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CONHECIMENTO SOBRE DST E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS NAS ESCOLAS

Por:   •  22/7/2019  •  Relatório de pesquisa  •  970 Palavras (4 Páginas)  •  247 Visualizações

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CONHECIMENTO SOBRE DST E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS NAS ESCOLAS

 INTRODUÇÃO: Segundo Cano et al.(2000) a sexualidade é um dos aspectos mais importantes da adolescência pois é nessa fase da vida do ser humano que sua personalidade está sendo formada, e nessa fase é de extrema importância a parceria entre escola – família - saúde para se encontrar maneiras de como orientar os adolescentes, facilitando assim as tarefas educativas de pais e professores. Frison (2000) afirma que a família é de fundamental importância na formação da personalidade de um jovem, além disso, é a família que vai dar as primeiras noções sobre normas e padrões sexuais. Ela também vê a escola como o grande alicerce da educação e por isso o local próprio e competente para a difusão do conhecimento.

Ribeiro (1990) afirma também: “A escola está sendo a instituição mais indicada pelas autoridades educacionais, pelos especialistas e pela sociedade em geral como sendo o campo fértil e ideal para se dar a Orientação Sexual” (p.31).

Porém, a família e a escola não veem cumprido com excelência os papeis que lhe são dados, ainda segundo Frison(2000) os conflitos nas relações entre pais, mães e irmãos são frequentes nas famílias e isso torna as aproximações no ambiente familiar cada vez mais raras, isso faz com que os diálogos sobre sexo também sejam difíceis de se estabelecer, os pais se sentem despreparados e inibidos para falar desse assunto com seus filhos. A escola também tem se desviado de seu papel, os professores tem focado os lados biológicos e científicos e esquecido o lado existencial, ainda segundo Frison essa omissão da instituição de ensino aumenta a ignorância e a exclusão na escola. Sem o auxilio das instituições responsáveis os jovens tem sofrido com a falta de conhecimento e em alguns casos com infecção por DST, segundo Taquette et al(2004) o uso de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas está diretamente ligado o ser infectado por alguma DST e nós sabemos que a falta de apoio na família e na escola pode levar os jovens ao uso dessas substancias. OBJETIVO: Este trabalho teve como objetivo através de entrevistas realizadas com jovens do ensino médio, saber qual o nível de conhecimento desses alunos sobre métodos contraceptivos e DST, saber também se há diferença no nível de conhecimento entre as series distintas do ensino médio, assim como entre diferentes religiões e sexo. METODOLOGIA: Tivemos como base a dissertação de mestrado de Laura Bernardi Motta Martins, pesquisa foi realisada no colégio estadual Luciano Passos, com 101 alunos do 1° ao 3° ano do ensino médio, foram aplicados questionários contendo 34 questões objetivas, com o intuito de descobrir os conhecimentos dos alunos sobre métodos contraceptivos e doenças sexualmente transmissíveis, além disso, o questionário perguntava a religião e idade dos entrevistados, para que com isso fosse possível medir os níveis de conhecimento dentre as diferentes religiões e séries.RESULTADOS: A faixa etária dos entrevistados ficou entre 15 e 19 anos, as religiões declaradas foram católica e evangélica, com maiores percentuais, e espíritas. Além disso, alguns declararam não ter religião. A porcentagem de acerto geral, dos estudantes dos três anos analisados, foi de 60,39%. A porcentagem de acerto do primeiro ano foi de 60,72%; a do segundo ano foi de 54,47%; e a do terceiro ano de 77,99%. Apesar da imaturidade apresentada pelos alunos do primeiro ano durante a aplicação do questionário, esses tiveram uma porcentagem de acerto um pouco maior, quando comparada com a do segundo ano, já a porcentagem de acerto do terceiro ano é maior, possivelmente por consequência da maior faixa etária e escolarização. Entre os sexos, os homens tiveram uma porcentagem de acerto de 55,88% e as mulheres de 64,77%; isso pode ser explicado pelo amadurecimento mais precoce entre as mulheres, outra hipótese pode ser pela preocupação da mulher com os cuidados a serem tomados com o seu corpo. Foi possível também analisar as médias dos católicos que ficou entre 20,16 a média dos evangélicos ficou em 20,74; e a dos espíritas ficou em 17,75. Nós observamos que os alunos em geral apresentaram dificuldade nas questões sobre os métodos contraceptivos femininos, mas especificamente sobre o diafragma, observamos também que eles tiveram um maior conhecimento sobre a camisinha masculina, isso pode ser consequência das campanhas de saúde direcionadas a este método. CONCLUSÃO: Através da analise dos dados obtidos, podemos afirmar que os alunos tiveram em geral muitas dificuldades, principalmente nas questões direcionadas aos preservativos femininos, porém tiveram uma média alta nas questões sobre a camisinha. Outro dado bastante interessante foi a media de acerto entre as religiões, que não apresentaram uma média de conhecimento muito diferente quando comparadas. Após a experiência obtida, nós pensamos que a melhor maneira para se mudar esse quadro seria uma ação mais direcionada das escolas, tratando os jovens de uma maneira mais eficaz, com discussões sobre o tema e uma abordagem mais individual, pois muitos apresentam dificuldades em expor seus pensamentos quando estão diante dos amigos, outra atitude para essa melhoria começar a acontecer seria uma mudança de atitude dos pais, que muitas vezes não sabem ou não conseguem abordar esse tema da maneira correta, deixando os jovens com duvidas, e em alguns casos, sem base familiar alguma em relação ao assunto sexualidade, podendo acarretar em problemas futuros.

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