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Classes Sociais

Por:   •  30/5/2016  •  Dissertação  •  1.191 Palavras (5 Páginas)  •  384 Visualizações

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Classes Sociais

      O conceito de classe social, não pode ser considerado como um produto da teoria Marxista, visto que desde os tempos da Grécia Antiga, se vê divisão de classes devido a forma como a mesma  era organizada socialmente e politicamente.  Todavia apesar de muitos estudiosos como Aristóteles, Ossowsky, Santo Tomás de Aquino e até mesmo o liberalista Adam Smith, entre outros,que em diferentes contextos sociais, históricos e políticos esboçavam conceito de classes sociais, Karl Marx não analisará este conceito somente sob uma dimensão cientifica, mas o irá conceituar como um produto protagonista de explicação da sociedade e da sua conjuntura histórica.

      Sobre a ótica Marxiana é necessário entender o processo de produção capitalista em sua totalidade, desde sua ascensão com a revolução industrial até as mais peculiares transformações que este processo influencia nas relações sociais. Pois o conceito de classes pode ser considerado como um resultado da análise das forças produtivas. Marx afirma que a estrutura de classe é muito mais complexa do que as relações essenciais entre as classes da sociedade, porém o estudo teórico destas classes é um elemento fundamental para se compreender o desenvolvimento desta sociedade concreta. Por fim, a determinação das classes sociais básicas da sociedade é uma tarefa da investigação teórica do modo de produção que a constitui.

     É valido lembrar que também havia em outras formas de sociedade de classes além do capitalismo, uma classe dirigente que vivia do trabalho excedente produzido pelos trabalhadores, podemos usar como exemplo a época da escravatura bem como a servidão da gleba.

    Entretanto a diferença é que apesar do processo lento e complexo a qual o capitalismo se desenvolveu que desencadeou o desfalecimento da sociedade feudal faz com que o pequeno produtor separado de sua propriedade e seus próprios modos de produção o torna-se dependente do trabalho assalariado para conseguir subsistência, este processo Marx o chama de “acumulação primitiva” é neste momento que se desencadeia e se da origem a criação de um proletariado. Foi este processo de desintegração social e econômica que fez emergir a troca da base monetária, e consequentemente ao mesmo tempo em que se originava de um lado uma camada proletária que se condicionava a pobreza se revestiu de outro uma camada superior que detinham uma pequena acumulação de capital.

       Mas foi a revolução industrial o ponto crucial para o desenvolvimento do capitalismo, com o desenvolvimento de várias inovações técnicas de produção se desencadeou transformações no campo do trabalho e nas relações de trabalho, foi neste contexto que surge o caráter contraditório do capitalismo ao mesmo tempo em que se socializava o trabalho privatizava os meios de produção, devo enaltecer ainda que a expansão capitalista praticamente obrigou a classe trabalhadora a lhe vender sua força de trabalho em troca de salário, transformando assim a força de trabalho humana em uma mercadoria. Deste modo também que se evidencia com mais clareza a expressões antagônicas de ambos grupos, aquele que produzia a riqueza, e aquele detinham a riqueza.

         Em um contexto plural classe se define em primeiro lugar por um grupo de indivíduos com características em comum de um ponto de vista econômico, comportamental e até mesmo por uma representação ideológica do mundo que o rodeia. Porém para Marx se define classe social a partir de antagonismos de interesses, e pela forma como determinado grupo social se relacionará com os meios de produção. Neste contexto dentro do modelo econômico capitalista existem duas formas de classes sociais antagônicas em interesses, a burguesia que representa a propriedade dos meios de produção e o proletariado, classe oprimida que vende sua força de trabalho para poder sobreviver.

        Diante da visão marxista é imprescindível que a determinação de classe social seja dada a partir de uma atividade que não se paute somente na observação empírica, mas de modo que exista uma investigação teórica do modo de produção que a permeia historicamente, pois para ele o conceito de classe se dá também sobre um analise pautada na dialética. E desta forma o estudo e analise sobre o conceito de classe, se integra também ao conceito de consciência de classe.

        Devo pontuar ainda neste ensaio, que Marx diferencia que quando indivíduos constituem uma mesma massa, e se condicionam as mesmas possibilidades em determinado modo de produção, formando então um “grupo social” pode se classificar como a partir de um conceito a qual o mesmo denomina de “classe em si”. Mas que a partir do momento em que esta classe numa situação social consegue adquirir consciência sobre as formas de contradições a que o grupo como um todo está inerente e ainda conseguem adquirir ciência dos seus interesses como classe, bem como consegue vislumbrar possibilidades de superação a condição que está dada, nesse momento este grupo passa a se constituir como “classe em si” e adquire a verdadeira consciência de classe.

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