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O Estudo de Caso Neuro

Por:   •  31/7/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.765 Palavras (12 Páginas)  •  110 Visualizações

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Mulher 30 anos vai a consulta para avaliação de fadiga Nos últimos dois meses tem se sentido exaurida Diz não ter vontade de participar das atividades que anteriormente apreciava, como seus jogos semanais de tênis Não tem dormido bem e não tem muito apetite Ao ser questionada, admite se sentir triste na maior parte do tempo e chora com frequência Ela nunca passou por isso antes Nega qualquer pensamento atual ou anterior de mania Também nega qualquer alucinação visual/auditiva, paranoia, ilusões ou sintomas psicóticos Seus exames de sangue são normais Teste para gravidez é negativo É diagnosticada com depressão maior e é prescrito fluoxetina.

Questionamentos

  1. Qual é o mecanismo de ação da fluoxetina?

Inibe seletivamente a recepção de serotonina, não bloqueia a recepção de noradrenalina e da dopamina, tem baixa afinidade pelos receptores muscarinicos (colinérgicos), histaminérgicos H1, alfa-1-adrenérgicos, 5-HT15 –HT2, o que explica menor incidência de efeitos colaterais.

Golan - Mecanismo – Inibição seletiva da recaptação de serotonina e, por conseguinte, aumento dos níveis sinápticos de serotonina; também aumento da ativação dos receptores de 5-HT e intensificação das respostas pós-sinápticas. Em altas doses, há ligação também ao transportador de NE (norepinefrina).

A fluoxetina é um medicamento da classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina, e seu mecanismo de ação envolve impedir a recaptação dessa substância para o interior do neurônio, permitindo que ela permaneça por mais tempo na fenda sináptica ou ligada ao receptor, e intensificação das respostas pós-sinápticas, exercendo seus efeitos de aumento da atividade do circuito neuronal, com ação antidepressiva.

Os efeitos adversos incluem náuseas, diarreia, agitação, alterações do sono e disfunções sexuais.  Já o Rivotril (clonazepam) é um medicamento da classe dos benzodiazepínicos, que atuam como ansiolíticos e hipnóticos, agindo por meio da ativação dos receptores GABA tipo ômega 1 e ômega  2, abrindo canais de cloreto,  causando hiperpolarização  e  uma consequente resposta  inibitória  (exacerbam  o  efeito  inibitório  do  GABA).  Os efeitos adversos incluem dependência, sonolência e incoordenação motora, além da associação com etanol, que pode levar a quadros de depressão generalizada dos sistemas orgânicos, e em elevadas doses pode levar ao coma e morte.

  1. – Possiveis efeitos colaterais: Redução da libido, impotência, anorexia, diarreia aguda, náusea, aumento do apetite, constipação, dispepsia, flatulência, vômito, ganho de peso, entre outras.

2. Discuta as diferenças farmacológicas dos antidepressivos

Inibidores seletivos da recaptação de serotonina

Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs) representam uma classe quimicamente diversa de agentes cuja principal ação consiste na inibição do transportador de serotonina (SERT), o que gera acúmulo deste neurotransmissor na fenda sináptica, aumentando sua disponibilidade.

Na atualidade, há seis ISRSs que constituem os antidepressivos mais comuns de uso clínico, sendo considerados a primeira linha no tratamento da depressão dada à facilidade de seu uso, segurança em superdosagem, tolerabilidade relativa, custo (todos estão disponíveis em forma genérica) e amplo espectro de usos.

REPRESENTANTES: Fluoxetina, sertralina, citalopram, paroxetina, fluvoxamina e escitalopram.

Inibidores da recaptação de serotonina-norepinefrina

Como o próprio nome já diz, são fármacos que atuam na inibição  da recaptação de serotonina-norepinefrina (IRSN, ou duais). Todos os IRSNs ligam-se aos transportadores de serotonina (SERT) e de norepinefrina (NET), de forma reversível e com pouca afinidade. 

REPRESENTANTES: Venlafaxina, desvenlafaxina, duloxetina, levomilnaciprana e milnaciprana.

Antidepressivos tricíclicos

Os antidepressivos tricíclicos (ADTs) eram a classe dominante de antidepressivos até a introdução dos ISRSs nas décadas de 1980 e 1990. Todos apresentam um núcleo iminodibenzil (tricíclico) em sua composição. 

Os ADTs são usados principalmente na depressão que não responde aos antidepressivos de uso mais comum, como os ISRSs ou os IRSNs. Sua perda de popularidade advém, em grande parte, de seu menor perfil de tolerabilidade em comparação com agentes mais recentes, da dificuldade de seu uso e de sua letalidade em superdosagem.

REPRESENTANTES: Imipramina, desipramina, amitriptilina, doxepina, nortriptilina, protriptilina, clomipramina e trimipramina.

Moduladores dos receptores 5-HT2

São fármacos que atuam principalmente como antagonistas do receptor 5-HT2, aumentando, como consequência, a disponibilidade de serotonina.

REPRESENTANTES: trazodona, nefazodona e vortioxetina.

Antidepressivos tetracíclicos e unicíclicos

São fármacos considerados atípicos e indicados para casos específicos, a depender da sintomatologia mais incapacitante do paciente, por exemplo: pacientes com queixas de insônia e perda de apetite se beneficiam da mirtazapina, pacientes com efeitos adversos de caráter sexual ao uso de outras classes conseguem reverter queixa com bupropiona. 

Não são a primeira linha de tratamento.

REPRESENTANTES: bupropiona, mirtazapina, amoxapina, vilazodona e maprotilina.

Inibidores da monoaminoxidase

São a primeira classe de antidepressivos modernos, introduzidos na década de 1950; entretanto, na atualidade, são raramente prescritos na prática clínica, devido à sua toxicidade e interações alimentares e medicamentosas potencialmente letais. 

Hoje, o uso fica restrito sobretudo no tratamento da depressão que não responde a outros antidepressivos mais toleráveis.

REPRESENTANTES: fenelzina, isocarboxazida, tranilcipromina, selegilina e moclobemida.

Antidepressivo melatonérgico

Atua como um agonista melatonérgico (MT1/MT2) e um antagonista do receptor de 5-HT2C, aumentando a melatonina e a serotonina. 

REPRESENTANTE: agomelatina

Farmacocinética dos Antidepressivos

Os antidepressivos compartilham várias características farmacocinéticas. A maioria apresenta absorção oral razoavelmente rápida, alcança níveis plasmáticos em 2 a 3 horas, liga-se com firmeza às proteínas plasmáticas, sofre metabolismo hepático e apresenta depuração renal. 

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