Proposta de Intervenção Profissional

Proposta de Intervenção Profissional

De acordo com estudos realizados pela equipe técnica do CRAS,  no âmbito das comunidades atendidas, verifica-se que para muitas pessoas a Assistência Social é sinônimo de filantropia, que é algo pessoal e emotivo, ao contrário do amor próprio, quer  dizer caridade, benemerência e paternalismo.

O assistencialismo não ajuda uma comunidade a crescer, não permite aos indivíduos transformarem-se em cidadãos, porém não podemos deixar de suprir as necessidades emergenciais, como alimentação, encaminhamentos para cursos profissionalizantes para que a pessoa tenha um emprego, melhorando sua qualidade de vida.

A função pedagógica do assitente social é auxiliar conflitos e questões sociais com famílias, elaborar projetos para melhorar a qualidade de vida da comunidade, trabalhando com desigualdade social e ainda promover campanha de saúde, alimentação, combate a drogas, recreação, educação, produção e divulgação de informações de modo a oferecer referências para as famílias e indivíduos sobre os programas, projetos e serviços socioassistenciais do SUAS, sobre Bolsa Família, sobre os orgãos de defesa dos direitos e demais serviços públicos de âmbito local, municipal.

Durante o primeiro encontro onde foi exposto, debatido e entendido o trabalho do assistente social, conforme o Código de Ética, nos Princípios Fundamentais em seu primeiro item, foi onde todos se apegaram para o entendimento e a desenvoltura do plano de estudos.

O trabalho do assistente social consiste em transformar  o cotidiano para proporcionar os resultados concretos, onde a profissão se consolida e materializa, permitindo a união das dimensões técnicas, políticas, pedagógicas e intelectuais da intervenção profissional.

A realidade exige que o assistente social seja um profissional com conhecimento generalista crítico, capaz de desenvolver caminhos para a emancipação política dos sujeitos.

A discussão da ética no âmbito do Serviço Social, levando-se em consideração os seus aspectos ontológicos, políticos e sociais, nos leva a acreditar que esse debate é essencial para pensar e materializar o projeto profissional dos assistentes sociais, bem como os desafios impostos que muitas vezes dificultam sua execução.

Portanto o Projeto Ético Político do Serviço Social constitui-se no pilar fundamental da categoria profissional, uma vez que ele preserva os princípios emancipatórios do gênero humano, carrega a luta histórica dos movimentos sociais, os quais deram condições sócio-políticas que permitiram o profissional do Serviço Social estruturar um projeto crítico que buscou romper com suas matrizes conservadoras. Com isso entendemos que a categoria profissional precisa ser portadora do direcionamento intelectual e ideopolítica, de forma a solidificar ainda mais as bases pedagógicas-práticas, através do rigor teórico, histórico metológico, no trato da realidade e do Serviço Social, mediados pela teoria social crítica, pelas dimensões investigativas e interventivas.

Assim deve intervir diante das situações concretas na vida dos indivíduos nas mais diferentes expressões da questão social, e para tal intervenção é preciso que o agir profissional compreenda a totalidade do contexto onde tal questão é produzida, agindo sempre no âmbito da ética, da moral e na defesa intransigente dos direitos, da justiça social, da democracia e da liberdade, devendo ser isento de qualquer tipo de discriminação e preconceito.

Cabe a nós assistente sociais exercer a função de educador social e contribuir para fortalecer as demandas coletivas dos usuários, mesmo conscientes das condicionalidades do nosso trabalho, necessitamos buscar alternativas para desempenhar nossas práticas comprometidas com os valores da profissão para estímulo a novas pesquisas e debates.