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A Resenha Bioética

Por:   •  5/5/2021  •  Resenha  •  1.073 Palavras (5 Páginas)  •  120 Visualizações

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Esta resenha retrata o resumo do artigo/estudo de caso ocorrido no Childen’s Hospital and Clinics, local onde no momento do estudo, a enfermeira Julie Morath adentrava no cargo de COO (diretora operacional) e atuou como uma das principais responsáveis pela iniciativa de aprimoramento da segurança do paciente. No caso em questão, iniciamos o texto conhecendo a história do acidente onde foi prescrito 0,8mg de morfina para um paciente de 10 anos, onde a medicação deveria ser administrada por meio de uma bomba infusora, os profissionais porém, não possuíam habilidade e conhecimento para manuseá-la, o que acabou acarretando num quadro de overdose medicamentosa que precedeu uma parada respiratória. Neste caso, poderíamos num primeiro momento, acreditar se tratar de um ato,  única e exclusivamente de imperícia, mas conforme conhecermos o modelo de conduta e pesquisa da COO do hospital, somos levados a refletir sobre todos os fatores que podem acarretar num caso de  falha no processo do cuidado ao cliente da instituição hospitalar, onde no final do texto podemos deduzir que o caso acima citado poderia não ter acontecido se o adesivo com o rótulo de identificação no frasco de medicamento fosse menor, e não terminasse de costas para o leitor. As mudanças iniciadas na administração de Julie corroborariam na implantação de um grande plano para segurança do paciente e da cultura interna dos profissionais do hospital que a partir de um modelo onde foi fornecido um ambiente ausente de censuras e a formação de uma equipe multidisciplinar procurando alcançar formas criativas de aperfeiçoar os sistemas e processos de maneira a garantir a segurança do paciente. Este processo, porém, demandou grande empenho dos envolvidos, além da criação de estratégias para se alcançar o objetivo, podemos destacar algumas, tais como:

Assumir o comando tendo o apoio de “figurões”: Isto é, para iniciar o projeto, a COO precisou contar com profissionais de destaque e já respeitados dentro do âmbito da organização, onde atuariam como verdadeiros formadores de opinião e facilitadores de engajamento por parte dos demais colaboradores. A equipe posteriormente contaria com o Diretor Clínico do hospital, enfermeiros, médicos, farmacêuticos, administradores, profissionais de serviços gerais e nutrição.

Apresentando dados de acidentes médicos: Estudos da época já evidenciavam a proporção gigantesca de erros médicos ocorridos nos Estados Unidos, mostrando os dados proporcionados pela estatística, além de discutir sobre os erros que ocorriam dentro do próprio hospital,  ela conseguiu convencer até mesmo os mais céticos de que os acidentes hospitalares eram um grande problema para várias instituições, e que o hospital onde atuavam não era uma exceção. Diante dessas medidas, ela se propôs a convencê-los de que falar abertamente sobre os erros cometidos na assistência não teria repercussão na carreira profissional ou iria expor o hospital a sanções jurídicas.

Conduzindo Grupos Focais: Outra medida adotada inicialmente foi a de discutir um modo de romper as motivações que impedissem as pessoas de debater sobre os incidentes médicos, dessa forma conseguindo relatos verdadeiros e sinceros dos possíveis erros cometidos e assim, identificando falhas no processo. Dentro deste tópico, vale ressaltar a fala de uma enfermeira membra da iniciativa de qualidade que diz que: “Quando ocorre um acidente, é devastador para a pessoa e para família envolvida. O enfermeiro também carrega consigo uma dor para o resto da vida”. Desta forma, os grupos focais atuaram beneficamente para a instituição e a própria iniciava de segurança como um todo, inserindo nas discussões e dando oportunidade de fala aos profissionais e até mesmo aos pais envolvidos nos acidentes. Essa mudança contribuiu gerando grande número de sugestões para a melhoria do processo já em utilização.

Formulando o plano estratégico: Com a implementação do plano estratégico para os próximos 05 anos de sua gestão, ela incorporou o plano nomeado de SAFE (do inglês, segurança), composto pelos itens de Segurança, Acesso, Finança e Experiência. Todas as metas significariam o empenho do hospital pela assistência segura aos pacientes e seus familiares.

No decorrer da implementação de seu plano Morath galgou sucesso na mudança de cultura da instituição, promovendo diálogos rotineiros sobre segurança do paciente entre os funcionários e equipe clínica do hospital, criando inclusive palestras e minicursos sobre o tema de segurança que, com o tempo, conquistou grande número de participantes, aumentando sua proporção até o número mais que dobrar. Outras mudanças radicais e, até mesmo polêmicas, puderam ser evidenciadas como por exemplo, na comunicação e linguagem. Agora não mais eram procurados e rechaçados os culpados por um acidente, sendo iniciado um processo de pesquisa para evidenciar o que aconteceu e identificar alguma falha no processo. A medida de fato, dividiu opiniões, visto que poderia não haver punição para aqueles profissionais que não efetuassem satisfatoriamente suas atribuições. Outra medida digna de discussões foi a de instituir uma política de divulgação total e quase que imediata para os familiares de um paciente envolvido em um acidente. Até então a orientação do corpo de advogados do hospital era pontual, “os funcionários deveriam negar qualquer possibilidade de erro por parte da instituição e fornecer o mínimo de detalhes sobre o ocorrido aos familiares”. O projeto evoluiu grandemente em eficiência e em proporção. Foram criados grupos de estudos para investigações de acidentes médicos, contemplando não só erros graves como já era feito no passado, mas também erros menores e erros que não chegaram a se concretizar de fato. Esses estudos agora eram realizados por um Comitê de Direção de Segurança do Paciente – PSSC (do inglês) composto por equipe multidisciplinar e um pai de paciente. Outro ponto marcante do projeto foi a meta audaciosa de zerar o número de falhas na administração de medicamentos, revisando toda a estrutura processual da cadeia de dispensação dos medicamentos e após convencer a diretoria, realizando a aquisição de equipamentos novos que proporcionassem maior segurança na administração de fármacos.

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