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CONSTRUÇÃO DO CURRÍCULO DO COMPONENTE CURRICULAR: EDUCAÇÃO FÍSICA (ENSINO MÉDIO) SUBSECRETÁRIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE ANÁPOLIS.

Por:   •  27/1/2020  •  Relatório de pesquisa  •  4.057 Palavras (17 Páginas)  •  277 Visualizações

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CONSTRUÇÃO DO CURRÍCULO DO COMPONENTE CURRICULAR: EDUCAÇÃO FÍSICA (ENSINO MÉDIO) SUBSECRETÁRIA  REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE ANÁPOLIS.

(ORGANIZADORES:MARCOS JERÔNIMO DIAS JÚNIOR E NESLEY MARINHO).

MARCOS JERÔNIMO DIAS JÚNIOR

PROFESOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA,

 EFETIVO DA REDE ESTADUAL.

         

          Pensar a educação e a educação física, categorias que devem ser pensadas e refletidas em uma consonância somente, tornou-se um desafio. Pois, diante um processo de construção histórico engessado, com a construção de ações e conhecimentos ecléticas, sem objetivos claros, longe de uma síntese, perspectivas retrógradas, mesmice, entre outras ações, nos estimulam a transformação dos dados da realidade.

         Muitas pesquisas atualmente dentro da educação física escolar, em uma perspectiva progressista de educação, colocam alguns pontos de grande importância e, nos leva a necessidade de pensar a educação física de forma diferente, ampla, crítica e de forma espiralada. Sem perder a sua essência e suas origens que o legitimou dentro da escola, como componente curricular dentro da escola e não somente como uma mera atividade.

           A educação física da escola deve ser pensada e executada como componente curricular, culturalmente e historicamente construído, politicamente e socialmente transformado. Pode-se afirmar que, uma disciplina é legítima ou relevante para essa perspectiva de currículo, quando a presença do seu objeto de estudo é clara, tornando-se fundamental para a reflexão pedagógica do aluno e, a sua ausência compromete a perspectiva de totalidade dessa reflexão. (Coletivo de Autores,1992, pág 18).

O componente curricular é, pautado dentro das ciências humanas e biológicas, que trabalha a área de conhecimentos relacionados ás práticas corporais. Foi construído dentro da perspectiva de um currículo flexível,que leva em consideração a sociedade e a cultura. Orientado teoricamente em uma perspectiva progressista e de transformação no contexto da área pedagógica da educação e da educação física.  

Segundo TADEU e MOREIRA (2011), sobre currículo, sociedade e cultura.

 

O currículo é considerado um artefato social e cultural. Isso significa que ele é colocado na moldura mais ampla de suas determinações sociais, de sua história, de sua produção contextual. O currículo não é um elemento inocente e neutro de transmissão desinteressada do conhecimento social.(p.13 e 14)

             Neste sentido, os professores de educação física, cada um na sua particularidade, pensando o geral, engajados no processo de transformação, começam a pensar o seu currículo, como luta política, social, cultural e histórica. Pode-se dizer que os conteúdos de ensino emergem de conteúdos culturais universais, constituindo-se em domínio de conhecimento relativamente autônomos, incorporados pela humanidade e reavaliados, permanentemente, em face da realidade social (Libâneo,APUD, COLETIVO DE AUTORES, 1985: 39).

Com o objetivo geral de facilitar a reflexão e a prática pedagógica dos professores do magistério, principalmente do ensino médio, esta sendo construída uma proposta de currículo básico, para contribuir nos conhecimentos acerca da educação física, tendo como conseqüência uma melhor formação no sentido amplo, critico e pedagógico dos alunos da rede estadual da educação em Goiás e no Brasil.

         É importante ressaltar que não estamos aqui com a perspectiva de transformar no sentido de extinguir os conteúdos clássicos da educação física, já que eles são partes de grande importância para a construção do currículo. Ou mesmo, trazer receitas de bolo ou que a linha de raciocínio seja única e engessada. Mas olhar para eles em um sentido diferente, não somente pautado nas ciências biológicas e naturais, mas também nas ciências humanas (antropologia, sociologia, filosofia, entre outras), em seus aspectos culturais, históricos, econômicos, sociais, políticos e biológicos.

         Conclui-se que os conteúdos clássicos jamais perdem a sua contemporaneidade. Os conteúdos que legitimaram a educação física na escola, não podem ser perdidos e extintos, mas sim ampliados e refletidos críticamente, na defesa dos interesses da classe trabalhadora.

           Daólio, reflete da seguinte maneira, o cuidado nestes processos de transformações. “Como dar um banho em um neném que esteja sujo, há muitos anos, deixado sem cuidados diante a realidade. E ao dar o banho, em vez de cair pelo ralo somente a sujeira que o transformaria em um ser humano com mais higiene, o neném também iria por ralo abaixo,perdendo o sentido e a essência”.(Jocimar Daólio).

        A mudança sempre terá resistência, contradições, crises, críticas mesmo sendo neste caso específico, para beneficio da sociedade, da escola, da educação, da educação física e principalmente dos nossos alunos. Mas cabe aos professores, mediadores de conhecimentos e formadores, construtores de pensamentos, construírem ações dialogadas e reflexivas em busca dos objetivos propostos.  

        Para kunz(2005):

…a educação física pode constribuir para o desenvolvimento de determinadas competências que não se resumem na competência objetiva de saber fazer, mas incluem as copetencias social, liguistica e criativa, sempre de forma crítica. Essa abordagem esta mais inclinada com o desenvolvimento integral do aluno. Não se trata apenas dos aspectos físicos, mas principalmente de suas compreensões de mundo e de contexto relacionadas.

         Diante o processo histórico e político da educação física, a produção de conhecimentos sobre este componente curricular é escasso, rudimentar e até mesmo a própria formação acadêmica, foi baseada sem perspectivas hoje contestadas pela realidade. Para a construção, reflexão, críticas construtivas e ação em direção à realização deste currículo básico, o professor tem papel fundamental neste processo.

Nas 1ª 2ª e 3ª séries do ensino médio se concretizam o ciclo de aprofundamento da sistematização do conhecimento. Nele o aluno adquire uma relação especial com o objeto, que lhe permite refletir sobre ele. A apreensão das características especiais do objeto(cultura coporal) é inacessível a partir de pseudoconceitos próprios do senso comum. O aluno começa a perceber, compreender e explicar que há propriedades comuns e regulares nos objetos.( Coletivo de autores, 1992, pág 23).

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