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ANALISE DA INGESTÃO DE PROTEÍNAS E SUPLEMENTAÇÃO POR PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO NAS ACADEMIAS

Por:   •  30/10/2018  •  Resenha  •  1.194 Palavras (5 Páginas)  •  374 Visualizações

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UNIQ – Faculdade de Quixeramobim

Pós-graduação em Nutrição Clínica e Esportiva

ANALISE DA INGESTÃO DE PROTEÍNAS E SUPLEMENTAÇÃO POR PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO NAS ACADEMIAS CENTRAIS DA CIDADE DE GUARAPUAVA – PR

 

Mauro Cezar Zilch1, Bruno Moreira Soares2 , Gabriela Datsch Bennemann3 , Fabiane La Flor Ziegler Sanches3 , Timothy Gustavo Cavazzotto4 , Elisvânia Freitas dos Santos

                         MARIA CAROLINA GOES DE MELO                                        

FORTALEZA – CE

2017

RESUMO:

INTRODUÇÃO: Atualmente percebe-se um grande aumento da prática de exercícios físicos. Uma das modalidades que se destaca é a musculação, a qual, através da hipertrofia muscular proporciona uma melhora na estética corporal (Pinto e colaboradores, 2007). Existe uma importante relação entre exercício físico e nutrição, pois a capacidade de rendimento melhora através de uma alimentação adequada (Araújo e Soares, 1999). Durante a prática de exercícios, nosso organismo utiliza substratos para obtenção de energia, os macronutrientes: carboidratos, lipídeos e proteínas (Lapin e colaboradores, 2007). Entretanto, ao contrário dos carboidratos e lipídios, as proteínas são uma fonte pequena no fornecimento de energia, estima-se que contribuam com apenas 5 a 15% do total calórico gasto. Mesmo assim, esse macronutriente é vital para promoção do processo de hipertrofia muscular. Para indivíduos sedentários recomenda-se o consumo diário de proteínas de 0,8g/Kg de peso/dia (Padovani e colaboradores, 2006), em indivíduos praticantes de exercícios físicos tem sido constatada uma maior necessidade, pois as proteínas contribuem para o fornecimento de energia em exercícios resistidos e de endurance e ainda são necessárias na síntese protéica pós-exercício, chegando a 1,7g/Kg/dia (Hernandez e colaboradores, 2009). Com o crescente número de pessoas procurando a musculação, como modalidade de exercício físico e com a grande quantidade de informações incoerentes, faz-se necessário verificar a alimentação desses praticantes. Diante do exposto, este estudo teve como objetivo analisar a ingestão de proteínas diárias dos praticantes de musculação das academias centrais de Guarapuava - PR, verificando a prevalência de indivíduos que tem um consumo acima do recomendado e a diferença entre os grupos que utilizam e não utilizam suplementação de proteína. MATERIAIS E MÉTODOS: O estudo foi realizado em quatro academias centrais na cidade de Guarapuava- PR, onde os candidatos foram abordados aleatoriamente. A pesquisa foi realizada nos meses de abril a junho de 2012. Foram entrevistados 26 participantes do sexo masculino, com idade entre 18 e 60 anos, todos praticantes de musculação há pelo menos seis meses. Os participantes responderam a um questionário elaborado pelos autores da pesquisa, o qual era composto por perguntas abertas e fechadas, sobre os hábitos do entrevistado, também foi relatado a alimentação de um dia de treino habitual. Os participantes autorrelataram seu peso e altura (Fonseca e colaboradores, 2004) e responderam questões como acompanhamento ou não por nutricionista, tipo de treino (objetivo, frequência semanal, duração, tempo de prática) e uso de suplementos (seus respectivos nomes, indicação e motivo do uso). O dia alimentar habitual foi calculado com o auxilio do software Avanutri® e a recomendação de proteína utilizada foi a preconizada pela Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME) de 1,7g/Kg de peso ao dia (Hernandez e colaboradores, 2009). O Índice de massa corporal (IMC) foi calculado com a estatura e peso relatados, utilizando-se à seguinte formula: IMC = peso (kg) / estatura² (m). Para o cálculo da Taxa Metabólica Basal (TMB) e Gasto Energético Total (GET), utilizou-se as fórmulas preconizadas pela DRI 2002. Os dados foram analisados pelo software estatístico SPSS versão 15.0 e o teste T-independente e o teste U de Mann-Whitney foram utilizados para comparação de acordo com a utilização de suplementação proteica. A partir do teste de Kruskal-Wallis comparou-se as categorias de ingestão hídrica. O nível de significância adotado foi de p<0,05. RESULTADOS: A amostra foi composta por 26 indivíduos, sendo que as variáveis idade, estatura, peso atual e IMC foram divididas em quem faz ou não o consumo de suplementos proteicos . No que diz respeito à suplementação, 18 dos participantes fazem o uso de suplementos e 8 não utilizam. Encontrou-se uma prevalência de 39,02% para os suplementos de proteínas, seguidos pelos carboidratos com 26,83%, logo após observa-se os aminoácidos com 19,51%. Do total dos indivíduos, o estudo revelou que 50% (n=13) consumiam uma quantidade abusiva de proteínas. Quanto ao consumo de suplementos protéicos observou-se que dos indivíduos que se encontravam na faixa de consumo ideal (1,7g/Kg/dia), 69,2% utilizavam suplemento e no que diz respeito aos indivíduos que estavam com o consumo abusivo também observou-se que a maioria utilizavam suplementos de proteínas. A relação entre o consumo de proteínas e a ingestão de água na qual não foi observada diferença estatisticamente significante entre as diversas quantidades de água consumida. Dos 26 participantes entrevistados, 4 relataram já ter feito acompanhamento nutricional. DISCUSSÃO: Em um estudo feito por Quintiliano e Martins (2009) em Guarapuava no Estado do Paraná constatou-se que 40% faziam uso de suplementos, número inferior ao encontrado neste estudo, que foi de 69,23%. No mesmo estudo o autor descreve que o tipo de suplemento mais consumido são os proteicos e aminoácidos, com uma prevalência de 36%. Outra pesquisa realizada na cidade de Cascavel no Estado do Paraná notou que 63,6% dos indivíduos apresentaram um consumo maior que 2g/Kg/dia de proteínas (Oliveira e colaboradores, 2009). Sabino, Luz e Carvalho (2010) afirmam em sua pesquisa que as empresas de suplementos criam equivalentes para alimentos in natura em forma de pó ou cápsulas. Assim acredita-se que os participantes substituam a alimentação por suplementos, mantendo assim à ingestão de proteínas dentro do considerado adequado. CONCLUSÃO: Nessa população estudada, pode-se observar que é comum o alto consumo de suplementos proteicos, bem como, uma alta ingestão de proteínas e um baixo consumo de outros macronutrientes. Também foi verificada uma baixa frequência da atuação do profissional nutricionista, assim faz-se necessário a atuação permanente do mesmo, como parte integrante da equipe multiprofissional.

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