TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Desenvolvimento de comunidade e participação da autora maria luiza sousa

Por:   •  1/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  4.264 Palavras (18 Páginas)  •  1.481 Visualizações

Página 1 de 18

       Resumo

        Com patrocínios ou não, o fazer do Desenvolvimento de comunidade pode ser empregada num panorama de participação da população, ele é um processo pedagógico de ação junto às comunidades identifica-se com espaços de moradias populares pobres e a ação nestes espaços desenvolve-se através de iniciativas dos setores públicos ou privados buscando estímulos em processos sociais que podem ser movimentos sociais e políticas sociais. O DC é uma forma e um processo de cooperação social, essa cooperação assume formas diferentes segundo as relações sociais existentes, e a do DC é a cooperação de segmentos da população com interesses em comum. Como processo social abre caminhos para a formulação de mecanismos instrumentais que fazem da cooperação um processo complexo.

        Entre os processos de atuação comunitária ligada ao processo técnico-metodológico do Desenvolvimento de Comunidade, distingui-se: Ação comunitária; Ação social; Organização de comunidade, eles tem como base a ação a comunidade, com reconhecimento social desse processo se originam as demandas comuns a todos.

        O Primeiro governo a se interessar pelo DC foi o da Inglaterra, foi utilizada pelo governo Britânico com objetivo de auxiliar os países a se prepararem para a independência.         Em 40 chega ao Brasil, mas a prática foi somente iniciada no fim da década de 50 e início da de 60. Adotando como condição de prática, a organização e estruturação de grupos e serviços institucionais de bem-estar social. Coloca-se como mecanismo instrumentalizado da política de reformas sociais, destaca-se enquanto prática através da organização de fichários centrais de assistências da comunidade.

        O desenvolvimento de comunidade é uma prática que se efetiva em uma dada realidade a qual se dá o nome da comunidade, as definições humanas, situada numa dada base territorial constituem uma comunidade na medida em que a organização do cotidiano leva a criação de canais particulares de expressão. A identificação de uma comunidade real, ou seja, de grupos que em nível de classe social e da sua área de moradia possuem interesses e objetivos comuns.

        A prática do DC: Conjunto de grupos e subgrupos de uma mesma classe social, que tem interesses e preocupações em comum sobre condições fundamentais de existência, tende a ampliar continuamente o âmbito de repercussão dos seus interesses, preocupações e enfrentamentos comuns.

Introdução 
        

Este artigo tem como objetivo explicar as origens e prática do Desenvolvimento de Comunidade, instrumental teórico-metodológico passando pelo seu contexto histórico que responda às suas exigências, onde o DC é considerado como um estagio de desenvolvimento no qual se encontra uma comunidade onde a população se identificam com seus espaços de moradia. Essa identidade através de elementos comuns presentes, produzem condições propiciais aos mais diversos processos sociais. Entre estes, encontram-se as ações comunitárias cuja força ou significação maior estar no que se produz como organização social da população propondo a cooperação de segmentos da população que tem interesses e preocupações comuns, encontrando sua origem como processo que tem por base o enfrentamento dos interesses e preocupações da população comunitária representando-se aos movimentos sociais e a política social, ação comunitária, ação social, organização de comunidade, no contexto histórico internacional, Brasil, tendências e concepções atuais, intervenção externa, somatório de esforços: povo e governo e enfrentamento das preocupações e interesses da população comunitária dada à mesma posição que ocupa no processo de produção das condições materiais da existência humana e social E o qual não alcançou ainda um amadurecimento adequado, sugerindo, a partir daí, algumas sérias dificuldades para muitos que têm sob sua responsabilidade o seu ensino. Este trabalho visa responder os métodos teórico-metodológica que ajuda a deflagrar uma prática de Desenvolvimento da Comunidade, voltada, sobretudo, para os interesses fundamentais da população usuária.·.

Desenvolvimento


        

