Resenha Filme Vermelho Como o Céu

Vermelho Como o Céu

Aluna: Nayana Souza Bentes          Matrícula: 21601338

O filme nos mostra a história de Mirco, um garoto que fica cego após um acidente com estilhaços, a partir daí ele começa a fazer uma leitura do mundo através dos seus outros sentidos. Mirco vai para um colégio especial para cegos e lá conhece Felice que passar a mostrar o mundo através da percepção de uma pessoa cega. Mirco acaba por encontrar um gravador e depois que seu professor, Don Giullio, pede um trabalho sobre as estações do ano, decide usá-lo para desenvolver a atividade proposta. Mirco, através do ritmo refletido, começa a entender como os sons da natureza podem se apresentar. Seja o desabrochar de uma flor, as águas de um riacho, o vento que sopra, todos esses sons começam a ser interpretados de uma nova forma para ele. Em meio ao seu trabalho ele encontra Francesca, filha da zeladora do colégio e que acaba ajudando-o a criar uma história sobre uma princesa e seus irmãos, contada através de narrativa, sons e efeitos.  Para cada som, Mirco utiliza materiais diferentes para reproduzi-los. O ritmo fisiológico que ele utiliza para interpretar sons de aves ou dragões é muito bem adaptado na sua história. Seu ritmo individual é um tanto mais aguçado que os dos demais, tanto é que consegue utilizar a marcação do tempo para roteirizar a sua história. O filme também trata os fenômenos rítmicos muito bem, como quando em sua narrativa os jovens irmãos estão andando ou se rastejando, tanto quanto a mudança de clima ou tipos de regiões, visto que cada qual é adaptado de uma forma. É notável o brilhantismo em que cada elemento do ritmo é tratado, como o trote dos cavalos como batida fundamental combinados com o tempo e o padrão rítmico, já que com isso podemos saber se os cavalos estavam a correr ou cavalgar normalmente. Isso nos remete a importância em que os ritmos e movimentos fazem parte não só da nossa rotina, mas em tudo que nos cerca na interpretação de mundo.

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