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O SIGNIFICADO DE INFÂNCIA PARA AS FAMÍLIAS: UM ESTUDO DA PSICOPEDAGOGIA E SERVIÇO SOCIAL

Por:   •  10/11/2018  •  Dissertação  •  13.821 Palavras (56 Páginas)  •  214 Visualizações

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O significado de infância para as famílias: um estudo do serviço social e psicopedagogia

O SIGNIFICADO DE INFÂNCIA PARA AS FAMÍLIAS: UM ESTUDO DA PSICOPEDAGOGIA E SERVIÇO SOCIAL

RESUMO

Este artigo destaca o significado da infância para as famílias e enfatiza a importância da Psicopedagogia e o Serviço Social na mediação de práticas educativas voltadas à população, no sentido de assegurar e garantir seu acesso à educação infantil qualificada e assim contribuir na defesa de uma infância permeada pelo afeto, respeito e dignidade, condição fundamental para o desenvolvimento humano.

PALAVRAS-CHAVE: Infância, Família, Psicopedagogia, Serviço Social.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

O presente artigo apresenta a contribuição da psicopedagogia para o Serviço Social na mediação de práticas educativas voltadas à população, no sentido de assegurar e garantir seu acesso à educação infantil qualificada e assim contribuir na defesa de uma infância permeada pelo afeto, respeito e dignidade, condição fundamental para o desenvolvimento humano.

A escolha do tema ocorreu pelo fato de perceber que a criança inúmeras vezes manifesta e desenvolve diferentes problemas provocados por atitudes inadequadas dos adultos que são responsáveis pelo seu cuidado. Constata-se que principalmente nos primeiros meses de vida, as situações precárias das famílias provocam a situação de vulnerabilidade, e foi através dessa constatação que determinei meu objeto de estudo.

O primeiro capítulo trata da infância, sua evolução e destaca as etapas do desenvolvimento da criança.

O segundo capítulo refere-se à educação infantil como um processo importante para que ocorra esse desenvolvimento e ainda salienta que elementos como obrincar e o jogo contribuem significativamente para tal. Concluindo esse capitulo apresento o apego quanto forma de interação primordial do bebê com a família, onde trago algumas considerações.

O terceiro capítulo apresento um breve relato sobre a historia e a intervenção da psicopedagogia.

No quarto e último capítulo, relata-se alguns aspectos da história do Serviço Social na América Latina e no Brasil, destacando o trabalho pioneiro da profissão que enfatizou o trabalho com as famílias. A seguir trato das Políticas Sociais e Políticas Públicas através das quais os direitos das pessoas podem ser garantidos.

1 DESCOBRINDO E APRENDENDO UM POUCO SOBRE OS PEQUENOS

Neste primeiro capitulo apresento os aspectos importantes da infância. Também realizei uma pesquisa bibliográfica sobre as etapas do desenvolvimento da criança, destacando a garatuja.

1.1 INFÂNCIA

A criança, ao longo da História e da evolução do homem, nem sempre foi considerada da mesma forma. Antigamente, ela era caracterizada como um ser ingênuo, inocente, gracioso ou ainda imperfeito e incompleto. Essas noções se constituíram em elementos básicos que fundamentaram o conceito de criança, entendido como um ser “sem existência social, miniatura do adulto, abstrata e universal”. Portanto, um conceito que independe de cultura ou classe social.

Já nos dias de hoje, uma nova concepção sobre criança vem tomando espaço no panorama educacional: a criança como ser social.

Nessa nova visão, a criança, como cidadã, caracteriza-se por ser um sujeito ativo, onde a situação sociocultural, as condições econômicas, o sexo e a etniaexercem grande influência sobre ela e seu comportamento. Dessa forma, o conceito de criança passa a não ser único, mas depende de vários fatores, do contexto onde ela está inserida.

Na análise das duas abordagens, uma nova visão de criança pode ser delineada, pois por um lado não se pode desconsiderar a natureza infantil calcada em parâmetros biológicos e psicológicos, como elementos comuns a todas as crianças, e, portanto, universais, e, por outro, a criança culturalmente contextualizada. Entende-se a criança, hoje, como um ser que se iguala pela natureza infantil e diferencia-se pelos fatores socioculturais.

Segundo Philippe Áries (1981) foi necessária uma longa evolução para que o conceito de infância se enraizasse na sociedade.

O nascimento da criança, do ponto de vista biológico, é um acontecimento repentino e dramático. Entretanto, o nascimento psicológico é um processo resultante das experiências e relações entre a criança, o adulto e o meio ambiente; por isso, deve ser tratado com muito cuidado.

Vivemos em uma sociedade seletista, na qual os espaços infantis “creches” servem de amparo, alimentação, saúde e abrigo, considerando que, os responsáveis pelas crianças precisam comprometer-se cada vez mais com seus trabalhos em virtude de fazerem parte de uma sociedade consumista, onde as relações interpessoais e familiares para a grande maioria passam para segundo plano.

A partir dessa constatação, as creches têm a sua representatividade na formação destes sujeitos e oferecem um espaço que procura superar a visão assistencialista, e desenvolve atividades de cunho social e educacional.Mesmo assim, muitas entidades não abrem espaço para o trabalho que vise o desenvolvimento pleno destas crianças, oferecendo serviços de baixa qualidade e que não atendem sequer os aspectos legais.

É importante considerarmos que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB - definiu que os pais, a sociedade e o poder público têm de respeitar e garantir os direitos das crianças definidos no artigo 227 que diz:

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violação e opressão (LDB, 2. ed., p. 16).

As diretrizes legais demonstram que nem os pais, nem as instituições de atendimento, nem qualquer setor da sociedade ou do governo poderão fazer com as crianças o que bem entenderem ou o que considerarem válido. Todos são obrigados a respeitar os direitos definidos na Constituição de 1988, que reconheceu a criança como um cidadão em desenvolvimento e não apenas o objeto da intervenção do Estado como vinha acontecendo em muitas situações até então.

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