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A Prevalência de incontinência urinária em mulheres com lombalgia

Por:   •  3/5/2018  •  Projeto de pesquisa  •  2.127 Palavras (9 Páginas)  •  556 Visualizações

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PREVALÊNCIA DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO EM MULHERES COM LOMBALGIA[pic 1]

     

Tallita Cristina Dantas¹

Jéssica  Carneiro Magalhães¹

Vasco Pinheiro Diógenes Bastos²

RESUMO

Palavras-cHAVE:

ABSTRACT

Keywords:

INTRODUÇÃO

A incontinência urinária (IU) é a disfunção do assoalho pélvico caracterizada como o sintoma de perda involuntária de urina, sendo mais frequente em mulheres (OLIVEIRA et al., 2007). Acarretando assim um problema social e emocional. A IU é um problema bastante comum na população em geral e crescente na idade adulta jovem, por volta da quarta década de vida e ainda mais prevalente a partir dos 60 anos (EVA; GUN; PREBEN, 2003).

No Brasil a prevalência é maior em mulheres. Nas idades mais jovens ocorrem pela anatomia do assoalho pélvico feminino e aumenta com a idade, em função das mudanças relacionadas as  alterações hormonais  que ocorrem nesse período (LAZARI; LOJUDICE; MAROTA, 2009). Podendo estar relacionada a obesidade, os antecedentes obstétricos e  menopausa (JERZ-ROIG; SOUZA; LIMA, 2013).

Classifica-se a IU em incontinência urinária de esforço (IUE), quando ocorre perda urinaria ao realizar esforço; incontinência urinaria de urgência (IUU), quando a perda de urina é associada urgência; e a incontinência urinaria mista (IUM), quando a perda urinária acontece tanto com esforços como com urgência (GROSSE; SENGLER, 2002).

Essa perda involuntária de urina tem consequências preocupantes, causando muitas vezes exclusão do convívio social, ameaça à autoestima, decepções  psicossociais; institucionalização precoce; alterando, também a sexualidade, comprometendo de forma importante a saúde da mulher (BOTELHO; SILVA; CRUZ, 2007). As pacientes se isolam, com medo de ocorrer perda urinária em público, prejudicando também a vida social, a prática atividades físicas, e outras dificuldades como: dependências de banheiros, dificuldades sexuais, alterações no sono, diminuição da autoestima, depressão, angustia, irritação e dificuldade para falar sobre o assunto (GUEDES; SEBBEN, 2006; MORENO, 2004).

O tipo mais comum é a incontinência urinária de esforço (IUE). Acontece e é diagnosticada quando a pressão intravesical é maior que a pressão uretral e não há contração do músculo detrusor (CORREIA; BOSSINI; DRIUSSO, 2011). É  definida como toda perda involuntária de urina no momento da tosse, espirro ou atividades físicas, bem como ao realizar atividades de esforço, aumentando a pressão abdominal (PATRICK; CULLIGAN; MICHAL, 2000).

 A IUE é de origem multifatorial e apresenta como fatores de risco o parto traumático (fórceps ou episiotomia); deficiência estrogênica; aumento da pressão intra-abdominal; tabagismo; diabetes; neuropatias e histerectomia.  Considera-se ainda que a IUE é o tipo mais comum no pós-parto vaginal, acometendo cerca de 15% a 30% das mulheres nessas condições. Outras causas para o desenvolvimento da IUE estão os efeitos colaterais de medicamentos, distúrbios que causam confusão mental, ingestão de bebidas que contem cafeína ou álcool, e disfunções na bexiga ou uretra como a vaginite ou constipação intestinal grave (GOMES; SILVA, 2010).

Pode se apresentar em três tipos: tipo I, ocorre uma hipermobilidade do colo vesical; tipo II, acontece uma deficiência esfincteriana da uretra; tipo III, ocorre os dois tipo acima citados (CASTRO et al., 2008, COSTA; SANTOS, 2012).    A IUE pode ser diagnosticada, quando existe perda de urina durante o aumento da pressão intravesical, aumentando a pressão uretral máxima na ausência de contração do músculo detrusor (DEDICAÇÃO et al., 2009).