O Desenvolvimento comunitário pode ser considerado como um estágio de desenvolvimento no qual se encontra uma comunidade. Numa ou noutra situação, a comunidade é objeto privilegiado das considerações de análise e avaliação das condições de intervenção e mudanças a serem operadas por esse processo. O sentido histórico de comunidade guarda relação com a concepção grega de cidade. Para os gregos, muito mais do que lugar do trabalho, isto é, da produção, a polis foi o âmbito de encontro interpessoal, do diálogo e das celebrações, se refere tanto a vida comunitária em termos políticos, culturais e morais como econômicos. Tanto a urbs romana como a cidade medieval perderam o sentido de identidade e valorização social do homem existente na polis grega. O rural só mais recentemente passou a ser elemento de identidade para algumas concepções de comunidade. O surgimento das metrópoles e o desenvolvimento do meio rural em nível de identificação possível de concentrações populacionais em determinado espaço físico fizeram com que o realce da identidade comunitária fosse trazido para o meio rural. A desintegração nas relações sociais tradicionais dos aglomerados humanos das áreas urbanas faz despertar a questão da comunidade. A partir de 1920, a comunidade passa a ser uma questão sujeita a contínuos estudos e indagações, sobre tudo nos Estados Unidos. Segundo Lindeman, comunidade é uma associação de grupos, embora muito raramente aja como um todo. As concepções tradicionais de comunidade, levando em conta uma realidade hoje não existente, criam a miragem de um lugar irreal, no qual todos se entendiam, se completavam e auxiliavam mutuamente e sentiam-se felizes uns com os outros. Por outro lado, a ideologia desenvolvimentista e nacionalista pressupõe o homem não só responsável pelo desenvolvimento do seu país. A sociedade, no entanto, se expressa em situações sociais diversas, algumas das quais assumem características específicas. A comunidade é uma dessas situações. Outro aspecto histórico a considerar nas comunidades referidas ao DC é a característica de carência e pobreza da sua população. A vivência comum de necessidades cotidianas determinadas por essas condições de existência recria situações de identidades que fazem com que a área de moradia não se reduz simplesmente a locais dormitórios e locais de consumo. Com base nessa realidade é que a área de moradia é identificada no DC como objeto de trabalho, como comunidade. A comunidade é o cotidiano dos indivíduos e grupos que partilham de condições sociais comuns e, organiza o seu ambiente de relações dentro de uma dinâmica própria. A comunidade é, por tanto, forma particular de expressão da própria sociedade. Uma mesma área de moradia pode abrigar mais de uma comunidade se os interesses e preocupações dos grupos e subgrupos aí existentes tiverem por base condições existenciais diferentes como estrutura de produção de bens materiais da sociedade. Supõe-se como comunidade o seguinte objeto da prática do DC: Conjunto de grupos e subgrupos de uma mesma classe social, que têm interesses e preocupações comuns sobre condições de vivência no espaço de moradia e que, dadas as suas condições fundamentais de existência, tendem a ampliar continuamente o âmbito de repercussão dos seus interesses, preocupações e enfrentamentos comuns. 
1- O DC é um processo pedagógico de ação junto ás comunidades. Sempre se identificaram com os espaços de moradia das populações pobres, suas características e justificativas apontam o rural como espaço próprio dessa prática; atualmente a sua dominância é o urbano. Os movimentos sociais urbanos geralmente se destacam entre os processos sociais que, ultimamente, de modo contínuo, se fazem presentes nos espaços de moradia. Destacam-se também como processo social, as ações da política social, que fazem ampliar cada vez mais a ação do Estado sobre os seguimentos majoritários da população, o DC como processo técnico-metodológico de ação, te, sido chamado a atuar. Historicamente, o DC se dirigiu sempre aos segmentos majoritários da população como usuários diretos dos seus processos de trabalho. Esses seguimentos ou camadas populares são basicamente operários industriais, trabalhadores em serviços, camponeses e massa marginal. A ação do DC pode ser analisada sob dois ângulos: a) O dos movimentos sociais; b) O da política social. 
Define-se como processo educativo em função da organização social da população comunitária para enfrentamento dos seus interesses e preocupações e, consequentemente, ampliação das suas condições de cidadania. No âmbito da política social em geral, o traço mais comum da participação são as operações estruturadas em função da aceitação pelos comunitários de programas previamente estabelecidos. A eficácia está em levar o povo á ilusão de que está participando quando, de fato, se torna cada vez mais submisso e objeto de decisões estranhas aos seus interesses e preocupações. Em nível dos movimentos sociais, o traço comum da participação é o exercício coletivo da tomada de decisões e da gestão das ações definidas e implementadas pela população comunitária. É também, o exercício de articulações de forças sociais comuns, dentro e fora da comunidade. A partir dessa dinâmica, se por um lado as áreas de moradia se tornam espaços propícios às lutas da população, por outro, o simples indício de que tais lutas vão ocorrer passa a ser referência para a reatualização das funções de controle do Estado perante a população. Em suas contradições, os espaços de moradia podem se tornar espaço de transformação social. Elementos de identidades desaparecem, mas aparecem outras formas, que requerem tratamento diferenciado; daí o DC requer continuamente ser repensando e redefinido.
Portanto, os movimentos sociais e a política social vêm cada vez mais se efetivando nos espaços de moradia, requerendo, assim, reflexão e análise daqueles que profissionalmente fazem o DC.
