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Enfermeiro Captação de Orgãos

Por:   •  2/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.432 Palavras (6 Páginas)  •  269 Visualizações

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O enfermeiro no processo de captação de órgãos

http://www.geocities.com/streptonix/captacaodeorgaos.html 21:00h

Autores

Edna Sueli Sanches

Maria Lucia Livramento

Neide Anselmo Oliveira

Pedro Renato Chocair

Emil Sabbaga

Luiz Estevam Ianhez

1Unidade de Transplante Renal (U.T.R.)

da Divisão de Clínica Urológica do Hospital

das Clínicas da Faculdade de Medicina

da Universidade de São Paulo, SP.

Unitermos

Palavras chaves: Transplante Renal - Doador

Vivo - Não Realização - Perda de Doadores

Key words: Renal Transplant - Living Donor -

Unaccomplishment - Donors Loss

Endereço para correspondência

Flávio Jota de Paula

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina

da Universidade de São Paulo

Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 255

7o andar - sala 706-F-ICHC- Cerqueira Cesar

CEP: 05403-900 - São Paulo, SP

Fone: (011) 852-9006

Fax: (011) 883-7683

O objetivo deste trabalho é relatar a experiência do Enfermeiro no desenvolvimento das atividades do processo de captação de órgãos num hospital geral universitário, filantrópico, de 1000 leitos, na cidade de São Paulo, no período entre janeiro de 1995 a dezembro de 1996.

Foram estudados 333 pacientes internados em 16 unidades de tratamento de departamentos em diversas especialidades médicas, incluíndo-se todos os pacientes internados, que foram identificados como doadores em potencial.

Um enfermeiro com carga horária semanal de 36 horas realiza visita diária nos locais de maior possibilidade de identificar doadores (Unidades de Terapia Intensiva, Recuperação Pós-Anestésica, Pronto Socorro). Nas demais unidades de internação, o mesmo aguarda a notificação sobre possíveis doadores. Identificado o doador, o enfermeiro inicia o processo de captação.

Dos 333 (100%) doadores em potencial, apenas em 48 (14,41%) destes foi efetivada a doação. Apesar das dificuldades enfrentadas pelo enfermeiro e da aparente falta de sucesso na efetivação da captação de órgãos para transplantes, tem-se claramente delineada a importância desse trabalho, cuja finalidade precípua é aliviar o sofrimento e salvar vidas.

Introdução

O Enfermeiro no desenvolvimento de seu papel profissional na equipe multidisciplinar vem atuando cada vez mais no processo de captação de órgãos, intervindo basicamente na identificação de doadores, bem como na sua manutenção hemodinâmica, na constatação e comprovação da morte encefálica; na contatação das equipes de transplantes e da família do doador.

Na nossa Instituição, o Sistema Interno de Captação de Órgãos (S.I.C.O.) foi criado pela "Comissão de Transplantes" em 1995, com a finalidade de impulsionar o desenvolvimento dos programas de transplantes de órgãos, tanto na captação de córneas quanto de órgãos vascularizados.

O objetivo do presente trabalho foi explicitar o papel do Enfermeiro no desenvolvimento das atividades do processo de captação de órgãos para transplante em um hospital geral universitário, filantrópico, de 1000 leitos, na cidade de São Paulo, no período de janeiro 1995 a dezembro 1996. A população do estudo foi constituída de 333 pacientes, internados em 16 unidades de diversas especialidades, identificados como doadores em potencial, conforme "Protocolo de Captação de Múltiplos Órgãos".

Desenvolvimento

Um Enfermeiro com carga horária de 36 horas de trabalho semanal realiza visita diária em locais de maior possibilidade de detecção de doadores (Unidade de Terapia Intensiva - adultos e pediátrica, Recuperação pós-anestésica, Pronto Socorro Central). Nas demais unidades, o mesmo aguarda a notificação sobre os possíveis doadores. Identificado o doador em potencial é iniciado o processo de captação. Para efetivar o processo de captação dos possíveis doadores foram utilizados os seguintes critérios:

a) Para córneas - Ocorrência do óbito, com menos de 6 horas, de pacientes com idade entre 3 e 80 anos em geral. Ao Enfermeiro cabe verificar condições como: hora do óbito, causa mortis, idade, exames sorológicos e outros dados, mediante análise do prontuário e resultados de exames. Se viável, segundo o Protocolo de Captação, agilizar a convocação da família junto ao Serviço de Informações da Instituição, para solicitar a doação junto ao responsável legal pelo paciente.

Em caso de doação, o Enfermeiro providencia junto à família o preenchimento e assinatura do "Termo de Autorização de Doação de Órgãos". Na ausência do Enfermeiro a família é encaminhada ao Serviço Social. Após a obtenção da assinatura do "Termo de Autorização de Doação de Órgãos" o Enfermeiro convoca o médico plantonista da emergência de oftalmologia para fazer a enucleação e o relatório de cirurgia; preenche o pedido de exames sorológicos (HIV, AHBS, AHBSag, AHBCT, Sífilis) e tipagem ABO-RH; colhe as amostras de sangue e preenche uma folha de gastos. O médico plantonista conduz os impressos e as amostras de sangue para serem registrados e encaminhados ao laboratório central e banco de sangue.

b) Doação de órgãos vascularizados - O paciente considerado potencial doador deve estar em coma grau IV e Glasgow = 03, e constatada a morte encefálica através de exame neurológico clínico, "Protocolo de Diagnóstico de Morte Encefálica".

O Sistema Interno de Captação de Órgãos é notificado através do Bip do enfermeiro e/ou do médico plantonista da captação de órgãos do dia. Qualquer um desses dois profissionais contatado poderá dar início ao processo de captação de órgãos, priorizando a manutenção do suporte hemodinâmico e metabólico do doador.

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