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A OBESIDADE INFANTIL

Por:   •  29/10/2017  •  Monografia  •  6.573 Palavras (27 Páginas)  •  1.032 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL-CAMVA

PATRÍCIA RODRIGUES DE JESUS

OBESIDADE INFANTIL

Fatores Determinantes, Consequências e o Papel do Educador Físico para a Prevenção do Sobrepeso e Obesidade Infantil.

Vacaria

2014

Patrícia Rodrigues de Jesus

OBESIDADE INFANTIL

Fatores Determinantes, Consequências e o Papel do Educador Físico para a Prevenção do Sobrepeso e Obesidade Infantil.

Relatório final, apresentado a Universidade de Caxias do Sul, como parte das exigências para a obtenção do grau de Licenciatura em Educação Física.


Orientador: Prof. Paulo Eugênio Gedoz de Carvalho.

Vacaria-Rs
2014

1-TEMA

OBESIDADE INFANTIL


2-PROBLEMA

Fatores Determinantes, Consequências e o Papel do Educador Físico para a Prevenção do Sobrepeso e Obesidade Infantil.


3- DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA:

Constatar os principais fatores determinantes da obesidade, assim como suas consequências para que através desses dados possa se identificar o papel do profissional de educação física no contexto escolar para contribuir para o combate e a prevenção da obesidade infantil.


4-OBJETIVO GERAL

O objetivo deste estudo é verificar (constatar) as consequências e fatores contribuintes para a obesidade infantil, analisando o índice dessa epidemia no Brasil, alertando os educadores físicos a importância da sua interferência para minimizar esse mal.

5-OBJETIVOS ESPECIFICOS

  • Verificar a influência dos comportamentos para o desenvolvimento do sobrepeso obesidade;
  • Apontar os índices de obesidade no Brasil;
  • Constatar as complicações da obesidade na infância;
  • Associar a prática da atividade física com a prevenção da obesidade;
  • Apontar o papel da escola e do profissional de educação física nesse contexto.

6- METODOLOGIA

A pesquisa acontecerá no primeiro semestre de 2014, e será realizada através de revisões bibliográficas através de artigos e livros relacionados ao sobrepeso e à obesidade infantil, apontando suas principais causas e consequências, e qual o papel do educador físico para contribuir para a prevenção e tratamento do sobrepeso/ obesidade em crianças na idade pré-escolar e escolar juntamente com a comunidade escolar.

7- INTRODUÇÃO

Considerado em uma época como um problema exclusivo dos países de alta renda, o sobrepeso e a obesidade estão aumentando hoje drasticamente também nos países de renda média e baixa, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Nos países em desenvolvimento, a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis que fazem parte também das doenças decorrentes da obesidade (como hipertensão, diabetes e doença cardiovascular) está aumentando muito mais rápido do que no mundo industrializado. Apesar dos problemas da desnutrição infantil estar longe de serem resolvidos, a nova pandemia de obesidade e suas doenças não transmissíveis associadas representam um grande desafio para organizações como a OMS.

Muitos estudos científicos são realizados com o intuito de identificar os fatores de risco inerentes à etiologia de um conjunto de doenças que representam riscos à saúde pública. Não obstante, no âmbito de um conjunto extenso de temas a serem investigados, destaca-se o importante número de estudos epidemiológicos que tem demostrado a forte e consistente associação entre atividade física e saúde (Bouchard e Shephard, 1994; Paffenbarger et al., 1994).

Diversas pesquisas revelam que a obesidade é caracterizada por fatores exógenos e endógenos, ou seja, é multifatorial. Além dos fatores genéticos, existem também outros fatores que são também determinantes da obesidade, como a idade, metabolismo lento, má alimentação e sedentarismo. Vale ressaltar que a obesidade na infância é decorrente principalmente por estilo de vida inadequado. MIRANDA et al., 2010). Uma pesquisa realizada pelo ministério da saúde mostra que incidência de obesidade entre os brasileiros aumentou 54% entre 2006 e 2012, atingindo até o ano passado 17,1% da população do país. A ascensão da obesidade no Brasil e no mundo pode ser explicada pelas modificações no perfil nutricional das populações, como também pelas transformações socioeconômicas que levam ao processo desconhecido como transição nutricional. Esse processo tem como determinantes as mudanças na dieta e a redução de atividade física devido aos avanços tecnológicos. (CORSO et.al., 2012; WANDERLEY e FERREIRA 2010; RODRIGUES et.al., 2011). Atualmente, o consumo de alimentos industrializados como os “fast foods” aumentou radicalmente. Alimentos esses que são da baixo valor nutritivo, porém de alto nível calórico. Aliado a isso, o aumento do sedentarismo ocasionado pelas facilidades tecnológicas e a troca de atividades em que envolviam esforço físico por atividades sedentárias como jogar vídeo game ficar sentado em frente ao computador ou televisão, nos mostra claramente que, cada vez menos há um balanço entre o consumo e o gasto energético. O aumento de consumo e uma diminuição em relação ao gasto energético diário faz com que o excesso de calorias não gastas se armazene no corpo em forma de gordura, dia após dia.

A obesidade é uma doença que traz como consequência diversas complicações à saúde, e não simplesmente um resultado negativo à estética corporal. Indivíduos com prevalência de gordura na sua composição corporal possuem maior facilidade de desenvolver doenças tais como: Cardiopatias, acidentes vasculares cerebrais, hipertensão, diabetes e depressão. Segundo o relatório “Estatísticas Mundiais de Saúde 2012”, da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que a obesidade é a causa de morte de 2,8 milhões de pessoas por ano. Os dados divulgados alertam, em síntese, para o aumento das doenças não contagiosas ligadas à obesidade: diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares. Os agravos à saúde e epidemiologia da obesidade ilustram a importância e o impacto da doença, no âmbito individual e coletivo, dentre os quais, os custos alarmantes são de cerca 1,5 bilhão de Reais por ano com internações hospitalares, consultas médicas e medicamentos, e que, em muitos casos resultam em óbito por suas consequências, sendo que o número de óbitos decorrentes da obesidade representam 2/3 das mortes no mundo. Segundo Lamounier e Parizzi (2007), a obesidade infantil e na adolescência está diretamente relacionada à obesidade na idade adulta, pois cerca de 50% de crianças obesas aos seis meses de idade e 80% das crianças obesas aos cinco anos de idade permanecerão obesas. Além disso, aterosclerose e hipertensão arterial, doenças típicas de adultos, são processos iniciados na infância e relacionados à obesidade. Estes dados nos mostram a importância de se combater a obesidade ainda na infância, pois os números nos mostram a imensa possibilidade de a obesidade infantil se estender até a idade adulta trazendo consigo todas as complicações na saúde.

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