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O Balanço Energético Negativo

Por:   •  25/2/2018  •  Seminário  •  1.043 Palavras (5 Páginas)  •  331 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Um dos principais fatores de preocupação na criação de vacas, seja elas leiteiras ou de cria para corte, é o fato que logo após o parto há uma grande queda no balanço energético, deixando ele negativo (BEN).

Quando se fala de vacas leiteiras, esse fator acontece pois a necessidade de energia para a produção de colostro, de leite e para mantença. Com isso ela excede a quantidade de energia fornecida pela ingestão de matéria seca.

Neste sentido, um método de minimizar estes efeitos e reduzir a duração do BEN. Essa medida, não é uma tarefa fácil, alcançar este objetivo através da manipulação de dietas, já que elas tendem a apresentar estimulo biológico para mobilizar a gordura corporal.

Uma das medida mais bem sucedidas, é a manipulação do Escore de Condição Corporal (ECC), antes do parto, com isso influenciará o consumo de ração e a maior produção de leite.

Com estas mudanças metabólicas e associadas com a lactação e período de BEN, fazem com que comprometam a função ovariana, de forma que altera muitas estrutura ovarianas, como por exemplo, tamanho, número e qualidade dos folículos.

2ª parte

Serra apud Fernandes (2005), afirma, que ainda não se sabe muito sobre como ocorre a troca de informação entre o sistema nervoso central e o status nutricional e de que forma esta informação é transcrita em sinais neuro-endocrino.

Segundo o autor “sabemos que vários minerais são necessários para a reprodução bovina, entretanto as interações são tão complexas, que na forma prática é difícil atribuir cada mineral de forma isolada e com responsabilidade e principalmente quando levamos em consideração o balanço proteico-energético no metabolismo animal” (SERRA, 2010, p. 11).

3ª parte

Mollo e Sartori (2007), relata que em bovinos de corte, a performance reprodutiva também está associada ao Escore de Condição Corporal (ECC), no qual é um dos fatores que podem afetar o crescimento e persistência do folículo dominante no período pós-parto.

O mecanismo pelo qual o BEN e perda de ECC, está relacionada ao atraso da ovulação pós-parto, isso se explica devido estar associado à baixa pulsatilidade de LH (Butler e Smith, 1989).

Em seu texto Mollo e Sartori (2007), ainda afirma que o BEN altera os níveis sistêmicos de IGF, insulina e GH, assim, faz com que mude a frequência de pulsos de LH, comprometendo, consequentemente, o crescimento folicular e posteriormente afetando o pós-parto.

4ª parte

Em um estudo feito em 2015, publicado pela Revista Veterinária Brasileira, abordou o tema da nutrição mineral em vacas girolando. No experimento foram usados foram utilizados 31 animais pluríparos mestiços girolando em cada estação, totalizando 62 vacas.

Onde no verão elas ficavam em pastagens e no inverno elas ficavam confinadas, o objetivo era avaliar o perfil mineral dessas vacas. Onde tiraram a conclusão que a homeostase mineral, teve mais eficiência no período de verão, pois os animais conseguiram se adaptar mais rapidamente e menos transtornos, originando novas exigências nutricionais.

Enquanto no inverno as vacas tiveram menores valores de cálcio e magnésio, refletindo em uma maior acometimento de hipocalcemia e hipomagnesemia.

REFERÊNCIAS

Barcellos, J.; González, F. H. D.; Patinõ, H. O.; Ribeiro, L. A. Perfil metabólico em ruminantes: seu uso em nutrição e doenças nutricionais. Porto Alegre, 2000, pg 9

EUSTÁQUIO F. A.; Farias S. M.; Santos, F. E. P.; Silvia, R. W. M. Balanço Energético Negativo. PUBVET, Londrina, V. 4, N. 11, Ed. 116, Art. 785, 2010.

Serra, M. H. Desempenho Reprodutivo e Perfil Metabólico de Fêmeas Bovinas da Raça Nelore e Canchim X Nelore Suplementados com Fosforo Orgânico. Descalvado, SP. 2010. 

Sartori, R.; Mollo, R. M. Influência da ingestão alimentar na fisiologia reprodutiva da fêmea bovina Rev. Bras Reprod Anim, Belo Horizonte, v.31, n.2, p.197-204, abr./jun. 2007.

Carvalho, U. A.; Casagrande, P. F; Facury, F. J. E.; Leme, P. O. F.; Molina, R. L.; Moreira F. T.; Paula, M. V.; Zambrano U. J.; Perfil mineral de vacas mestiças Girolanda no período de transição em sistema semi-intensivo em duas estações do ano.

5ª PARTE

        Publicado em 2015, pela revista Brasileira de Pesquisa Veterinária, um artigo que teve como objetivo avaliar o perfil metabólico da bovinos raça Holandesa, principalmente no período de transição. Para isso foi usado mensurações de concentrações séricas de: ácidos graxos não esterificados (AGNE), beta hidroxibutirato (BHBA), colesterol, cálcio, fósforo, magnésio, proteína total, albumina e as enzimas hepáticas aspartato transaminase (AST) e lactato desidrogenase (LDH).

Essas vacas se alimentavam com uma dieta de 12,2 kg de MS/animal/dia, sendo de silagem de milho, tifton verde (Cynodon dactylon), farelo de soja, milho moído e mistura mineral.

Contudo essa dieta fornecia,15% PB, 0,78% Ca, 0,42% P. As vacas tinham acesso a dieta uma vez ao dia pela manhã, sendo distribuída em um cocho de 70 cm por animal.

Segundo Alvarenga et al. (2015), para a pesquisa foram coletados o sangue dessas vacas e posteriormente foi feita a análise. Essas coletas foram feitas desde a 3ª semana antes do parto até no dia do parto, e no 2º, 5º 15º e 21º dia pós parto.

Quadro 1. Atividades séricas médias (U/L) de AST e LDH de vacas multíparas da raça holandesa na terceira (-3 sem), segunda (-2 sem) e primeira (-1 sem) semanas pré-parto, parto e nos 2º, 5º, 15º e 21º dia pós-parto em sistema intensivo de criação.

Período de transição

-3 sem

-2 sem

-1 sem

Parto

15º

21º

AST

Média

95,17B

90,14B

99,86B

117,08A

122,23A

122,71A

110,57A

104,66A

SD

+25,35

+17,8

+19,58

+18,17

+24,12

+45,65

+16,73

+13,55

LDH

Média

900B

931,5B

1075,6B

1345,2A

1328,5A

1325,2A

1284,6A

1259,8A

SD

+269,2

+225,8

+375,86

+364,73

+414,04

+426,34

+432,72

+331,11

Fonte: Alvarenga et al. (2015).

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