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Cromatografia

Por:   •  8/9/2015  •  Relatório de pesquisa  •  3.105 Palavras (13 Páginas)  •  225 Visualizações

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Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Campus Santo Ângelo

DCS - Departamento de Ciências da Saúde

Curso de Farmácia

Disciplina: Química Geral e Inorgânica

“Cromatografia”

Alunos:

Andressa Dias da Silva

Bruna Oliveira

Caroline Ferrazza

Jaqueline de Oliveira

Professor: Ivan Carlos Casagrande

Santo Ângelo, 31 de março de 2015.


1 – OBJETIVO

        Separar misturas das cores de canetas sem a utilização de aquecimento, através da cromatografia em papel.

2 – INTRODUÇÃO

        Em um laboratório, geralmente, trabalha-se com substâncias puras. Mas, muitas vezes os reagentes ou solventes utilizados não são puros, ou seja, contém impurezas, por isso devem ser separados e purificados. Existem muitos métodos de separação e purificação de substâncias, como por exemplo, a extração, a destilação, a sublimação, a catação, e a dissolução. São métodos muito úteis, sendo muito utilizados em laboratórios e indústrias, tendo resultados satisfatórios. Mas, esses métodos não possuem eficiência quando se trata de separar componentes com características físicas semelhantes, ou seja, com pontos de fusão ou ebulição muito próximos. A cromatografia resolve este problema.

        A cromatografia é a separação de dois ou mais compostos diferentes, sendo distribuídos entre fases, sendo uma a estacionária (ou fixa) e outra fluída (ou móvel). A fase estacionária é denominada adsorvente e a fase móvel eluente. A mistura é adsorvida na fase fixa, e a fase móvel "lava" continuamente a mistura adsorvida. Pela escolha apropriada da fase fixa e da fase móvel, além de outras variáveis, pode-se fazer com que os componentes da mistura sejam arrastados ordenadamente. Aqueles que interagem pouco com a fase fixa são arrastados facilmente e aqueles com maior interação ficam mais retidos.

A cromatografia é muita utilizada para análise, separação, e purificação de produtos, como antibióticos, vitaminas, hormônios, entre outros. Mas, seu uso mais conhecido é o da análise, localização e identificação de microgramas de substâncias em meios biológicos (Ex: exame “antidoping” e de medicina legal). Os principais procedimentos cromatográficos são: cromatografia em papel, em camada delgada, em coluna, em fase gasosa, em fase líquida, e cromatografia por exclusão de tamanho (GPC).

A cromatografia em papel utiliza para a separação e identificação das substâncias um papel filtro especial. É um método muito simples e necessita de pequenas quantidades de substâncias para a realização da análise. A amostra é aplicada a uma pequena distância da borda inferior do papel filtro, logo após o papel filtro é colocado em contato com o solvente escolhido, com o cuidado de não colocá-lo em contato direto com a amostra, permitindo que o mesmo molhe apenas o papel, que subirá por capilaridade. Ao subir o solvente arrasta alguns componentes da mistura, podendo ser identificados por visualização direta (caso sejam coloridos), ou pela utilização de recursos adequados. A cromatografia em papel é muito útil para separar substâncias muito polares, e só permite a separação de pequenas quantidades das misturas de cada vez.

Capilaridade é a capacidade que algumas substâncias têm de subirem ou descerem por paredes de tubos finos (tubos capilares) ou de se deslocar por curtos espaços existentes em materiais porosos. Esse mecanismo permite que os fluídos se desloquem ainda que estejam contra a força gravitacional. Um líquido, ao entrar em contato com uma superfície sólida, é submetido a duas forças contrárias entre si: a coesão e a adesão. A coesão é o fenômeno capaz de manter as moléculas do líquido unidas (atração intermolecular), já a adesão consiste na atração das moléculas do líquido com as moléculas do tubo sólido. Sendo assim, quando estão dentro do tubo, as moléculas do líquido conseguem se aderir às paredes internas do tubo por adesão e arrastam as demais moléculas por coesão, e resulta no fenômeno da capilaridade.

O líquido para de se deslocar pelo tubo capilar no momento em que a adesão passa a ser menor que a força de coesão. A altura atingida pelo líquido no interior do tubo depende do diâmetro do capilar, conforme aumenta o diâmetro do tubo, menor é o número de moléculas de líquido que se aderem à parede em relação às que são arrastadas para cima por coesão.

A cromatografia em camada delgada é semelhante à cromatografia em papel, porém conduz a resultados mais eficientes. È usada para determinar a pureza de compostos, identificar componentes de uma mistura comparando-os com padrões, acompanhar o curso de reações pelo aparecimento de produtos ou desaparecimento de reagentes e ainda isolar componentes puros de uma mistura.

A técnica consiste em cobrir uma placa de vidro, alumínio ou plástico, com um adsorvente adequado e com granulação especial. A espessura deve ser o mais uniforme possível, e varia de 0,1 a 2,0 mm. O adsorvente pode ser misturado a um aglutinante (gesso ou amido), que depois é suspenso em água ou em outro solvente e então é aplicado sobre a placa.

Ao secar, o adsorvente permanece aderido á placa, que deve ser ativada por aquecimento em estufa. A identificação das substâncias é feita da mesma maneira que na cromatografia em papel. Possui a vantagem de poder utilizar solventes mais agressivos, pois seu suporte é mais resistente que o papel. A placa coberta e seca chama-se "placa de camada fina".

Pela comodidade, rapidez, perfeição e confiabilidade dos resultados esta técnica é largamente utilizada em laboratórios clínicos e de controle de qualidade. Em alguns aspectos ela perde para a cromatografia gasosa e para a cromatografia líquida de alta eficiência. Estas, porém, não estão acessíveis em qualquer laboratório ou indústria.

        Um ponto muito importante de um sistema cromatográfico é o índice de retenção de um composto (RF), ou seja, o movimento relativo de um composto em relação á frente do solvente, que é uma propriedade característica e reprodutível. Nas cromatografias em papel e em camada delgada se expressa esse movimento como um valor do fator de retenção RF (Rate of Flow). O RF é definido como a distância percorrida pela mancha e a distância percorrida pelo solvente, conforme é mostrado abaixo.

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