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NUTRIÇÃO E DIETÉTICA OBESIDADE INFANTIL

Por:   •  22/4/2017  •  Artigo  •  1.477 Palavras (6 Páginas)  •  362 Visualizações

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JOSÉ FLAVIO ARAÚJO MONTEIRO

NUTRIÇÃO E DIETÉTICA

OBESIDADE INFANTIL

São José dos Campos

2017

INTRODUÇÃO

        É notório entre os especialistas em alimentação humana, o fato de que a sociedade vem sofrendo um aumento de peso consideravelmente. Vários fatores são destacados como causadores ou contribuintes desse alarmante quadro.

Em alguns países já se tem levantado uma porcentagem bastante considerável de adultos acima do peso e que está situação trás como consequência uma diminuição na qualidade de vida e também um prejuízo quando nos referimos à saúde, quando esse excesso de peso causa diversas doenças que em alguns casos podem levar a morte.

Por si só o fato de adultos terem cada vez mais um alto índice de excesso de peso já trazia grande preocupação para os governos no que diz respeito à saúde e agora para tornar o assunto mais dramático ainda, percebemos que já não se trata mais de adultos que por vários motivos tiveram um distúrbio alimentar que contribuiu direta ou indiretamente para o quadro de obesidade, temos também adultos que desde a infância por falta de controle dos pais, uma mídia totalmente favorável aos fast food e inúmeros comerciais que apelam para o consumo sem controle de guloseimas e calorias, tornamos então essa situação mais preocupante ainda.

Há registros oficiais que cerca de 30% das crianças apresentam em maior ou menor grau uma alteração de peso.

Sabemos que além da distorção alimentar que essas crianças sofrem, temos também a ausência da prática esportiva tornando ainda mais fácil o alcance de sobrepeso na infância.

Jogos eletrônicos, tecnologia e outros recursos tornaram as brincadeiras mais estáticas diminuindo drasticamente o interesse por atividades que provocavam o corpo com movimentos e exercícios que contra balanceavam na hora do consumo excessivo de calorias.

Podemos até afirmar que são duas ações opostas ao normal, onde as crianças tinham uma alimentação balanceada, regada de atividades que estimulavam o corpo e agora eles preferem alimentos calóricos em grande quantidade e brincadeiras sem movimentos ou estímulos corporais.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1998, a obesidade vem sendo um dos problemas mais graves nas últimas décadas principalmente em países em desenvolvimento, tendo sido reconhecido como uma questão de saúde pública. Vem atingindo pessoas de ambos os sexos, todas as idades, raças e classes socioeconômicas, Who,1998.

No Brasil, devido ao aumento do poder aquisitivo já temos registro que essa parte da sociedade acima do peso já supera os 40% entre homens, mulheres e crianças, mostrando claramente a gravidade da situação.

Numa situação antagônica tínhamos no passado registro de desnutrição ( ausência de alimento mínimo para condicionamento da saúde) e agora temos esse quadro de crianças obesas já na tenra idade.

Conforme MARA & LUIZ (2002), tanto fatores econômicos como emocionais, culturais, genéticos e comportamentais interferem no desenvolvimento da obesidade infantil. Independentemente do fator desencadeante da obesidade ela repercute na vida da criança de várias maneiras, trazendo grandes prejuízos como transtornos psicológicos tais como depressão, ansiedade, dificuldade de ajustamento social, alterações posturas, pés planos, desgaste das articulações pelo excesso de peso, alterações de pele, como estrias e, portanto, sendo merecedora de atenção e tratamento especializado.

Crianças com menos de 5 anos em alguns casos já apresentam grande dificuldade respiratória devido ao precoce estado de excesso de peso que consequentemente vai garantir um futuro adulto obeso, nos países desenvolvidos essa taxa de obesos se torna ainda maior visto que o apelo comercial por comidas gordurosas e calóricas são mais intensas e as empresas envolvidas no comércio desses produtos gastam fortunas com estratégias de marketing para alavancar as vendas.

A vida sedentária  facilitada   pelos  avanços  tecnológicos  (computadores,

televisão, videogames, etc.), faz  com   que   as   crianças   não  precisem  se

esforçar fisicamente a nada. Devido  à  violência  urbana  a  pedido de seus

pais, as crianças ficam dentro de casa com atividades que não as estimulam

fazer atividades físicas como correr, jogar, bola, brincar etc. Isto é um fator

preocupante para o desenvolvimento a obesidade (ALMEIDA et al., 2004).

Outro fator bastante ponderável que funciona como um agravante é que no Brasil a maioria dos pais diante da necessidade de garantir o sustento familiar, passam cada vez menos tempo com as crianças e isso gera uma falta de controle nas ações no que diz respeito a escolha pela alimentação dos menores.

Outro fator gerador dessa alta taxa de obesidade infantil é a busca pela praticidade na hora de se alimentar trocando a alimentação saudável composta pela balanceada quantidade e qualidade de alimentos, de frutas e hortaliças, por frituras, lanches em geral e guloseimas sem limites.

As empresas de marketing vêm adotando estratégias  para  vender  mais  os

produtos industrializados. Propagandas em desenhos animados, embalagens

com brincadeiras e bem coloridas  dando  uma  imagem.  Isso  tudo  chama

muito atenção da criança que na maioria das vezes consome esses produtos

somente pela propaganda (SOARES & PETROSKI, 2003, p. 76).

        Podemos perceber que na verdade uma dezena de fatores vem contribuindo para esse quadro alarmante de obesidade infantil no Brasil. Além dos aspectos antropológicos, psicológicos, sociológicos, culturais, étnico-raciais, cultural afro-brasileira e indígena, temos ainda uma inversão de costumes sociais que vem aos poucos abandonando hábitos saudáveis de alimentação por costumes atuais que pautam as necessidades humanas em modismo social, facilidade de preparo, falta de controle dos pais ou responsáveis e até na maior liberdade das crianças escolherem o que comer.

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