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DESEMPREGO CONJUNTURAL E ESTRUTURAL

Por:   •  1/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.595 Palavras (15 Páginas)  •  1.015 Visualizações

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DESEMPREGO CONJUNTURAL

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E ESTRUTURAL

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SERVIÇO SOCIAL – 3º SEMESTRE B

ECONOMIA POLÍTICA

PROFª. MARIA APARECIDA DA SILVEIRA

                         1302769-3   ELAINE C. ALVES  DOS SANTOS

1302996-2     SANDRA APARECIDA KOCURA

1300346-2      TERESA GERALDA FERREIRA

SÃO PAULO

ABRIL/2013

  1. RESUMO

O presente trabalho aborda algumas questões relacionadas com o desemprego. Apresenta, primeiramente, o conceito de desemprego e, a seguir, as suas categorias, algumas das causas, consequências. Falamos um pouco da precarização estrutural do trabalho e mostra ainda as concepções do desemprego conjuntural e estrutural, sendo possível perceber suas diferenças e o porquê são necessárias para a continuidade do sistema capitalista.

Palavras chaves: trabalho, desemprego, conjuntural, estrutural, capitalismo

2. INTRODUÇÃO

“Em cada inverno renova-se a pergunta: o que fazer com os desempregados? Enquanto se avoluma, a cada ano, o número deles, não há ninguém para responder esta pergunta; e quase podemos prever o momento em que os desempregados perderão a paciência e encarregar-se-ão de decidir seu destino, com suas próprias forças.” (Friedrich Engels, prefácio à edição inglesa, de O Capital, 1886, livro I vol. I)

        Na contemporaneidade o desemprego tem sido um dos maiores problemas sociais da humanidade. Apesar de índices apresentarem uma menor taxa de desempregados1 ainda, continuam elevadas em escala mundial. De acordo com dados, recentemente publicados, o Brasil registra uma taxa de desemprego de 4,8%2 sendo que em 2004 a taxa foi de 11,7%3. Compreender também se estes índices refletem verdadeiramente o que tem acontecido no mercado de trabalho tem que ser uma preocupação visto que as demandas sociais continuam e não provam que há uma inserção maior destes desempregados no desenvolvimento das forças produtivas. Os desempregados compõem um estrato populacional da sociedade denominado “Exército de Reserva” e que este tem o papel, conforme concepção de Marx, como um inibidor de manifestações e contribui para o rebaixamento dos salários.

        Segundo artigo publicado em 07/06/2011 por Richard D. Wolff, intitulado, “A crise em curso e a cegueira liberal”, no portal Confederação Intersindical Galega (Espanha), podemos compreender que: “A instabilidade do capitalismo decorre em grande parte das lutas entre o patronato e os empregados. As crises surgem quando os lucros da empresa não satisfazem o patronato e os seus acionistas. Eles então reduzem a produção, despedem trabalhadores, cortam suas compras de matérias-primas. Estes passos reduzem lucros de outros patrões os quais reagem da mesma forma. Segue-se a espiral na recessão. O capitalismo desenvolveu há muito tempo um modo de administrar a sua instabilidade inerente. Quando o desemprego cresce e perdura, os desempregados tornam-se dispostos a trabalharem por menos do que antes, o que deita abaixo os salários. Quando os negócios afundam, a resultante inundação de maquinaria e equipamento em segunda mão, fábricas e espaço de escritórios vazios, etc. reduzem os custos daqueles negócios. Finalmente, quando o trabalho e os custos materiais tiverem afundado bastante, os empregadores veem suficientes possibilidades de lucros. Seus investimentos retomam e com isto a fase de declínio dá lugar à fase de ascensão.”.

3. DESEMPREGO

        Atualmente o mundo atingiu um nível muito alto de desemprego, fato que só havia acontecido, em proporções similares, após a crise de 29. Com a recuperação ainda lenta da economia global, o número de desempregados aumentou em 5 milhões em 2013, e chegou a 202 milhões de pessoas, mas manteve a taxa de 6% do ano anterior, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgados em 20/01/2014.

        O relatório “Tendências Mundiais de Emprego 2014” mostra que quase metade do contingente mundial de novos desempregados se concentrou nas regiões da Ásia Oriental (taxa de 4,5%), África Subsaariana (7,6%) e Europa (11%). No Brasil, segundo estimativas preliminares, a taxa foi de 6,7% em 2013, uma queda em relação aos 6,9% registrados em 2012, mas ainda ligeiramente acima da média da região da América Latina e Caribe, que foi de 6,5%. O tempo médio que o brasileiro fica desempregado, de acordo com a OIT, é de pouco mais de quatro meses.

        Para os próximos anos até 2018, a projeção da organização é de crescimento do número de vagas - de 40 milhões por ano - menor do que o do contingente que ingressa no mercado de trabalho - de 42,6 milhões por ano. Desta maneira, o total de desempregados deve aumentar em 13 milhões neste período, para 215 milhões de pessoas, mas o percentual deverá se manter estável, 0,5 ponto acima do valor registrado no início da crise, em 20084.

3.1         O QUE É DESEMPREGO?

        Há uma certa confusão no que se diz respeito ao uso das palavras emprego5 e trabalho6, porém, são totalmente distintas. Trabalho é uma atividade social necessária para o progresso material, intelectual e moral do homem. Mesmo o termo não sendo usado na idade primitiva, o trabalho é considerado tão antigo quanto à humanidade. O homem poderia não ter consciência que estava trabalhando, mas a partir do momento em que ele começou a lutar pela sua sobrevivência já estava executando todas as ações que envolvem este conceito. O trabalho é uma atividade que pertence ao homem, independente do modo de produção ao qual ele está ou estava inserido7. Segundo Locke, o trabalho não pode estar separado da questão da propriedade e, da sua existência, quando diz:

                        "É o trabalho, portanto, que atribui a maior parte do valor à terra, sem o         qual ele dificilmente valeria alguma coisa; é a ele que devemos a maior parte de todos         os         produtos úteis da terra; por tudo isso a palha, farelo e pão desse acre de trigo valem         mais do que o produto de um acre de uma terra igualmente boa, mas abandonada,         sendo o valor daquele o efeito do trabalho...)" (Locke, p.94, 2000)

        Em relação ao emprego, verificamos que é um conceito mais moderno, surgido por volta da Revolução Industrial e que explica a relação entre homens que vendem sua força de trabalho por algum valor ou remuneração e homens que compram essa força de trabalho pagando algo em troca, como um salário. No Dicionário do Pensamento Social do Século XX (Editora Zahar), emprego é definido como: “relação estável, e mais ou menos duradoura, que existe entre quem organiza o trabalho e quem realiza o trabalho. Uma espécie de contrato no qual o possuidor dos meios de produção paga pelo trabalho de outros, que não são possuidores dos meios de produção”.

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