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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II PSICOLOGIA E SERVIÇO SOCIAL I

Por:   •  6/5/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.094 Palavras (9 Páginas)  •  696 Visualizações

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      DESAFIO PROFISSIONAL

                                   CURSO: SERVIÇO SOCIAL

                                                  3ª SÉRIE

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA (CEAD)

POLO: JUAZEIRO DO NORTE – CEARÁ

DISCIPLINAS NORTEADORAS:

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO

SERVIÇO SOCIAL II

PSICOLOGIA E SERVIÇO SOCIAL I

MARIA RIBEIRO DA SILVA

RA: 9904145336

TUTOR PRESENCIAL: MARIA LUÍZA NOGUEIRA AMANCIO

JUAZEIRO DO NORTE – Ceara 15 de abril de 2015.

   

        


          Na época da ditadura a psicologia era tida como o estudo de pessoas anormais, diferentes das mais abastadas, ou seja, os pobres eram considerados anormais sem nenhuma reflexão e critica política. E foi naquele momento que a psicologia emergiu diante as classes burguesas no auge da ditadura, onde ela passou por transformações práticas, agindo em conivência com a ditadura militar, período monstruoso do Brasil. A ditadura machucou muita gente, pessoas foram mutiladas moralmente, fisicamente e psiquicamente. As transformações que o período da Ditadura trouxe para a Psicologia marcaram muito significativamente do ponto de vista social, pois redefiniu os parâmetros sociológicos das práticas e teorias entre os psicólogos. Entretanto, em meados da década de 60, os estudos dos fenômenos psicológicos se estabeleciam no Brasil do final do século XIX até o inicio do século XX, em uma fase que a psicologia diligenciava colaborar com estudos sobre as mediações de cunho sanitaristas, querendo assim cessar os abusos, desregramentos, desonestidades e reparar os costumes, concentrado principalmente na população mais carente. A psicologia manifesta-se confederada às classes burguesas e instituiria práticas, preponderante, a serviço do controle social e da adaptação da população aos preceitos da sociedade.

          Diante dos acontecimentos causados pelo golpe militar, a nova profissão não buscava apenas legitimidade social, mas, pretendia mostrar para as classes dominantes atuantes no Brasil que, a psicologia não era uma ameaça à ordem social, embora, conforme Cecília Coimbra (CRP 05/1780), psicóloga, professora da UFF e presidente do Grupo Tortura Nunca Mais/RJ, houvesse a participação direta de alguns de seus profissionais no aparato repressivo das praticas ditatorial.

A psicologia serviu à ditadura para dizer que aqueles que se opunham ao regime militar eram pessoas desestruturadas, desajustadas, pessoas que vinham de famílias problemáticas. Então os psicólogos aplicavam anamnese teste de nível mental, um teste de frustração chamado “Teste de Rosenweig”, teste de personalidade, testes projetivos etc., e traçavam o perfil do opositor político, que era aquele desajustado, desestruturado. (Entrevista com Cecília Coimbra (CRP 05/1780), psicóloga, professora da UFF e presidente do Grupo Tortura Nunca Mais/RJ).

        

          Algumas transformações não devem ser observadas simplesmente, pelo fato da adesão de uma ou de outra teoria, mas, de acordo com o avanço histórico de cada abordagem psicológica do período em referencia.                                            

         

          Tratando-se do serviço social durante os 21 anos do período ditatorial, podemos dizer que tal assunto é muito vasto, mas, podemos enfatizar alguns fatos que marcaram essa profissão, porém é preciso um estudo muito afinco, minucioso e coeso, para destacar da história, quais foram os principais acontecimentos que marcaram o serviço social nesta época. No período ditatorial a dicotomia no antagonismo era evidente nos movimentos sociais da época, que denunciavam contradições, desigualdades e inconsistências entre os direitos humanos e nos modos das relações em vigor entre a sociedade, como era o caso dos movimentos feministas, estudantis e outros movimentos expressados pelos grupos e sindicatos que se movimentavam numa busca obstinada por uma sociedade igualitária. Ao mesmo tempo, políticas sociais articulavam bem-estar e avaliação dos serviços em saúde nos Estados Unidos da América e na Europa. É muito interessante observar como uma mesma política acabou dominando, pode se dizer, o mundo inteiro. Nesta época fica evidente que, a estratégia autocrático-burguesa, era empenhar-se na formação de profissionais aptos para atender as demandas modernizadoras, e para tanto, jogava com as duas políticas, educacional e cultura; é indiscutível que este escopo foi atingido. Assim também como aconteceu com outras profissões, existia na formação dos profissionais a manipulação das pessoas, ou seja, o controle da situação, então mediante a tanta contradição no período ditatorial, instigados por ideologias marxistas, inicia-se então um movimento complexo, diverso e determinante, que deu inicio a renovação por meio da reconceituação do serviço social. Uma definição simples e coesa da reconceituação pode ser entendida facilmente nesta citação.

 “A reconceituação do serviço, não consiste numa revolução linear da luta constante pela construção de uma sociedade sem exploração e dominação mudando-se as relações pessoais, políticas, ideológicas e econômicas nas diferentes instituições da cotidianidade”. (FALEIROS, 1978).

          Observando este âmbito modernizador, o profissional de serviço social procurou adequar, estruturar e traduzir a função para uma realidade onde atendesse as necessidades gerais brasileiras, no que se refere à profissão do assistente social, isso foi possível mediante as resoluções finais, ocorridas nos encontros de Araxá em 1967, onde o que se teve foram afirmações de perspectivas modernizadoras, que resultou no documento de Araxá, o seminário de Teresópolis em 1970, que resultou em dois documentos com características diversas, e houve também o encontro de Sumaré, em Alto da Boa Vista em 1978 e 1984 que gerou o deslocamento das perspectivas modernizadoras. Todo esse processo consistiu em um marco histórico para o serviço social, onde podemos dizer que todos os movimentos resultaram na construção coletiva da sociedade, buscando erradicar a exploração, dominação e principalmente garantir direitos e proteção social a quem precisasse, sendo assim surgi um novo conceito profissional, que chega junto com o enfraquecimento da ditadura militar.

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