2 – O DC é uma forma de e um processo de cooperação social. A cooperação, como um processo social buscado pelo homem em sua origem, abre cominhos para a formulação de mecanismos instrumentais que fazem dela um processo complexo também utilizado pelo homem para se defender das barreiras sociais criadas pelo próprio homem. Ação comunitária é uma forma de cooperação que tem como objeto e objetivo a superação das barreiras que, em nível de comunidade independem o desenvolvimento do homem enquanto ser coletivo. Entre os processos de atuação comunitários estreitamente ligados ao processo técnico – metodológico do DC distinguem-se: - ação comunitária; - ação social; - organização de comunidade.
Em face das diferenciações sociais caracterizadas pela divisão social do trabalho e pela apropriação ou não apropriação privada dos bens de produção e instrumentos de trabalho, nas sociedades capitalistas distinguem-se tipicamente dois grandes grupos:
1 – os que garantem suas condições de existência através da apropriação dos bens de produção e instrumentos de trabalho;
2 – os que garantem sua condição de existência através da venda da sua força de trabalho.
A cooperação supõe objetivos e interesses comuns no que diz respeito ás condições básicas de existência das camadas populares, ou seja, no que diz respeito à própria realidade da trabalho como meio de reprodução da existência. O sindicato tem por base a união e organização dos trabalhadores com objetivo de defesa contra a exploração do trabalho da criança, da mulher e do homem. O sindicato trabalhista é, em geral, concebido como forma de associação da população trabalhadora, tendo em seus objetivos uma perspectiva socialista. O partido é outra forma de cooperação encontrada pela população para a representação e defesa dos seus interesses.
Existe uma diferença entre ação comunitária como processo técnico-metodológico e ação comunitária como processo social espontâneo. O processo espontâneo vai se articulando nas comunidades à medida que os próprios desafios da natureza e os sociais vão levando o homem a procurar formas adequadas de reação a eles. Ela é uma prática de ajuda mútua e cooperação que se articula e se opera a partir da comunidade. Enfrentam os desafios sociais a que a população comunitária é submetida, mesmo aqueles que visivelmente afetam de modo individual um ou outro membro da comunidade. A família, unidade básica da comunidade, já não é mais o centro da produção material necessária à sua existência e que surgem novas formas de exploração da natureza e dos bens sociais. O novo método de exploração se apresenta com maior vigor com a consolidação do capitalismo. A dinâmica imperialista desse processo de produção ultrapassa as fronteiras do Estado nacional, deixando claro que o capitalismo não tem fronteiras.  Ação comunitária passa a ser pensada como processo técnico-metodológico de estimular e animar a população comunitária a refletir sua realidade além da aparência e a agir sobre ela de acordo com exigências da realidade desvendada. A função do processo que se torna um tanto exterior às exigências da população, é importante que se examine outro processo, o de ação social, assim como suas condições sócio-históricas.                                                          Em função da diminuição dos riscos sociais possíveis de serem desencadeados pela população envolvida nestes problemas que a ação social se corporifica como um dos elementos básicos da política do Estado e tenta atingir em massas esta população.  O Estado, aos poucos aprende que tratar os problemas sociais como problemas de polícia é colocar a população atingida contra si mesmo e ele precisa da sua adesão. Há uma preocupação na ação social que é alcançar resultados em massa e atingir o maior número possível de indivíduos. A ação social é definida pelo Estado ou pelo seu contexto institucional e não pela população a ser atingida. O objetivo de ação, não é atender aos objetivos da população, mas sim, aos objetivos de controle da ordem social. A filosofia do bem – estar social é o modo de agir da ação social dos países economicamente desenvolvidos. “A ação social e desenvolvimento são expressões adotadas não apenas dois métodos de mudanças; estes métodos dizem respeito a duas culturas mundiais distintas: o bem – estar é a verdadeira preocupação; na outra, o desenvolvimento tornou-se o principal motor da vida”. A questão da ação social é encontrar meios eficazes de realização dos programas definidos fora da população a que se destina. Estes meios são sempre artificiais, fora da população, por se tratarem de conteúdos definidos fora dos seus interesses e objetivos. A arte ou o processo de organização de comunidade surge como ação eminentemente urbana. Tendo preocupação com a reconstrução da pequena comunidade que se desestruturara com os novos modos de organização da produção. Com a economia urbano-industrial de moldes capitalistas, a população se concentra nas cidades e, aí, as situações de desorganização da miséria se tornam cada vez mais evidentes e passíveis de reações contra a ordem social estabelecida. O fato da organização de comunidade surge como ação a ser desencadeada junto aos males do processo de industrialização existentes nos países ditos desenvolvidos. A origem dessa organização tem sua origem nos Estados Unidos com a preocupação de reconstrução da pequena comunidade nos países industrializados. O DC tem sua origem na Europa, a particularmente na Inglaterra, a partir de preocupações dirigidas às colônias africanas. A ação comunitária e a ação social são formas originárias de ação nas comunidades. A primeira de iniciativa da própria comunidade. A segunda, de iniciativa pública, dirigida a essas mesmas comunidades. A organização da comunidade tem como característica ser um processo dirigido ao meio urbano, às regiões urbanas industrializadas e, em geral, assumido pela iniciativa privada.                                                                                                                                                

...

Baixar como (para membros premium)  txt (20.1 Kb)   pdf (171.2 Kb)   docx (16 Kb)  
Continuar por mais 17 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com