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RESENHA: ALIMENTOS IRRADIADOS SÃO SEGUROS?

Por:   •  9/11/2021  •  Resenha  •  817 Palavras (4 Páginas)  •  121 Visualizações

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Universidade Federal da Bahia

Departamento de Ciência dos alimentos

Disciplina: NUT132 - Técnicas especiais de conservação de alimentos

                     Estudo investigativo: ALIMENTOS IRRADIADOS SÃO SEGUROS?

     A irradiação de alimentos é uma tecnologia de processamento de alimentos que emprega radiação ionizante ou feixes de elétrons para melhorar a segurança alimentar, sendo considerada segura por organizações internacionais como a OMS e FAO. Tal tecnologia resulta no prolongamento da vida útil dos produtos, na inativação de microorganismos, e retardamento da maturação e brotação em tubérculos. Entretanto, é preciso uma maior atenção quanto à segurança radiológica, segurança toxicológica, segurança microbiana e adequação nutricional dos alimentos submetidos a esse tipo de processamento (Rajeev e  Amit, 2019).

       Não era um conceito popular a utilização da irradiação de alimentos, até que estudos comprovaram os benefícios e a segurança. Programas de pesquisa sobre irradiação de alimentos foram iniciados em toda a Europa Ocidental em nos anos 50. Consequentemente, o Projeto Internacional no campo da Alimentação e Irradiação (IPFI) foi lançado em 1970 para examinar e verificar os efeitos da radiação sobre a salubridade dos alimentos e sua influência sobre o conteúdo nutricional. Os resultados deste projeto foram examinados por um comitê conjunto formado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e Saúde Mundial

Organização (OMS). Este comitê concluiu que a exposição de alimentos a uma radiação ionizante de força inferior a 10 kGy não apresentava nenhum perigo toxicológico, problemas nutricionais ou microbiológicos (Diehl, 2002).

       Ademais, em 1997, um estudo de grupo conduzido pela FAO, IAEA e OMS examinou os resultados da exposição de alimentos à radiação acima da dose recomendada de 10 kGy. Foi encontrado que poucas amostras de alimentos poderiam tolerar doses tão altas sem perda de qualidades sensoriais.  No entanto, irradiando a ração animal com radiação de doses superiores a 70 kGy revelaram que os sujeitos de teste não tinham problemas relacionados à saúde. Assim, concluiu-se que é seguro expor os alimentos a radiações ionizantes de qualquer dose, se for destinada a atingir um objetivo tecnológico e que não torne o alimento nutricionalmente deficiente e possa ser consumido com segurança (OMS, 1999). Até o momento, mais de 50 países adotaram a irradiação de alimentos como um método de processamento sanitário e fitossanitário para mais de 60 alimentos e produtos alimentícios (Ihsanullah & Rashid, 2017).

      Enquanto os radicais reativos gerados pela irradiação de alimentos resultam em melhora da vida de prateleira, eles também podem reagir com componentes químicos, gerando produtos radiolíticos, tais como formaldeído e hidrocarbonetos de cadeia curta (Ravindran & Jaiswal, 2017). Os 2-ACBs foram escolhidos como marcadores para identificar produtos alimentícios que tenham sido submetidos a irradiação. Vários estudos foram realizados na última década para determinar a toxicologia e os efeitos mutagênicos associados ao consumo de 2-ACBs. Esses estudos relataram que os 2-ACBs não apresentam efeitos mutagênicos e genotóxicos em linhas de células de mamíferos em baixas concentrações. Entretanto, o consumo desses produtos químicos em concentrações mais elevadas têm resultado em citotoxicidade e danos ao material genético em células de rato e cólon humano (Song et al., 2014).

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