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DECADÊNCIA DOS RECURSOS HÍDRICOS E A DESERTIFICAÇÃO NO ESPÍRITO SANTO

Por:   •  29/3/2019  •  Artigo  •  2.405 Palavras (10 Páginas)  •  200 Visualizações

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A DECADÊNCIA DOS RECURSOS HÍDRICOS E A DESERTIFICAÇÃO NO ESPÍRITO SANTO

Sionara Bruzigini de Jesus

sionarabruziguini@hotmail.com

Gabriela Marcomini de Lima

gabriela.lima@uniube.br

RESUMO

A estiagem e má proteção do solo provocam calamidade hídrica no estado do Espírito Santo. As principais causas que levam a falta de água, o clima seco e a desertificação, vêm dificultando as produções das lavouras e a vivência no meio rural. Tem-se observado, nestas últimas décadas, que com a ação humana sobre o meio em que vive tem gerado grandes desiquilíbrios naturais, com o consumo desenfreado dos recursos naturais, bem como a necessidade constante por mais recursos. Cabe a nós conscientizar a sociedade de que a água é algo de enorme valor, pois dependemos dela para a nossa sobrevivência, portanto devemos economiza-la, para termos para sempre, e evitar o máximo o desperdício. É de fundamental importância fazer um levantamento da real situação dos lençóis freáticos, para determinar as medidas protecionistas a serem adotadas em cada bacia hidrográfica. Recuperar a capacidade de retenção de água no solo é mais do que plantar árvores ao longo de córregos e rios. É preciso investir em práticas vegetativas, de adubação orgânica, construção de caixas-secas, barragens, além de manejo adequado das áreas plantadas, portanto diante desta crise hídrica devido à estiagem e falta de chuvas torna-se imprescindível buscar subsídios, alternativas para conservação, evitando desperdícios de água, levando em consideração que ela é indispensável para a existência.

Palavras-chave: Estiagem. Crise hídrica. Água. Desperdício.

1 INTRODUÇÃO

Este artigo científico vem abordando questões relativas à crise hídrica instalada no estado do Espírito Santo, que desenvolveu-se através da negligência da sociedade humana. A estiagem e falta de chuva vêm agravando cada vez mais este problema.

Os recursos hídricos apresentam um valor ambiental, social, econômico, cultural, dentre outros. Para que a água continue a ser utilizada com qualidade depende da percepção da população no sentido de valorização através da relação sociedade – ecossistema. O comportamento humano agrava os efeitos das secas e das enchentes, seja pelo desmatamento, ou pela ocupação das várzeas de rios e também pelo desperdício da água disponível. Diante desse contexto, iremos trazer a conscientização da população em relação ao mau uso da água, trazendo assim imensos desperdícios da mesma.

2 A DECADÊNCIA DOS RECURSOS HÍDRICOS E A DESERTIFICAÇÃO NO ESPÍRITO SANTO

A água corresponde a um imenso recurso natural do qual toda a sociedade necessita para sobreviver. São vários motivos que causam a falta desse recurso, dentre eles estão: a ampliação das áreas de lavouras, o desmatamento de matas nativas, a derruba de árvores, uso de máquinas para impedir o escoamento de água das nascentes até os rios, pastagens para gado, manejo inadequado de áreas plantadas, enfim, com isso quase 90% do território capixaba está desnudo.

Para tentar amenizar essa situação da seca temos que além de recuperar a cobertura florestal, em áreas de proteção permanente, é necessário melhorar a proteção do solo, com restos de culturas e adubação orgânica, irrigar lavouras de forma correta, sem desperdícios, construir caixas-secas e adotar outras medidas de conservação de solo, de baixo custo, para aumentar a capacidade de retenção de água, visando a alimentar o lençol freático.

2.1 O consumo e a distribuição de água doce no Brasil

ALVES, (sem data), relata que, no mundo são conhecidos os números de distribuição de água doce, sendo apenas 3% de todos os recursos hídricos existente em todo o planeta disponíveis para o consumo. A maior parte desses 3% são encontrados em geleiras e lençol freático.

No Brasil o maior problema relacionado à água doce, é que está distribuída de forma irregular, devido à localização geográfica. Sendo lugares poucos povoados com muitas reservas de água e as áreas de muitos povoados com pouco recurso hídrico.

A região Norte é a mais rica em recurso hídrico, contendo cerca de 70% de toda a água contida no Brasil, a maior parte desse recurso está nos rios da Bacia Amazônica e, principalmente, no Aquífero Alter do Chão. Contudo esta região possui a menor densidade demográfica, aproximadamente 4,12 habitantes para cada quilômetro quadrado.

Já a região nordestina vem com o menor percentual hídrico, tendo apenas 3,3%, com uma densidade de 34,15 por quilômetro quadrado. Vale ressaltar que não é toda a região do nordeste que sofre eventualmente com a falta de água, é somente a região do Polígono das Secas.

Na região Centro-Oeste um melhor equilíbrio. Sua região possui aproximadamente 15,7% dos recursos hídricos e com a densidade demográfica de 8,75 habitantes para cada quilômetro quadrado.

Já o Sudeste vem com 6% dos recursos hídricos do Brasil e uma densidade superior a 86 habitantes por quilômetros quadrados, sendo a maior de todas as regiões, tendo acentuação nas grandes cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

A região Sul do país apresenta um menor desiquilíbrio, mas não menos preocupante, pois vem com a densidade demográfica de 48,58 habitantes por quilômetro quadrado e cerca de 6,5% de água doce do Brasil.

Apesar dessa desigualdade hídrica, as áreas menos fornecidas ainda podem ser abastecidas corretamente através de planejamentos e ações públicas de interesse social. Além disso, é de fundamental importância para a preservação desse recurso a conservação de rios, mananciais e reservas florestais.

2.2 Desertificação

GOMES, (sem data), comenta que, a degradação do solo nas regiões é resultante de vários fatores, incluindo as variações climáticas e as ações humanas. Com a degradação da terra apareceu a redução de produtividade e da complexidade dos ecossistemas e das terras agrícolas, causadas pela erosão do solo, deterioração das propriedades do solo e a perda da vegetação natural.

Os princípios que causou a desertificação foi o grande desmatamento desordenado, muitas queimadas, indústrias que além de prejudicar o solo prejudica o ar, a agricultura que veio com condução do manejo, a utilização do solo e a irrigação de forma incorreta, o pastoreio e o extrativismo.

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