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ATENDIMENTO HOME CARE: UMA NOVA OPORTUNIDADE PARA OS FISIOTERAPEUTAS?

Por:   •  27/5/2020  •  Artigo  •  3.564 Palavras (15 Páginas)  •  349 Visualizações

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FAVENI

FISIOTERAPIA HOME CARE – ATENDIMENTO DOMICILIAR

FERNANDA MORAIS GABRIEL

        

ATENDIMENTO HOME CARE: UMA NOVA OPORTUNIDADE PARA OS FISIOTERAPEUTAS?

JAGUARIBE - CEARÁ

2019

ATENDIMENTO HOME CARE: UMA NOVA OPORTUNIDADE PARA OS FISIOTERAPEUTAS?

Fernanda Morais Gabriel[1]

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.

Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO- Permanecer fisicamente ativo na vida adulta é fundamental para manter a independência nas atividades da vida diária e é um dos principais contribuintes para o estado geral de saúde entre os idosos. Tradicionalmente, o foco principal da fisioterapia tem sido a manutenção da capacidade funcional e da mobilidade. No entanto, o setor de saúde e deficiência é uma entidade em constante evolução. Clínicos de várias disciplinas, incluindo fisioterapia, precisam ser flexíveis, receptivos e inovadores e maximizar o custo-benefício para o financiador do serviço. Diversos pesquisadores destacaram a necessidade imperativa dos fisioterapeutas de investigar modelos inovadores que se alinham às políticas atuais e futuras e às reformas dos cuidados de saúde. Nos últimos 15 anos, houve uma ênfase crescente no apoio às pessoas mais velhas a permanecerem em casa. Este artigo descreve o Brasil e as evidências internacionais relacionadas à otimização do papel potencial da fisioterapia no fornecimento de experiência em reabilitação na prestação de cuidados domiciliares para idosos.

PALAVRAS-CHAVE: Assistência Domiciliar. Fisioterapia. Reabilitação. Envelhecido.


  1. INTRODUÇÃO

Como em outros países, a população mais velha (ou seja, com mais de 65 anos) está aumentando. Atualmente, no Brasil, essa faixa etária responde por 475.000 (12%) da população e é esperado um número aproximado de 826.000 (19%) em 2025 e 1,2 milhão (25%) até 2050 (IBGE, 2010). Além disso, as pessoas com mais de 80 anos são a coorte de crescimento mais rápido (de qualquer faixa etária) e aumentam a uma taxa de cerca de 5% a cada ano (Ministério da Política Social 2001). É evidente que a mudança na estrutura da população, juntamente com a eventual duplicação da porcentagem da população com mais de 65 anos, terá um impacto significativo e sem precedentes em todos os aspectos da sociedade. Como as despesas com saúde aumentam com o aumento da idade, um envelhecimento da população pressionará ainda mais a demanda e os custos da saúde (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, 2006).

Em uma comparação entre os países da América Latina foram examinados os perfis etários dos gastos com saúde e foi constatado, em média, que os gastos com saúde per capita para a faixa etária mais velha (acima de 65 anos) eram três a cinco vezes maiores do que os da faixa etária de 15 a 64 anos (MOISE; JACOBZONE 2003). As estatísticas do Brasil revelam resultados semelhantes com uma forte relação exponencial entre gasto em saúde per capita e idade. Para a faixa etária de 65 a 69 anos, os gastos foram quase o dobro da média per capita para todas as idades, enquanto para a faixa etária de mais de 85 anos foi quase oito vezes a média para todas as idades (Ministério da Saúde, 2004).

A política do governo do Brasil foi desenvolvida no início dos anos 2000, com a Estratégia de Saúde do Brasil e com a Estratégia de Saúde das Pessoas Idosas (DYSON, 2002), as quais forneceram um foco para os provedores de serviços de saúde, a fim de garantir serviços de saúde equitativos, oportunos, acessíveis e acessíveis para os idosos. Havia um tema claro da necessidade de mudanças significativas na maneira como esses serviços eram prestados. Além disso, houve a identificação do requisito para melhorar a coordenação dos serviços de saúde e apoio em torno das necessidades dos idosos e uma maior ênfase na promoção da saúde e prevenção de doenças para ajudar no envelhecimento positivo, com maior ênfase nos cuidados de saúde em nível comunitário e serviços de suporte.

Um tema final era que os serviços aprimorados precisavam estar disponíveis para permitir que as pessoas mais velhas "envelhecessem no local" e permanecessem em casa, com a entrada em cuidados residenciais cada vez mais voltada para cuidados de alto nível, geralmente no final da vida. Diretrizes estratégicas mais recentes do governo central (RYALL, 2007) e do trabalho realizado pelos Distritos de Saúde (DHBs) encarregados da implementação das estratégias (BRASIL, 2010), identificou os desenvolvimentos de serviços necessários para melhorar a interface hospitalar e comunitária dos idosos. De particular relevância é que o atendimento domiciliar precisava ter um foco de reabilitação e capacitação que apoiasse serviços de saúde especializados para pessoas idosas e as relações de colaboração precisavam ser desenvolvidas entre os serviços de apoio à saúde e à incapacidade para garantir uma abordagem coordenada e a continuidade do atendimento aos idosos.

Como resultado dessa ênfase contínua na prestação de serviços para permitir que os idosos permaneçam morando em sua própria casa, há evidências de uma mudança da institucionalização No Brasil. Boyd e colaboradores, (2009b) descrevem os resultados do censo do Nível de Atividade dos Povos Mais Velhos. O estudo procurou determinar a taxa de institucionalização de idosos nos três DHBs nos últimos 20 anos e comparar variações na demografia dos residentes, tempo de permanência e níveis de dependência ao longo desse período. Os autores relataram que o número de leitos de Cuidados Residenciais com Idosos (ARC) aumentou apenas 3%, apesar de um aumento de 43% na população acima de 65 anos.

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