Correlação da escala de depressão geriátrica com o perfil funcional de idosos institucionalizados

Correlação da escala de depressão geriátrica com o perfil funcional de idosos institucionalizados

Correlationofthegeriatricdepressionscalewiththefunctional profile oftheinstitutionalizedelderly

Correlação da depressão com a funcionalidade

DepressionCorrelationwithFunctionality

Alexandre Gomes Sancho2,3,4; Ataianede LimaSilva1;Leonela Ribeiro de Paula. 1;João da Silva Rosa2,3; Newton de Almeida Lima Júnior2,3,4; Álvaro Camilo de Faria2,3,4

1- Fisioterapeuta formada pela Unigranrio;

2 –Docente Curso de Fisioterapia- Unigranrio;

3- Pesquisador do Grupo de Estudos em Fisioterapia (GEFISIO) da Unigranrio;

4- Laboratório de Instrumentação Biomédica da UERJ (LIB/UERJ).

Resumo:

Introdução: Devido ao crescimento da população idosa, há uma notável falta de preparação entre os membros da família e da sociedade para enfrentar os desafios dessa nova realidade, resultando em crescente demanda por instituições de longa permanência para idosos (ILPIs). É necessário entender como o comprometimento da saúde física, da saúde mental e o nível de depressão, podem afetar a capacidade funcional do idoso longevo institucionalizado. Objetivo: Descrever a correlação entre depressão e funcionalidade em idosos institucionalizados. Método: Estudo transversal, descritivo com 70 idosos de ambos os sexos com idade igual ou superior a 60 anos, residentes de instituições de longa permanência do estado do Rio de Janeiro. Resultado: Verificou-se que o gênero feminino foi predominante nas ILPIs consultadas. A maioria dos idosos moram em ILPIs por vontade própria 48,6% e que 41,43% não completaram o ensino fundamental. A maioria dos idosos 81,43% tinha a capacidade de realizar atividades básicas da vida diária e 52,86% idosos apresentaram quadro psicológico normal.A piora do quadro depressivo está associado à pior funcionalidade da pessoa idosa institucionalizada (p<0,02). Conclusão: A depressão é um fator que está associado à capacidade funcional do idoso institucionalizado. Quanto pior o nível funcional do idoso institucionalizado, maiores as chances de apresentar um estado depressivo.

Palavras-chave: Idoso; Envelhecimento; Depressão; Funcionalidade; Instituição de longa permanência para idosos.

Abstract:

Introduction:Due to the growth of the elderly population, there is a notable lack of preparation among family members and society to face the challenges of this new reality, resulting in an increasing demand for long-term care institutions for the elderly (ILPIs). It is necessary to understand how the impairment of physical health, mental health and the level of depression can affect the functional capacity of the institutionalized long-term elderly. Objective:To describe the correlation between depression and functionality in institutionalized elderly. Method: A cross-sectional, descriptive study with 70 elderly people of both sexes, aged 60 years or older, who lived in long-term institutions in the state of Rio de Janeiro.Result: It was verified that the female gender was predominant in the ILPIs consulted. The majority of the elderly live in ILPIs voluntarily 48.6% and that 41.43% did not complete elementary school. The majority of the elderly 81.43% had the ability to perform basic activities of daily living and 52.86% elderly had normal psychological picture. The worsening of the depressive picture is associated with the worse functioning of the institutionalized elderly person (p <0.02).Conclusion:Depression is a factor that is associated with the functional capacity of the institutionalized elderly. The worse the functional level of the institutionalized elderly, the greater the chances of presenting a depressive state.

Keywords: Elderly; Aging; Depression; Functionality; institution of Long Stay for the Elderly.

Introdução

O envelhecimento refere-se a um evento dinâmico, progressivo e irreversível relacionados a fatores biológicos, psíquicos e sociais no qual desencadeiam alterações estruturais, fisiológicas, psicológicas, bem como sociais ao indivíduo, favorecendo ao desenvolvimento de processos patológicos.1

Segundo Shumway-Cook e Woollacott (2013)2, há duas linhas teóricas principais que estudam o envelhecimento: uma considera os aspectos primários relacionado às características genéticas e o deterioramento do sistema nervoso e a outra os secundários, que avalia a influência dos danos causados por fatores ambientais, como a radiação, poluição, o estilo de vida, dentre outros.2

Devido ao crescimento da população idosa, há uma notável falta de preparação entre os membros da família e da sociedade para enfrentar os desafios dessa nova realidade, resultando em uma crescente demanda por instituições de longa permanência para idosos (ILPI). As ILPI são definidas como instituições residenciais, governamentais e não governamentais destinadas à habitação coletiva de pessoas com 60 anos ou mais, que podem ou não ter um apoio familiar.3

Um aspecto importante relacionado ao idoso institucionalizado é a depressão, pois nas ILPI, o idoso encontra-se excluído do convívio com a sociedade e adota um estilo de vida diferente. Tal isolamento social leva a perda da identidade, autoestima, solidão e liberdade, resultando muitas vezes em um estado depressivo.4

As consequências do envelhecimento podem ser fatores de riscos para a depressão em idosos, no qual a doença é encontrada em 10% das pessoas acima de 60 anos, segundo a Organização das Nações Unidas do Brasil, ONUBR (2017).5

Wannmacher e Lenita, em seu estudo em 2017, descrevem que cerca de 40% dos idosos que vivem em ILPI apresentam a depressão6. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), a falta de interesse, tristeza por longos períodos e o declínio de energia para realizar atividades do dia a dia caracterizam os distúrbios depressivos. A perda de memória, diminuição da acuidade visual e a dificuldade de se locomover contribui para que, idosos acima de 85 anos de idade, tenham mais chances de serem depressivos.7

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