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RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO “NOVAS CONFIGURAÇÕES FAMILIARES: MITOS E VERDADES” PAULO ROBERTO CECCARELLI

Por:   •  2/7/2017  •  Resenha  •  600 Palavras (3 Páginas)  •  1.590 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO

“NOVAS CONFIGURAÇÕES FAMILIARES: MITOS E VERDADES”

PAULO ROBERTO CECCARELLI

O conjunto que simboliza “família” atualmente vem sendo muito questionado sobre sua composição na sociedade. Para o psicólogo Paulo Roberto Ceccarelli, o sistema familiar varia de acordo com o corpo social, e esse modelo tradicional nunca foi sinônimo de “normalidade”. O artigo “Novas Configurações Familiares: Mitos e Verdades” demonstra o que ocorre quando se há a inserção ou exclusão de novos sujeitos nesse padrão familiar e se isso afeta ou não o sistema psíquico de uma criança que nasce nesse meio.

Segundo Freud, a sociedade é composta por vários costumes e hábitos tradicionais e simbólicos representados em vários setores sociais, e quando o novo é identificado acaba sendo visto como uma ameaça, dificultando o início desses valores.

É no período da adolescência, que o jovem começa a ver o mundo de modo particular, observando e sentindo-o com uma apreciação diferente de seus pais, o que contradiz toda a “normalidade” da referência simbólica social, fazendo-os se questionar o que realmente os firma como sujeitos. É evidenciado que as crises simbólicas e as mudanças sempre irão ocorrer, ou seja, a humanidade é uma constante forma de reorganização coletiva. Ceccarelli acredita que não há na atualidade algum acesso ao novo sem julgamentos perante a organização social, a humanidade está sempre em crise de acordo com a história.

A definição de família atualmente não retrata mais aquela da tradição, ou seja, ela pode ser composta de várias maneiras possíveis como, por exemplo: monoparentais, adotivas, homoafetivas, assim como as crianças também podem ser procriadas por barriga de aluguel, criação artificial, embriões congelados, etc. Essas formas existiram desde sempre, porém eram vistas como marginalidades em relação aos padrões “oficiais”.

Alguns advertem que uma criança que é criada por uma família que não seja a “tradicional”, poderá ter seus processos psíquicos fundamentais comprometidos. Então a partir disso, práticas clínicas foram analisadas e vários casos de problemas apontados pela criança eram sintomas dos pais, porém em situações que a criança não tinha a participação significativa de um dos pais, que poderiam ser os casos mais preocupantes, esta ao contrário, não apresentava nenhum problema individual comovente, esclarecendo que a presença ou falta de um componente familiar na constituição da criança, não afeta em nada em seu psicológico. Os modos tradicionais de filiação diferem totalmente dos pressupostos da psicanálise, pois temos desejos, identificações, pulsões próprias e subjetivas, então um não sustenta o outro, não depende da cultura e sim do “eu” de cada criança.

Não basta apenas ter nascido de um casal para ser tornar filho dos mesmos, também não é só porque alguém colocou uma criança no mundo, que este logo é transformado em mãe/pai. O nascimento tem que ser ligado ao fato social e político, só assim a criança será constituída como um sujeito, ou seja, a relação entre os genitores e a criança não é definida apenas pela relação biológica, e sim pela inserção do bebê em determinado convívio

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