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A AVALIAÇÃO DO MÉTODO KANBAN NO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE LEITOS DE UMA UNIDADE HOSPITALAR DE ALTA COMPLEXIDADE

Por:   •  12/3/2022  •  Projeto de pesquisa  •  2.975 Palavras (12 Páginas)  •  194 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

JANILLE ALMEIDA DA SILVA REIS

AVALIAÇÃO DO MÉTODO KANBAN NO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE LEITOS DE UMA UNIDADE HOSPITALAR DE ALTA COMPLEXIDADE

                

FEIRA DE SANTANA-BA

2021

JANILLE ALMEIDA DA SILVA REIS[pic 3]

AVALIAÇÃO DO MÉTODO KANBAN NO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE LEITOS DE UMA UNIDADE HOSPITALAR DE ALTA COMPLEXIDADE

Anteprojeto de Pesquisa apresentado no Processo Seletivo do Mestrado Profissional em Enfermagem, da Universidade Estadual de Feira de Santana, na linha de Pesquisa: Produção do Cuidado, Avaliação dos Serviços e Programas de Saúde em Enfermagem.

FEIRA DE SANTANA-BA

2021

  1. INTRODUÇÃO

        No Brasil são numerosos os desafios que a rede de saúde pública vem encarando para responder a oferta e a demanda dos serviços de saúde. Observa-se que alguma das ações não aparentam convergir com as necessidades de saúde dos usuários, tais como: transição demográfica acelerada e transição epidemiológica singular, com forte predomínio de condições crônicas; sistema voltado para atender as condições agudas em unidades de urgência; indisponibilidade imediata do exame diagnóstico complementar; pouca resolutividade às necessidades de saúde da população; e atenção centrada no cuidado médico, favorecendo para que ocorra uma superlotação nos hospitais públicos (MENDES, 2011; GOMES & LIMA, 2017).

A superlotação em serviços de urgência e emergência em uma unidade alta complexidade é um “fenômeno” contemporâneo global, levando impacto robusto sobre a gestão clínica e a qualidade assistencial (MEDEIROS; SANTOS, 2010; BITTENCOURT; HORTALE, 2009).

Ao falar de relação aos serviços hospitalar no Brasil, até então perpassa pela memória de muitas pessoas um cenário de superlotação, filas infindáveis, pessoas sem assistência no tempo adequado, levando a complicações e agravamento do quadro devido à demora do atendimento, profissionais de saúde com rotinas agitadas, exaltados, muitas vezes cansados fisicamente e mentalmente devido à superlotação. Esse é o cenário de muitos atendimentos em hospitais públicos dos municípios brasileiros (ANDRADE et al., 2009).

Esta realidade torna os serviços de emergência à ‘porta de entrada’ dos atendimentos prestados pelo sistema de saúde, sendo a primeira escolha de muitos usuários, pois consideram ser um serviço resolutividade (MARQUES; LIMA, 2007).

Nessa perspectiva de rastrear ferramentas que sejam capazes de ajudar a contribuir em diminuir a superlotação com olhar para o risco, os serviços de urgências e emergências no geral, tanto em unidade de baixa, média e alta complexidade dispuseram de avanços ao implantar a ferramenta do Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR). Segundo Heisler 2012, a ACCR até o momento não é suficiente para controlar o tempo de permanência e o gerenciamento de fluxo não é assegurado exclusivamente pela classificação inicial dos pacientes. Nesse sentido, é necessário utilizar outros métodos de avaliação.

O Kanban é um método de avaliação muito utilizado no gerenciamento de leitos e do Tempo Médio de Permanência (TMP), aumentando a eficiência dos leitos hospitalares (FÉLIX, 2013).

Essa metodologia é utilizada e foi criado no Japão, que tem significado de letreiro. É um método que tem suas origens no sistema de produção Toyota, com a finalidade de controlar determinada produção e possibilitar a vinculação das solicitações da produção e da gestão dos suprimentos de forma estratégica e operacional (AGUILAR-ESCOBAR, BOURQUE & GODINO-GALLEGO, 2015).

O termo “Kanban” pode também ser descrito como “cartão” ou “tag” (MATZKA; DI MASCOLO & FURMANS, 2012) ou “cartão” e “sinal”, como sugerido por Mitka (2015). Conforme a compreensão dos autores citados, o Kanban é um método de informação primordial que controla quantidades de produção em cada processo do sistema Toyota de produção, que foi criado após a segunda guerra mundial, devido à utilidade de produção de pequenos lotes de variados produtos.

Segundo Washigngton (1999) e Pertsson (2006) o uso da ferramenta Kanban atrelado ao gerenciamento de leitos, modifica a prática, melhora o fluxo dos pacientes e diminui o tempo de permanência, sendo uma ferramenta de gestão diária de materiais, trabalhando em união através de painel de indicadores em sistemas computacionais que por meio de uma gestão panorâmica oferta e transforma radicalmente a gestão do dia-a-dia do planejamento de produção dando agilidade, flexibilidade e baixo custo. Esses fatores impulsionam os inúmeros ramos empresariais cada vez mais a empregá-lo, abrangendo a área da saúde.

É de fundamental importância que a equipe esteja capacitada para mapear os processos a partir da admissão do paciente. Então, é realizado o mapeamento do processo do tempo para efetivação de internação, que avalia o tempo decorrido desde a solicitação de internação na emergência até a chegada do paciente na unidade de internação. A transferência do paciente da emergência para a enfermaria revela-se um processo complexo, no qual diversas etapas acontecem com a interação de vários colaboradores do hospital. A redução nesse tempo pode sensivelmente reduzir a superlotação na emergência. É mapeado também o tempo para efetivação de alta hospitalar que mensura o tempo decorrido da definição da alta hospitalar até uma nova admissão. A redução gera aumento da capacidade instalada, ao aumentar o giro de leitos e sua oferta para novas admissões. O tempo para higienização do leito também é bastante importante, pois compreende o tempo decorrido desde a saída física do paciente até o momento de liberação do leito já higienizado. A redução da duração dessa etapa também aumenta a oferta real de leitos para novas admissões.

Na gestão do leito hospitalar, o Kanban possibilita avaliar o tempo de internação do paciente de acordo com a média de permanência descrita na literatura para o motivo do internamento. Quando há diferença gera um alerta à equipe para que haja uma análise do motivo de permanência.

O Kanban é um sistema de controle visual de alertas em painéis de indicadores disponível nos computadores das unidades de internação. Os alertas ocorrem por cor, de acordo com o tempo médio de permanência e a especificação da unidade, exemplificado da seguinte maneira: UTI pediátrica, a média de permanência deverá ser de 07 (sete) dias, que estará classificado na cor verde. A partir do 9º (nono) dia de internação estará com alerta amarelo e no 11º (décimo primeiro) dia seguintes entrará como vermelho até a alta do paciente, dando ênfase a média de permanência em cada setor.

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