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CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS

Por:   •  10/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.445 Palavras (10 Páginas)  •  490 Visualizações

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CCAAB – CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS.

Atividade avaliativa: Anatomia, histologia e fisiologia digestiva das aves.

Cruz das Almas

28 de Junho de 2017.

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CCAAB – CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS.

Atividade avaliativa: Anatomia, histologia e fisiologia digestiva das aves.

Curso: Zootecnia.

Docente: Jerônimo Avito Gonçalves de Brito.

Discentes: Fábio Cerqueira; Gabriel Oliveira; Gláuber Gonçalves; Manoel Falcão; Vinicius Campos; Yuri Guimarães.

Cruz das Almas

28 de Junho de 2017.

  1. INTRODUÇÃO

A criação de aves domésticas tem se expandido comercialmente devido a aceitação comercial, elevada produção de carne e ovos por unidade de área em tempo bastante reduzido, permitindo uma competitividade de mercado devido ao custo relativamente baixo quando comparado à outras espécies domésticas de produção como: bovinos, suínos, caprinos e etc.

        Os fatores principais que contribuíram para a avicultura assumisse o atual posto foram:

  • Melhoramento genético - Permitiu linhagens que se adaptaram nas diversas condições climáticas, consumindo menos e produzindo mais em menor espaço em um período menor de tempo.
  • Nutrição - Através do avanço científico que permitiu conhecer mais especificamente a necessidade nutricional e quais alimentos conseguem suprir essa demanda nutricional, permitindo a utilização de alimentos alternativos, disponíveis em cada região. Isso acarreta na diminuição do custo, visto que no sistema de produção a alimentação representa cerca de 70% do custo.

Dada à importância da parte nutricional, é indispensável o conhecimento sobre anatomia, histologia e fisiologia digestiva a fim de melhorar ainda mais a eficiência e eficácia o aproveitamento dos nutrientes presentes no alimento ofertado. Não bastando apenas o estudo nutricional, acompanhar os avanços científicos em relação aos outros três pilares da produção animal (Genética, sanidade e temperatura).

  1. ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO

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        O sistema digestivo das aves é composto de maneira geral por 14 orgãos, conforme descrito na imagem 1.0. São eles:

  1. Bico: Responsável pela apreensão, compõe a cavidade oral, sendo a estrutura mais externa da mesma. O mesmo é uma estrutura constituída de epiderme queratinizada. Apesar de sofrer desgaste, o mesmo está em constante crescimento.
  2. Língua: Levando em consideração a espécie de maior interesse comercial (Gallus domesticus), sendo uma espécie onívora e granívora, sua língua proporciona movimentos rápidos para frente e para trás auxiliando na deglutição de alimentos consistentes.
  3. Cavidade oral: Possui palato duro incompleto devido à fenda da coana na metade posterior. A mucosa do palato possui papilas e na região abaixo da mucosa estão presentes as glândulas salivares.
  4. Faringe: A Faringe se localiza logo após o fim da cavidade oral, na faringe está inserida a língua, o início da traqueia e o início do esôfago.
  5. Esôfago: É a porção do trato gastrointestinal que conduz o alimento da orofaringe (união entre a cavidade oral e faringe) e o pró-ventrículo. O esôfago possui uma dilatação que origina uma estrutura chamada de papo ou inglúvio que será detalhado no próximo tópico. As paredes do esôfago são finas e dilatáveis, com lubrificação adequada para a condução do bolo alimentar.
  6.  Papo ou inglúvio: O papo é uma estrutura resultante da dilatação do esôfago, possui musculatura resistente, onde glândulas mucosas auxiliam na secreção de enzimas digestivas. No papo ocorre o armazenamento de alimentos, pequena digestão enzimática de carboidratos e fermentação microbiana.
  7. Estômago: O estômago nas aves é dividido em duas estruturas bem distintas, o pró-ventrículo e a moela. 
  1. Pró-ventrículo: Une à ingesta sucos digestivos, que realizarão parcialmente a digestão química.
  2. Moela: Esta se localiza logo após o pró-ventrículo e tem uma função mecânica sob o alimento, possui uma parede mais espessa, isso ocorre por conta da sua função.
  1. Intestino delgado: Dividido em três partes, a primeira é chamada duodeno, encontra-se em formato de “U”, em volta do pâncreas. Nele contém abertura de ductos que provém do pâncreas e da bile. Após o duodeno inicia-se o jejuno que possui uma parede mais espessa e possui grande quantidade de uma variedade de tecido conjuntivo chamada de tecido linfoide. Posterior ao jejuno tem-se o íleo que vai se juntar com o intestino grosso.
  2. Intestino grosso: É curto e possui: ceco que é “dividido” em 2, esquerdo e direito e suas “aberturas” estão localizadas no encontro do íleo e cólon; O cólon é a parte final do intestino grosso e que está ligado a cloaca.
  3. Cloaca: É uma interseção entre sistema reprodutivo, sistema digestório e sistema urinário. Localiza-se no final do trato gastrointestinal.
  4. Glândulas anexas:

