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Extração, purificação e identificação de Alcaloi-des

Por:   •  12/11/2017  •  Relatório de pesquisa  •  994 Palavras (4 Páginas)  •  272 Visualizações

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Originário da China, o chá é cultivado e consumido pelas suas características de aroma e sabor e propriedades medicinais em mais de 160 países, especialmente asiáticos (KUMUDAVALLY et al., 2008; SAITO; MIYATA, 2000).

Os chás de Camellia sinensis podem ser classificados em três tipos básicos: preto, verde e oolong, diferenciando-se pelo beneficiamento das folhas. Para o preparo do chá preto, as folhas são fermentadas. Para o preparo do chá verde, as folhas são apenas escaldadas e fervidas para garantir a preservação da cor. Os chás oolong encaixam-se numa categoria intermediária: passam por um processo de fermentação mais brando e, por isso, têm aroma menos acentuado do que os pretos. Dos três tipos de chás, o chá verde é o mais rico em compostos com atividades funcionais (CHENG, 2006). Depois da água, é a bebida não alcoólica mais consumida no mundo. Suas propriedades funcionais do são devidas ao seu conteúdo em polifenólicos.

Uma bebida típica preparada como infusão em água quente por 3 minutos de 1 g de erva para 100 ml de água, contém geralmente entre 250-350 mg de sólidos solúveis do chá, sendo 30-42% do peso em catequinas e 3-6% em cafeína. As principais catequinas do chá são: Epigalocatequina galato (EGCG), epigalocatequina (EGC), epicatequina galato (ECG), epicatequina (EC) e catequina (C). A catequina mais abundante e ativa do chá verde é a EGCG (NAGLE; FERREIRA; ZHOU, 2006; WANG; PROVAN; HELLIWELL, 2000).

Além das catequinas, o chá também contém pequenas quantidades de outros flavonoides, como a quercetina, a miricetina e o kaempferol. Existem ainda outras substâncias na composição desta bebida, como água, proteína, carboidrato, vitaminas (principalmente C e K), sais minerais e flúor, podendo ser encontrados até mesmo taninos e metilxantinas, que são responsáveis pelos efeitos adversos e pelas interações medicamentosas. Outro representante da classe de contraindicações relativas ao chá é a cafeína, por ser estimulante do sistema nervoso central (SAIGG e SILVA, 2009).

Os flavonoides e polifenóis do chá inibem a catecol-O-metiltransferase (COMT), enzima responsável pela degradação da noradrenalina – neurotransmissor envolvido na termogênese e na oxidação de gorduras. Quanto menor a inibição de noradrenalina, maior é sua influência na ativação da termogênese, aumentando, assim, a oxidação de gorduras e o gasto energético (MANENTI, 2010).

Diversos estudos têm mostrado os benefícios do consumo de chá verde, incluindo redução dos níveis de colesterol, atividades imunoestimulatória, antimicrobiana e antioxidante, auxiliando na prevenção de doenças crônico-degenerativas, como o câncer e doenças cardiovasculares (CHENG, 2006; IKEDA et al., 2003; SAITO; MIYATA, 2000; SOARES, 2002; WANG; PROVAN; HELLIWELL, 2000).

O objetivo dessa prática é a purificação e identificação de alcaloides a partir do processo de extração.

Discussão

Estudos indicaram que as catequinas são os compostos mais ativos existentes no chá verde, na inibição da carcinogênese e do desenvolvimento de tumor. O consumo de chá tem-se mostrado prática protetora contra agentes químicos, indutores de carcinoma (câncer) no estômago, pulmão, duodeno, esôfago, pâncreas, fígado, mama e cólon (UESATO, et al).

Segundo VERHOEVEN et al os polifenóis dos chás também exibem efeito quimiopreventivo contra agentes de iniciação, promoção e progressão no desenvolvimento dos cânceres, embora os mecanismos dos efeitos quimiopreventivos do chá não estejam completamente elucidados, várias teorias têm sido propostas.

Ao decorrer da aula prática que tinha por intuito utilizar o chá verde como matéria-prima, efetuando extração do alcaloide, purificação e posteriormente avaliar a presença de metilxantina.

No processo de acidificação e purificação, ao utilizar o ácido fosfomolibdico observou-se a formação de precipitado com coloração marrom, o que indica a presença de alcaloides (MANFREDINI, et al).

No desenvolvimento da reação de murexida, em que o principio é a oxidação da metilxantina com a presença de calor, ocorrendo à perda de H2O, juntamente com a condensação, podendo resultar em sais de amônio, que por sua vez teriam de apresentar coloração púrpura.

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