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A vida dos mototaxistas

Por:   •  12/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.257 Palavras (6 Páginas)  •  80 Visualizações

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O processo de trabalho dos Motoxistas

Francimar Brito de Medeiros

Jefferson Lopes

Maria Aparecida Morais

Mayane Pereira da Silva

Wellyda Illana Barbosa de Medeiros

Caicó/RN

2015

SUMÁRIO

Resumo

         Este artigo tem como objetivo relatar a vida e jornada de trabalho dos mototaxistas de duas cidades interioranas, iremos abordar o porquê do surgimento dessa classe? de que forma estão inseridos na sociedade? porque existe a legislação e não é efetivada? E porque não existe políticas públicas para esta classe.

        Desta maneira, este artigo foi elaborado através de pesquisas feitas a esta classe. Para podermos adentrar bem nesta assunto, nos inserimos no dia a dia deles para termos uma visão mais abrangente do assunto, todos foram muito atenciosos e prestativos em relação as perguntas feitas, não se omitindo de como é de fato o seu dia a dia no âmbito de trabalho.

        

O dia de trabalho não é, pois, uma magnitude constante, mas variável. Uma das suas partes é, decerto, determinada pelo tempo de trabalho requerido para a constante reprodução do próprio operário, mas a sua magnitude total muda segundo o comprimento ou a duração do sobretrabalho. O dia de trabalho é, portanto, determinável, mas em si e por si indeterminado.

Introdução

        Numa retrospectiva geral, em 1869, numa versão norte-americana, a motocicleta foi preparada especificamente para o lazer, mas devido a necessidade, após um determinado tempo, tornou-se um objeto de trabalho, por ser algo mais rentável e acessível, não lhe oferecendo grandes custos, tanto na manutenção como nos tributos.

        Dessa maneira, os mototaxistas surgiram com mais abrangência não só pela necessidade de trabalho e pela precarização dos meios de transporte, mas também, pelo crescimento populacional onde novas ruas foram criadas distante dos centros urbanos, as facilidades de créditos para obtenção desses veículos, pois na maioria das cidades interioranas não existe transporte coletivo que venha dar suporte a toda cidade, no entanto, para muitos, esse meio de transporte torna-se mais acessível em relação a outros, se formos comparar a agilidade como eles trabalham e rapidez seria um fator para usufrui desse tipo de serviço.

        Nos diálogos realizados com 5 motoxistas, com faixa etária entre 30 a 40 anos, onde na maioria são solteiros, residentes nas cidades de Caicó e Jardim de Piranhas/RN, utilizando-se de questionário onde continham perguntas relacionadas a sua vida profissional, o que mais chamou a atenção foi o conformismo com a situação momentânea em que vivem, e não se faz perceber uma preocupação em relação a não ter seus direitos trabalhistas garantidos, pois a maioria vivem na informalidade e precarização da organização da categoria enquanto classe trabalhadora.

“Meu trabalho e ótimo, eu determino meu horário, os dias que quero trabalhar, não tenho patrão me dando ordens”, fala de um deles.  

        Um dos fatores norteadores na vida desses trabalhadores é a forma como eles trabalham e a irregularidade deles como profissional, por não ter a efetivação de uma lei que regulamenta esta classe, tanto por parte dos órgão legislativo que não tem interesse em dar uma atenção maior a essa classe, como também dos próprios colegas de trabalho que não tem uma visão de união e de transformação em busca de melhoria, esta união com os demais profissionais seria de suma importância, pois designava-se uma força maior em busca de meios para que todos juntos pudessem lutar por melhorias e através dessas melhorias buscar leis que possam cobrir esses indivíduos enquanto trabalhadores, mas em relação a melhores condições de vida para cada um deles, como relata um dos mototaxistas:

” Sempre tem aqueles mais espertos que tomam a vez do outro, por isso não há como haver uma união, e assim buscar melhorias”.

        Sobretudo vale salientar que muitos deles entram no ramo devido as péssimas condições de trabalho e a pouca oferta de emprego em nossa região, muitas pessoas optam pelo trabalho informal, buscando independência e autonomia profissional, perdendo alguns direitos trabalhistas garantidos pela Constituição Federal. 

        Esses profissionais vivem diariamente em constante contradição, pois vivem em uma “liberdade” que os aprisionam, enquanto eles têm a disponibilidade de fazer seus horários de trabalho, em contrapartida haverá ocasiões em que não conseguirá adquirir sua renda diária, por não perceber a precarização com o vínculo informal, por ser Autônomo.  Sobretudo, diante das situações supracitadas no decorrer do texto, é notório que esses profissionais sentem-se satisfeitos no ramo deste trabalho, pois mesmo diante das dificuldades de passageiros em certa época de tempo, tirando suas despesas ele consegue obter uma renda que varia entre 800 a 900 reais.

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