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Ptic agricultura no clima quente

Tese: Ptic agricultura no clima quente. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/2/2015  •  Tese  •  1.355 Palavras (6 Páginas)  •  181 Visualizações

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1. A atividade avícola em climas quentes

A avicultura tem se consolidado, ano após ano, como uma das mais importantes

fontes de proteína animal para a população mundial. No Brasil, o processo de

desenvolvimento avícola, tanto no número de frangos abatidos como no de ovos

produzidos, possibilitou à industria um notável potencial para oferecer aos consumidores,

uma fonte protéica saudável e com um custo mais baixo.

Nos países de clima tropical, um dos desafios de produção são os fatores ambientais

de alta temperatura e alta umidade dentro das instalações, as quais são limitantes para o

bem-estar e uma alta produtividade. O conceito de ambiente é amplo, uma vez que inclui

todas as condições que afetam o desenvolvimento dos animais. Hoje, ao considerar o

ambiente de produção animal leva-se em conta, o ambiente térmico (temperatura, umidade,

velocidade do vento e outros), o ambiente acústico (ruídos), o ambiente aéreo (gases e

poeiras) e o ambiente social (hierarquia do grupo, tratador).

O ambiente físico pode abranger os elementos meteorológicos que afetam os

mecanismos de transferência de calor, a regulação e o balanço térmico entre o animal e o

meio, exercendo forte influência sobre o bem-estar e desempenho do animal. Na maioria

dos sistemas de produção de aves, no Brasil, os fatores climáticos, ou seja, o ambiente

térmico são pouco gerenciados, o micro ambiente para a produção e bem-estar das aves,

nem sempre é compatível com as necessidades fisiológicas das mesmas.

O micro clima gerado dentro de uma instalação é definido pela combinação de

elementos como as variáveis psicrométricas do ar ambiente, chuva, luz, som, poluição,

densidade animal, equipamentos e manejo. Os fatores estressores do ambiente podem estar

também vinculados: velocidade do ar, temperatura radiante, disponibilidade de água e

umidade da cama.

Comparando-se a temperatura interna das aves com a dos mamíferos, observa-se

que, além de ser mais alta, é mais variável, podendo, quando adultas variar de 41oC a 42oC.

Tais variações se dão de acordo com sua idade, peso corporal, sexo, atividade física,

consumo de alimentos e o ambiente térmico do galpão.

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Portanto, para obtermos melhor bem-estar na avicultura em climas quentes devemos

estar atentos à interação entre o animal e o ambiente, a fim de que o custo energético dos

ajustes fisiológicos sejam os menores possíveis.

2. Termorregulação

Para manter a temperatura fisiológica, as aves possuem um centro termorregulador,

localizado no sistema nervoso central. A Figura 1 mostra esquematicamente o princípio de

ação do sistema termorregulador das aves no processo de manter a homeotermia.

Figura 1 - Esquema do sistema termorregulador (ABREU, 2003)

2.1 Zonas de conforto térmico

Para determinada faixa de temperatura efetiva ambiental, a ave mantém constante a

temperatura corporal, com mínimo esforço dos mecanismos termorregulatórios. É a

chamada Zona de Conforto Térmico (ZCT) ou de termoneutralidade, em que não há

sensação de frio ou de calor e o desempenho animal em qualquer atividade é otimizado.

Na Figura 2, observa-se que a Zona de Conforto Térmico é limitada pelas

temperaturas efetivas ambientais dos pontos B e B’; a Zona de Homeotermia, pelas

temperaturas efetivas ambientais dos pontos C e C’; e a Zona de Sobrevivência, pelas

temperaturas efetivas ambientais dos pontos D e D’.

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Figura 2 – Representação esquemática simplificada das temperaturas críticas

efetivas (ABREU, 2003)

Nas temperaturas efetivas ambientais situadas na faixa limitada pelos pontos A e D,

o animal está estressado por frio e nas de A’ a D’, por calor.

A temperatura efetiva ambiental do ponto B é a Temperatura Crítica Inferior

(TCI) e abaixo desta o animal aciona seus mecanismos termorregulatórios para incrementar

a produção e a retenção de calor corporal, compensando a perda de calor para o ambiente,

que se encontra frio. Nessa faixa, a capacidade do animal de aumentar a taxa metabólica

torna-se relevante para a manutenção do equilíbrio homeotérmico.

Para temperaturas efetivas ambientais abaixo daquela definida no ponto C, a ave

não consegue mais balancear a sua perda de calor para o ambiente e a temperatura corporal

começa a declinar rapidamente, acelerando o processo de resfriamento. Se o processo

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continua por muito tempo ou se nenhuma providência é tomada, o nível letal D, é atingido e

o animal morre por Hipotermia.

A temperatura efetiva ambiental do ponto B’ é denominada Temperatura Crítica

Superior (TCS). Acima dessa temperatura o animal

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