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Nosso Resumo sobre Familias

Por:   •  12/9/2017  •  Resenha  •  749 Palavras (3 Páginas)  •  253 Visualizações

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Nosso Resumo

A conscientização necessária, transmitida no texto, requer compreender a história das famílias no Brasil e sua organização a partir de um contexto histórico étnico-cultural tendo em vista os acontecimentos modernizadores que inspiram um modelo higiênico e moralista sem levar em conta, os primeiros anos deste século, onde outras famílias, de várias origens, bem poucas conhecidas, conviviam “no acontecer social”. No intuito de desconstruir os alicerces das concepções políticas e psicoafetivas que sustentam os preconceitos cristalizados, tão em voga nos tempos atuais. Com base nas reflexões da obra de Gilberto Freyre – Casa Grande & Senzala – ela aborda dois pólos distintos do Brasil, Sul e Nordeste, para mostrar algumas diferenciações e particularidades específicas no que se refere às visões de família.

Demonstra que a evocação de um modelo padrão, como a família nuclear moderna, estava ligada a um projeto republicano de construção da ordem burguesa no Brasil que trouxeram concepções para uma nova prática de sociabilidade. Assim, a modernidade recebe a designação de nova família, no novo Brasil, onde o exemplo dado pela autora é o lugar da mulher neste cenário, agora definido como nova mulher: a boa mãe e boa esposa. Um projeto norteado pelos parâmetros da família branca, com manobras políticas, excluindo os setores populares desconsiderando a diversidade da sociedade brasileira. Ela denota as estratégias que a Igreja traçou para que as famílias tivessem um tratamento religioso católico calçadas na Idea de “família padrão”. Ela discorre aspectos da colonização, escravidão e algumas permanências culturais que ainda persistem na sociedade brasileira.

Ela dá alguns exemplos da época da escravidão, com base em relatos históricos, onde descrevem vários tipos de famílias africanas que foram trazidas para o Brasil e não apenas um modelo familiar e o tipo de organização da família escrava que implicou em distintos laços familiares. A autora defende a ideia de que a chave para novos encaminhamentos de políticas futuras não podem ser dissociadas destes aspectos histórico-culturais que marcaram a organização das famílias no Brasil. Que é preciso entender as concepções hegemônicas da elite burguesa em contraponto ao entendimento das classes populares que relaciona pobreza com família irregular reproduzindo a ideia que a determinação econômica é que leva a dificuldade de manutenção dos vínculos familiares.

E, por fim, ela menciona a necessidade de valorização das famílias enquanto lócus de produção de identidade social básica para qualquer criança, tendo em vista a formação de uma cidadania ativa; com a construção de uma identidade, individual e coletiva com base na tolerância e diversidade humana pelo exercício de ajustamento do foco de nossas lentes visando um novo olhar para as diferenças étnico-culturais presentes na sociedade brasileira respeitando politicamente essas diferenças.

 Alguns pontos relevantes que merecem à atenção devida e que foram tratados no decorrer da apresentação:

  • Resgate histórico das famílias no Brasil e sua multiplicidade étnico-cultural;
  • Informação sobre esta história cultural com vários tipos de organização familiar;
  • Desconstrução dos alicerces das concepções políticas cristalizadas sobre famílias
  • Uma reflexão que visa apontar a complexidade das questões em torno do tema família suas permanências culturais, do ponto de vista histórico, multiétnica e demográfica;
  • Desconstrução das concepções burguesas historicamente hegemônicas e desconstrução dos enfoques relacionados à pobreza e família irregular;
  • Que os processos de industrialização/urbanização, ou melhor, a constituição do mercado de trabalho capitalista produz efeitos sobre a estrutura familiar;
  • Que as famílias das classes populares em toda trajetória histórica têm encontrado dificuldades, econômica, política e ideológica. Nesse caso respeitar política e ideologicamente as diferenças.
  • Evitar os paradigmas de família regular x família irregular que, em larga medida, são os responsáveis pela evasão escolar, descaso médico, truculência policial em relação às classes populares.
  • As políticas sociais na área de famílias devem levar em conta o apoio a ser dado as mulheres nas famílias dos setores populares: valorização política e psicológica culturalmente dentro do núcleo familiar;
  • Atuar para o assentamento destas famílias, seja no campo, no espaço urbano com o objetivo de evitar a quebra violenta de seus vínculos e a pulverização da identidade.
  • OBJETIVO: Que todas estas considerações possibilitem uma direção futura qual seja uma formação técnico profissional de servidores públicos (professores, médicos, policiais, assistentes sociais) no sentido de levar em conta o público que será atendido para uma intervenção que preconize a valorização da vida em comunidade.

        

NEDER, Gislene; Ajustando o foco das lentes: um novo olhar sobre a organização das famílias no Brasil. In: KALOUSTIAN, Sílvio Manoug (Org.) Família brasileira: a base de tudo. 7. ed. São Paulo: Cortez; Brasília: UNICEF, 2004

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