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O Capitulo do Livro Capital Fetiche de Marilda

Por:   •  12/10/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.787 Palavras (12 Páginas)  •  516 Visualizações

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IAMAMOTO, Marilda Villela. Capítulo II – Capital fetiche, questão social e Serviço Social. In: Serviço Social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questão social, São Paulo: Cortez, 2014, p. 19-71.

Introdução

Com queda do período feudal que se constituía em um sistema de organização econômica centrada no comercio de troca, surge na sociedade o inicio do sistema capitalista que é a ordem econômica que rege nossa sociedade hoje em dia. No capitalismo o principal objetivo é a obtenção de lucro e acumular a propriedade privada mesmo se isso significasse explorar a mão de obra de uma parte da nossa sociedade. O propósito desse livro é analisar o verdadeiro significado da questão social em tempo de capital fetiche no território brasileiro contemporâneo diante da formação histórica do Brasil, pontuando o exercício da profissão de assistente social desde a sua formação ainda como acadêmico até de fato entrar em campo interventivo na sociedade. Assim, o livro Serviço Social em Tempo de Capital e Fetiche, escrito pela autora Marilda Villela Iamamoto, uma professora da escola de serviço social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, da Faculdade de Serviço social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pesquisadora no programa de pós- graduação em serviço social, apresenta nesse livro as consequências que o capitalismo e obtenção de lucro deixou como sequelas na nossa sociedade, surgindo assim a necessidade de existir uma profissão, que lidaria com essas consequências, assim os assistentes sociais entra como defensor dos mesmos favorecidos e como um modelo intervencionista para a classe trabalhadora.

O referido livro apresenta quatro capítulos: o primeiro é A sociabilidade na órbita do capital: a invisibilidade do trabalho e radicalização da alienação, o segunda capitulo relata sobre Capital fetiche, questão social e Serviço Social, o terceiro capitulo é sobre A produção teórica brasileira sobre os fundamentos do trabalho do assistente social, e por fim o quarto capitulo Serviço social em tempo de capital e fetiche, apesar do livro ser extenso abordamos alguns fatos principais observados na introdução e somente o primeiro capitulo seguindo a metodologia de divisão do orientador da matéria e o texto referido para as apresentações do seminário proposto para os próximos dia.

A autora logo na introdução faz uma breve explicação do que irá apresentar de conteúdo no livro, pontuando o desenvolvimento da sociedade capitalista e as suas relações no quesito alienação do homem trabalhador, e apresentando a teoria social de Karl Marx que, ao analisar fatos históricos se concentra nas consequências das relações na produção capitalista.

A tendência dessa globalização financeira e o pensamento fetichista de mercado, transforma as relações sociais, que é ditado pela lógica capitalista de mercado e dinheiro, um meio de explorar a classe trabalhadora e continuar exercendo sua função para seguir enriquecendo a sociedade capitalista e obtendo o lucro excedente, e causando cada vez mais diferenças de classes sociais. Assim, a autora nos traz em sua concepção, que a humanidade gere a própria vida a serviço de coisas mercantis ao invés de focar nos serviços de necessidade social. Esse processo gera uma certa banalização da vida humana e é aqui que se inicia a questão social e as suas expressões é o principal motivo, para que a profissão de assistente social se torne tão importante para nossa sociedade contemporânea e deste modo, Marilda  faz uma análise-crítica ao profissional formado em Serviço Social e nas suas relações sociais diante da dimensão global que é o capitalismo.

Iamamoto reforça que do período neoliberal dos anos 1980 até os anos 2000, que expondo os avanços e desafios na formação e qualificação de um profissional que exerça a função de intervir na sociedade de forma investigativa, mesmo sendo um período que o curso de graduação de serviço social ainda estava em debate na sua construção teórica, destaca-se a formação do ensino universitário, e a qualidade da formação dos assistentes sociais que foi muito importante na virada do século para o Brasil. Ela  ainda vai dizer, sobre os desafios de ser Assistente Social que entra no mercado de trabalho como trabalhador assalariado.

Assim a leitura do livro na formação acadêmica é muito importante, pois analisa a profissão dos assistentes sociais e as relações sociais dos trabalhadores em meio as produções capitalistas e o seu crescimento globalizado nos últimos tempos causando a pauperização do trabalhador que se expressa na desigualdade econômica. Nesse viés as reproduções das relações sociais, surge a necessidade de uma força social que luta pelo poder político, e o livro busca expor a participação do serviço social nesse processo de produção e reprodução nas relações sociais que permite que a sociedade de classes crie certas estratégias políticas de transformação da realidade na divisão de classes imposta pelo capital.

O propósito do livro é retomar o debate sobre as relações sociais da sociedade diante da orbita da sociedade capitalista e seu movimento globalizado, e como ela reflete nas relações da questão social, a exploração do trabalho, o crescimento desenfreado das desigualdades sociais que impulsiona as crises com a formação dos discentes de serviço social no Brasil, evidenciando a necessidade de identificar o real significado da profissão de assistente social no nosso país.

Capítulo I

A sociabilidade na órbita do

capital: invisibilidade do trabalho

e radicalização da alienação

Quanto mais a produção capitalista se desenvolve na sociedade burguesa, mais as relações sociais de produção se alienam das próprias pessoas e as confrontam como forças externas que as dominam. Essa inversão de sujeito e objeto, imanente ao capital como relação social, é uma expressão da história da autoalienação humana. Resulta na reificação gradual de categorias econômicas enraizadas na produção comercial. O pensamento fetichista transforma as relações sociais baseadas nos elementos materiais da riqueza em qualidades das coisas sociais, e a própria relação de produção em algo.

Esse caráter misterioso, envolvendo trabalho e sociabilidade na era do capital, se fortalece na globalização financeira e leva ao empoderamento da exploração do trabalho. A busca das desigualdades e da luta contra elas no problema social aprofunda as rachaduras na base da crise do capital. O objetivo deste capítulo é retomar a discussão sobre o processo de reprodução das relações sociais na sociedade capitalista em sua dinâmica contraditória, ou seja, considerar a socialidade no movimento global do capital. Fornece as bases necessárias para um nível mais alto de abstração para decifrar os dilemas do trabalho e da socialização no contexto da globalização do capital.

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