 Estima-se que 45% das mulheres com sintomas de incontinência urinária apresentam a IUE. Várias dessas mulheres têm vida social e profissional ativa e, dessa forma, essa disfunção implica grande impacto na qualidade de vida, o que diminui a participação em atividades sociais e interfere no bem-estar biopsicossocial (GUARISI  et al., 2001).    

A mulher sofre, com o passar dos anos, alterações posturais que podem desalinhar a pelve, causadas por inúmeros fatores como gravidez, parto, obesidade, alterações das curvas fisiológicas da coluna, atividades esportivas e laborais. Com isso o corpo busca, então, novo equilíbrio, muitas vezes com danos as funções orgânicas (FOZZATTI et al., 2008).

O assoalho pélvico feminino são mais vulneráveis, visto que apresenta uretra curta, assoalho pélvico exposto a traumatismo obstétricos e lesões de nervo, fáscia e músculos. Dessa forma um assoalho pélvico em disfunção pode acarretar em IUE (OLIVEIRA et al., 2007, SIMONETTI et al., 2001). Um assoalho pélvico integro é de extrema importância para a continência urinária, onde suas principais funções são de  apoio, esfincterianas, sexuais e manter a posição do colo vesical (ETIENE; WATMAN, 2006).

Os desequilíbrios pélvicos podem levar a um comprometimento da força muscular perineal e contribuir para o desenvolvimento de uma incontinência urinária, isso porque a continência urinaria depende do equilíbrio das forças de expulsão e de retenção. As fibras dos músculos levantadores do ânus e as fáscias endopélvicas formam uma rede de sustentação e mantém a continência

(MATHEUS et al., 2006). A posição da pelve é mantida pelos músculos abdominais, extensores vertebrais e do quadril. Quando estes músculos estão fracos, a pelve se inclina para frente e os conteúdos abdominais e pélvicos também pressionam a parede abdominal para frente, aumentando assim a pressão sobre o assoalho pélvico (GREWAR; MCLEAN, 2008).

Alguns estudos relatam que há ligação entre a pelve e a cavidade abdominal, acarretando diferentes pressões na cavidade abdominal, as quais transmitem  para as estruturas pélvicas. O bom equilíbrio da pelve depende da postura, ou seja, a pelve bem posicionada gera o equilíbrio dos órgãos pélvicos, favorecendo suas funções e minimizando dores decorrentes destes desequilíbrios, como lombalgias (FOZZATTI et al., 2008).

A lombalgia pode ser caracterizada por um quadro de desconforto e fraqueza muscular localizada na região inferior da coluna vertebral. A dor é  inespecífica e muitas vezes associada a lesões musculoesqueléticas e aos desequilíbrios na coluna lombar e estabilização dos músculos pélvicos (REINEH; CARPES; MOTA, 2008).

 A dor lombar apresenta etiologia multifatorial, apresentando relação com a idade, sexo, Índice de Massa Corporal (IMC), tabagismo, classe social, grau de escolaridade, hábitos sedentários e atividade laboral (ALMEIDA; SÁ; SILVA, 2008). Alguns fatores etiológicos estão claramente ligados à presença de alterações biomecânicas e posturais, comprometimentos estes que comumente são responsáveis pelos sintomas da lombalgia (TOSCANO; EGYPTO, 2001).

A coluna lombar é a principal região do corpo responsável pela sustentação das cargas estáticas e dinâmicas; talvez, por isso, tem sido a principal região  com presença de dor (PRETICE; VOIGHT, 2003). A lombalgia está relacionada a um problema comum e persistente na sociedade de hoje, afetando 50% a 90% de todos os adultos durante o tempo de vida (IMAMURA;  KAZIYAMA; IMAMURA, 2001).

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