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Gerontologia Social Violência contra Idosos

Por:   •  18/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.079 Palavras (13 Páginas)  •  505 Visualizações

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Gerontologia Social

Violência contra Idosos 

 

 

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Índice

 

Introdução        3

1- Violência contra idosos: uma nova problemática        4

1.1- Tipos de violência contra idosos        6

1.2-Violência Doméstica        9

Conclusão        12

Bibliografia        13

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Introdução

 

Este trabalho é realizado no âmbito da disciplina de Legislação Portuguesa e Europeia relativa aos idosos, sob orientação da Professora Adriana Neves.  

O tema que decidi abordar foi Violência contra Idosos, visto que é um problema que em muitas situações ainda não é reconhecido como tal e que afecta muitos idosos na nossa sociedade.  

Infelizmente, a violência contra idosos, é um acontecimento cada vez mais comum nas sociedades de hoje em dia.

 O que nos assusta é que os próprios causadores desde terror, possam ser as pessoas com as quais eles tenham mais contacto, como por exemplo os familiares que sejam responsáveis por eles, bem como funcionários dos lares e até dos hospitais.  

Podemos dizer, que hoje em dia, através de notícias que se vêm na televisão, que este grupo é de certa forma explorado a nível financeiro, apesar de impróprio e ilegal, o uso sem o consentimento dos recursos financeiros neste caso do idoso, é considerado crime, e acontece cada vez mais com frequência nos dias que correm. Não podemos também deixar de referir, que existem pessoas capazes de armar esquemas para burlar os idosos nas nossas sociedades, pois por serem considerados mais velhos, há muita gente, que os acha ser mais fáceis de enganar.  

Para além da violência financeira referida, existem outros tipos de violência, tais como violência psicológica, física, negligência e abandono e violência doméstica, que no seguimento do trabalho irei referir, sendo que apenas irei aprofundar a Violência Doméstica.  

A violência doméstica é um problema que afeta imensas pessoas em todos os países e não escolhe idade, género, posição social, religiosa ou económica.  

É deveras importante resolver o dilema da violência doméstica, devido ao sofrimento que cada vítima sofre e muitas vezes em silêncio e também porque as vítimas que sofrem de violência doméstica podem não desenvolver um bom progresso mental e físico.

 

1- Violência contra idosos: uma nova problemática  

 

O primeiro estudo realizado em Portugal relativo á prevalência de violência contra idosos na nossa população estima 12,3 % de prevalência ao longo de um ano.  

É de notar que Portugal tardou a reconhecer que os idosos possam ser vítimas de violência no seio da família. O Relatório Anual de Segurança Interna não permite perceber quantos idosos se queixam de violência, mas o número de casos que vão chegando à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima vai mostrado a tendência de crescimento de denúncias que passou de 774 em 2013 para 852 em 2014.  De acordo com os dados da APAV, neste período, houve 2.009 pessoas idosas que pediram ajuda à associação, sendo que 1.626 revelaram ser vítimas de crime e de violência. 

O primeiro estudo sobre a prevalência de violência contra idosos na população portuguesa, apresentado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge em 2014, admitiu uma prevalência para os vários tipos de agressões de 12,3% ao longo de um ano, isto é, 314 mil casos. O estudo, que foi conduzido pela socióloga Ana Gil, conclui que o cônjuge/companheiro é o grande protagonista de violência física (49,5%). Seguem-se os filhos (30%) e as filhas (8,9%). A agressão também pode ser cometida por noras/genros (3%) ou outros familiares (5%), nomeadamente netos (2,3%) ou netas (0,2%). Quando se fala de negligência, o peso de filhos (27,3%) e filhas (21,3%) aumenta. Em qualquer caso, impera o silêncio: 64,9% não falam sobre a situação nem apresentam queixa.  De acordo com Teresa Morais, procuradora do Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto, que coordena uma secção dedicada em exclusivo aos crimes de violência doméstica e maus tratos, diz que é mais complicado para um idoso chegar às instâncias formais e fazer uma denúncia, pois muitas vezes a vitima pensa que a violência, quando praticada por descentes, reflete-se muitas vezes  como um arrebatamento de que ela própria falhou e que toda a sua actual vivência é, no fundo, resultado de um prévio fracasso educativo ou inter-relacional, explica Teresa Morais. Ao medo, à tristeza e à vergonha junta-se um enorme sentimento de culpa.

Entre factores de risco, que levam á prática da violência, os investigadores colocam a elevada dependência dos idosos no que toca á prestação de cuidados, mas consideram também a dependência financeira dos membros da família, sobretudo cônjuges ou filhos, embora muitas vezes quem comete os abusos, seja mais dependente que os próprios idosos no que toca á habitação ou sustento.  

A maioria dos idosos que recorreu à APAV entre 2013 e 2014 viveu entre dois a seis anos como vítima de crime e de violência, delitos cometidos sobretudo pelos filhos e companheiros.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1.1- Tipos de violência contra idosos

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS), teme que o aumento do número de idosos no mundo agrave as situações de violência relacionadas principalmente com a ruptura de laços tradicionais entre gerações e com o enfraquecimento dos sistemas de protecção social.

De uma forma geral a sociedade tolera que se cometam este tipo de atrocidades para com os idosos e, por isso, torna-se cúmplice do abandono, da falta de respeito e da degradação da condição social dos idosos, contribuindo assim para a difusão de uma cultura baseada na violência, contra aqueles que não se integram nos novos padrões sociais de beleza, dinheiro, consumo e produtividade.  

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