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Resenha Critica Violência Obstétrica

Por:   •  16/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.037 Palavras (5 Páginas)  •  365 Visualizações

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Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC

Área das ciências da vida

Curso: Enfermagem

Período: 7° período

Componente curricular: Produção de texto

Professora: Roberta Bianchi

Acadêmica: Amanda Restelatto Dalmas

ANDRADE, Briena Padilha; AGGIO, Cristiane de Melo. Violência obstétrica: a dor que cala. Universidade Estadual de Londrina, 2014.

        Briena Padilha Andrade é enfermeira, graduada pela Universidade Federal do Centro Oeste – UNICENTRO, mestre em Desenvolvimento Comunitário pela mesma universidade, especialista em saúde da mulher, com ênfase em obstetrícia pela Universidade Estadual de Londrina – UEL, atua principalmente nos temas como gênero, violência, saúde da mulher  e humanização. Cristiane de Melo Aggio é enfermeira, graduada pela Faculdade de Medicina de Marília, possui mestrado em Interdisciplinar em Desenvolvimento Comunitário, doutoranda da Pós Graduação em Enfermagem da UEL, é membro do grupo de pesquisa NEPGESE, trabalha como docente no Centro Universitário Campo Real e como enfermeira na Unimed de Guarapuava, possui residência e especialização em Saúde da Família, especialização em Formação didático-pedagógica em Enfermagem, especialista em gestão da clínica nas redes de atenção à saúde pelo Instituto Sírio Libanês de ensino e pesquisa.

        O artigo possui como tema principal a violência contra a mulher, tendo como foco a violência obstétrica. O texto se organiza da seguinte forma: resumo, palavras-chaves, introdução, metodologia, resultados e discussões, considerações finais e referências bibliográficas.

De acordo com a análise dos autores, os mesmos definem como violência obstétrica qualquer ato exercido por profissionais da saúde, contra o corpo ou aos processos reprodutivos na mulher, que indique atenção desumanizada, uso de intervenções abusivas, as quais muitas vezes se fazem desnecessárias, uso de medicamentos contra a vontade da mulher e transformando em doença o processo de parturição fisiológica da mulher. Estes citam que a Sagrada Escritura trás que durante o parto as dores são punições que as mulheres devem sentir, como consequência de ter cometido um pecado, informando que a dor não possui importância à experiência da maternidade da mulher.

O processo de parturição deve ser respeitado, a mulher necessita durante este processo de apoio, acolhimento, atenção e humanização, o qual é caracterizado pela realização de práticas e atitudes com base na garantia de tornar o parto e o nascimento saudáveis, prevenindo a ocorrência da morbimortalidade materna e perinatal, ou seja, da mãe  do bebê respectivamente. O ato de humanizar que dizer que a assistência prestada deve ter como prioridade a qualidade no cuidado oferecido a mulher durante o processo de parturição, garantido e respeitando seus direitos, bem como sua individualidade, cultura e valorização de quem presta a assistência. Durante este processo deve ser estabelecido um ambiente que regularize o lado humano das pessoas que estão ali envolvidas com o processo de cuidar. Estas obrigações foram elencadas pelo Ministério da Saúde, em Políticas de Atenção Integral a Saúde da Mulher, para garantir os direitos a cidadania, sexuais e reprodutivos.

O corpo da mulher é visto como uma máquina, onde o médico age de acordo com sua vontade embasada no conhecimento que ele possui sobre o corpo das mulheres, propondo assim a falta de cuidado digno, não fornecendo informações, ignorando suas emoções e sentimento, percepções, e omitindo os direitos da  mulher no ato de gestar e parir. A violência obstétrica inicia quando a mulher é impedida de ter a presença do acompanhante, de decidir qual a melhor posição para parir, o impedimento de expressar suas emoções e sentimentos, onde todas estas ações vão contra a Política Nacional de Humanização estabelecida pelo Ministério da Saúde.

Estas ideias foram obtidas através de um estudo descritivo, exploratório, de abordagem qualitativa, realizado com base no relato de quatro mulheres, onde estas foram entrevistadas em suas casas, entre 18 e 31 anos, com prole de um a quatro filhos, nenhuma participava de grupo de gestantes, todas realizaram pré-natal, católicas, em união estável, com ensino médio completo.

Os resultados obtidos foram que o parto normal é citado como melhor que o cesáreo, devido a sua recuperação ser mais rápida, os pontos de sutura (quando houve episiotomia/episiorrafia) caem sozinhos, possui ausência de risco de inflamação da ferida cirúrgicas, apesar da dor que é caracterizada como intensa, horrível, indescritível, insuportável e traumatizante. Já o parto cesáreo possui apenas como pontos positivos a realização de um planejamento e programação para a chegada do bebê, tendo como negatividade o problema em que a mulher necessita de ajuda de terceiros para o autocuidado decorrente da incisão cirúrgica e dor no local. Todas elas, independente do tipo de parto, relataram que não tiveram a oportunidade de conhecer a maternidade e nem os profissionais que iriam assisti-las, não foram orientadas quanto ao melhor tipo de parto e tão pouco sobre seus direitos. A tricotomia e a episiotomia/episiorrafia foram realizadas na maioria dos casos. Porém, todas elas referem ter sido bem atendidas pela equipe de enfermagem durante o parto, apenas com queixas em relação a postura dos pediatras por não fornecerem informações sobre o estado de saúde de seus bebês, e o relato de uma delas dando queixas quando aos xingamentos, gritos, estupidez, brutalidade, baixa intolerância, e compreensão do obstetra, deixando-a ofendida, desvalorizada, desrespeitada e traumatizada com o parto.

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