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DISMORFOBIA CORPORAL E O PROFISSIONAL ESTETA

Por:   •  7/6/2021  •  Artigo  •  2.654 Palavras (11 Páginas)  •  196 Visualizações

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DISMORFOBIA CORPORAL E O PROFISSIONAL ESTETA

Fonseca de Oliveira Guimarães1

1Faculdade Estácio de SÁ, Especialização em Estética Clinica com Ênfase em Terapias Aplicadas

RESUMO

Procedimentos estéticos se tornaram consideravelmente populares nas últimas duas décadas. Associado ao aumento da demanda pelos procedimentos estéticos da Cirurgia Plástica há um crescimento no interesse por aspectos relacionados a essa especialidade e seus pacientes. O Transtorno Dismórfico Corporal (TDC) é um transtorno que afeta o individuo sobre a percepção da própria imagem corporal, levando-o a ter preocupações irracionais sobre defeitos do seu corpo. O TDC acarreta em morbidade do individuo, pois os pacientes evoluem com perdas ocupacionais e sociais. As preocupações são mais frequentes em situações sociais, e estes indivíduos afetados tentam esquivar de situações sociais para evitar a percepção dos outros sobre seus efeitos Assim, o objetivo deste trabalho é reconhecer e sintetizar as informações existentes na literatura sobre o transtorno de dismorfobia. Tal objetivo será alcançado através de uma revisão integrativa da literatura. Os achados sugerem que o TDC necessita de uma intervenção de uma equipe multiprofissional para diagnosticar e indicar maneiras de um bom tratamento do paciente.

Palavras-chave: estética, psiquiatria, transtorno corporal, dismorfobia

ABSTRACT

Aesthetic procedures have become considerably popular over the last two decades. Associated with the increase in demand for the aesthetic procedures of Plastic Surgery there is an increase in interest in aspects related to this specialty and its patients. Body Dysmorphic Disorder (DCD) is a disorder that affects the individual about their perception of their own body image, causing them to have irrational concerns about their body's defects. TDC causes morbidity in the individual as patients evolve with occupational and social losses. Concerns are more frequent in social situations, and these affected individuals try to avoid social situations to avoid the perception of others about their effects. Thus, the objective of this work is to recognize and synthesize information in the literature on dysmorphobia disorder. This objective will be achieved through an integrative literature review. The findings suggest that BD requires intervention from a multiprofessional team to diagnose and indicate ways to treat the patient well.

Keywords: aesthetics, psychiatry, body disorder, dysmorphobia

I INTRODUÇÃO

Procedimentos estéticos se tornaram consideravelmente populares nas últimas duas décadas. Associado ao aumento da demanda pelos procedimentos estéticos da Cirurgia Plástica há um crescimento no interesse por aspectos relacionados a essa especialidade e seus pacientes. Em geral, os indivíduos que sentem que suas características físicas não estão em conformidade com os padrões ideais de beleza têm um risco aumentado de insatisfação corporal, sendo o TDC uma insatisfação extrema e imaginaria (RIBEIRO; SILVA; AUGUSTO, 2017).

O Transtorno Dismórfico Corporal (TDC) é um transtorno que afeta o individuo sobre a percepção da própria imagem corporal, levando-o a ter preocupações irracionais sobre defeitos do seu corpo. Essa percepção distorcida pode ser totalmente falsa (imaginária) ou estar baseada em alterações sutis da aparência (TORRES; FERRÃO; MIGUEL, 2005).

Apesar de já terem sido publicados estudos sobre o TDC o conhecimento a respeito desse transtorno é escasso. O TDC acarreta em morbidade do individuo, pois os pacientes evoluem com perdas ocupacionais e sociais podendo ate se isolarem da sociedade por anos. A correlação entre TDC e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) tem sido discutida no meio cientifico. Alguns tratamentos para TDC como cirúrgico ou dermatológico estão fadados ao insucesso por serem um transtorno mental e não físico (AMÂNCIO et. al, 2002).

As preocupações são mais frequentes em situações sociais, e estes indivíduos afetados tentam esquivar de situações sociais para evitar a percepção dos outros sobre seus efeitos. Alem dissoalguns comportamentos característicos para identificar estes pacientes incluem: evitar espelhos, pedir reafirmações sobre o defeito, alguns desses comportamentos podem se tornar rituais que prejudicam as atividades diárias (MORIYAMA; AMARAL, 2007).

Assim, o objetivo deste trabalho é reconhecer e sintetizar as informações existentes na literatura sobre o transtorno de dismorfia para no futuro servir de fonte de consulta aos profissionais que atuam na área estética para que identifiquem o transtorno nos pacientes. Tal objetivo será alcançado através de uma revisão integrativa da literatura, acerca de publicações na área de estética e psiquiatria. A busca dos artigos foi realizada de maio a agosto de 2018 em bases de dados públicas como: SciELO; portais Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), MEDLINE/PubMed e Google Acadêmico. Os artigos foram escolhidos pela leitura do título e resumo presentes nas bases de dados, pertinentes à questão de pesquisa.

II DESENVOLVIMENTO

Atualmente a prática do “culto ao corpo” é vista como uma preocupação que atravessa classes sociais e faixas etárias, ditando um discurso que, em alguns momentos, exclui a questão da estética e, em outros, ignora a preocupação com a saúde (CONRADO, 2009, URBANO, 2014).

A sociedade tende a atribuir ao individuo o desejo pela plasticidade do seu corpo através da mídia, outdoors, desfiles, e etc. Através destes meios é passada a ideia de que as rugas, flacidez e outros fatores estéticos que caracterizam a senescência, devem ser combatidos com os cosméticos e todos os recursos que a indústria da estética e embelezamento oferece (FLORIANI et. al, 2010).

A forma como se olha no espelho e se autoconceitua pode estar intimamente ligada a algumas normas da sociedade, afinal os seres humanos são frutos de uma imagem social, respondem as exigências de uma normativa sociológica de forma e aparência. (ANDRADE; SOUZA; MINAYO, 2009).

A autoimagem expressa a percepção que a pessoa tem de si e de seu reflexo em comparação aos seus relacionamentos interpessoais. O conceito que a pessoa tem de si mesmo perante os outros pode ser diminuído ou ampliado (GOUVEIA et. al 2005).

A imposição de um padrão de beleza como alicerce da autoestima diante da autoimagem produz um desastre no inconsciente do indivíduo, um adoecimento emocional e ao tentar alcançar

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