómeno se pode manifestar, tais como: vandalismo, incivilidade, agressão psicológica, agressão física, assalto/roubo e indisciplina (Sebastião et al, 2004).  Segundo a OMS (apud Gracio,2011) a violência é  “o uso intencional da força física ou do poder, real ou em  ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade,  que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, perturbação do desenvolvimento ou privação”.  

O bullying é um tipo de comportamento violento que acontece em outros ambientes (desportivo, profissional) para além do ambiente escolar, a que é mais frequentemente associado. “É uma forma  de comportamento agressivo, entre pares, usualmente maldosa, deliberada e  persistente, podendo durar semanas, meses ou anos, sendo difícil às vítimas  defenderem-se a si próprias” (Gracio, 2011).

O bullying entre alunos pode assumir a forma de danos físicos, morais e materiais, insultos, utilização de alcunhas cruéis e a realização de partidas que magoam profundamente, ameaças, acusações injustas, e todas as ações que de alguma forma  hostilizam a vida de um aluno, fazendo-o sentir-se excluído. O bullying pode ser físico, verbal, psicológico, sexual e ainda ciberbullying, pode ser da responsabilidade deum único indivíduo ou por  um grupo, e o alvo do bullying pode também ser um indivíduo ou um  grupo (Gracio, 2011).

No que se refere a politicas publicas o Ministério da Educação (ME), com vista à prevenção e controlo da indisciplina e violência no meio escolar tem desenvolvido vários programas e medidas : 1) Programa Escola Segura através de um protocolo  com a PSP e que inicialmente apenas abrangia as escolas consideradas prioritárias e que atualmente engloba todas as escolas publicas sob a tutela do ME; 2) Aplicação do Estatuto e Regulamento Interno do aluno; 3) Sistema eletrónico de registo de ocorrências; 4) Programa de sucesso escolar, que pretende  dotar escolas com níveis de insucesso escolar acima da média de recursos e estratégias capazes de melhorar o desempenho dos alunos; 5) intercambio com instituições de solidariedade social, como por exemplo o Alto Comissariado para a Imigração e Dialogo Intercultural, Associação de Bombeiros, Cruz vermelha Portuguesa, Instituto da droga e da Toxicodependência, Instituto de Apoio à Criança, Prevenção Rodoviária, entre outros (Ibidem).

  1. Pertinência do tema

Uma pesquisa feita em Portugal com 7.000 estudantes citada por Sebastião et al (2004) mostrou que,  aproximadamente, um em cada cinco alunos, entre 6 e 16 anos já foi vítima de  bullying na escola. A pesquisa mostrou também que os locais mais comuns de ocorrência de maus-tratos são maioritariamente os recreios, seguidos dos corredores.

No entanto, sabe-se que a situação poder ser mais grave pois muitas das situações não são reportadas por a vitima ter medo de represálias e vergonha da situação em que se encontra.  

A violência tem efeitos negativos nos indivíduos, sendo ainda mais importante em contexto escolar porque repercute negativamente ao “nível da aprendizagem, do desenvolvimento sócio - cultural e moral e, muitas das vezes, é o embrião de comportamentos desviantes que se prolongam pela vida adulta das crianças e jovens envolvidos”. A violência nas escolas pode ainda ser responsável pela deterioração do ambiente escolar, pelo abandono e insucesso escolar e até mesmo desmotivação de docentes, pessoal auxiliar e alunos (Gracio, 2011:15). O bullying pode manifestar-se através de varias práticas, conforme sugere Pereira (2008, apud Sousa et al, 29001).

Considerando que existem poucos estudos sobre esta temática, torna-se pertinente investigar as causas que estão na origem destes comportamentos, para definir estratégias que visem diminuir a violência.

  1. Problemática

Os estudos que têm sido feitos demonstram que em todas as escolas há bullying, sendo os recreios, os locais onde estas praticas são mais frequentes. O recreio é um espaço de lazer onde as crianças brincam e jogam, o que favorece o desenvolvimento motor e a socialização. Este espaço é fundamental para o desenvolvimento da personalidade, mas tem sido bastante negligenciado (Sousa et al, 2001). Considerando que as manifestações do bullying tende a diminuir com a idade, torna-se extremamente importante compreender como se processa o fenómeno do bullying entre os alunos do ensino básico, do 5º e do 6º ano.

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