  1. Fígado: Localiza-se abaixo do esterno, possui um ducto (esquerdo) que liga-se diretamente ao duodeno e um outro (direito) que envia um ramo à vesícula biliar.
  2. Vesícula biliar: Localiza-se próximo ao fígado e seu ducto finaliza-se no duodeno.
  3. Pâncreas: Envolto pelo duodeno, suas secreções chegam ao duodeno por meio de três ductos.

  1. HISTOLOGIA DO SISTEMA DIGESTIVO
  1. Língua: A língua é uma estrutura da cavidade oral composta de músculo esquelético, com revestimento de camada mucosa. A superfície dorsal é irregular e possui estruturas denominadas papilas. A face ventral é lisa.
  2. Faringe: A faringe é revestida por um epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado na região contínua ao esôfago e por epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ciliado contendo células caliciformes nas regiões proximais à cavidade nasal. Os músculos da faringe estão localizados mais externamente ao tecido conjuntivo.
  3. Esôfago: De forma geral o esôfago possui as mesmas camadas do trato digestivo, uma vez que as demais estruturas funcionam como uma dilatação do mesmo. A mucosa esofágica é composta por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado, possui glândulas esofágicas e da cárdia secretam muco para facilitar o trânsito do alimento.
  4. Papo: É um divertículo caudal localizado a aproximadamente dois terços do sentido descendente do esôfago. O papo possui estrutura idêntica ao resto do esôfago, mas não apresenta glândulas mucosas. 
  5. Pró-ventrículo: A mucosa do pró-ventrículo é pregueada e as depressões entre as pregas são chamadas sulcos. O epitélio é colunar simples, exceto na base dos sulcos, a parede do pro-ventrículo consiste de grandes células tubulares compostas, As células secretoras, que são cuboides a colunares baixas, produzem tanto pepsinogênio quanto ácido clorídrico, e assim, combinam a função das células principais e parietais dos mamíferos.
  6. Ventrículo (Moela): A moela é um órgão triturador e altamente muscular, ele é revestido por um epitélio que se invagina no interior da lâmina própria, formando buracos alongados, cada um deste portando glândulas gástricas tubulares terminais. As células destas últimas glândulas secretam um material córneo espesso equivalente à queratina.
  7. Intestino: O intestino das galinhas é semelhante em estrutura em toda a sua extensão, ele consiste de duodeno, jejuno, íleo e intestino grosso. Um par de cecos alongados e de fundo cego se junta ao intestino na junção de íleo e intestino grosso. A extremidade terminal do intestino grosso se junta ao coprodeu da cloaca. Encontram-se presentes vilosidades por toda a extensão dos intestinos delgado e grosso. Estes são mais longos no duodeno, mas encurtam-se e engrossam gradualmente caudalmente. No coprodeu eles são atarracados e arredondados. As vilosidades também estão presentes nos cecos, tornando-se achatadas em direção à extremidade cega. Embora a parede intestinal das galinhas seja semelhante à dos mamíferos, a ausência de glândulas duodenais e uma submucosa extremamente fina em galinhas constituem diferenças notáveis.
  8. Fígado: Tal como em mamíferos, o fígado é coberto por um mesotélio. Por baixo do mesotélio, há uma camada de tecido conjuntivo, a cápsula de Glisson. Os lobos hepáticos são subdivididos em numerosos lóbulos separados indistintamente entre si. Nas aves domésticas, as placas irradiantes dos hepatócitos em cada lóbulo têm a largura de duas células. Contrariamente, as de mamíferos têm largura de uma célula.
  9. Vesícula biliar: A vesícula biliar de galinhas é semelhante à de mamíferos. A mucosa é revestida por um epitélio colunar simples e fica fortemente pregueada em projeções viliformes quando a vesícula se contrai.
  10. Pâncreas: O pâncreas de galinhas lembra o de mamíferos. A lobulação é indistinta, devido à falta de tecido conjuntivo interlobular. A porção exócrina é tubuloacinar.As ilhotas de Langerhans são abundantes. Podem-se reconhecer facilmente dois tipos de ilhotas: alfa e beta. As células alfa colunares caracterizam as ilhotas alfa que produzem glucagon. As células betas poligonais são as células principais das ilhotas beta que formam insulina.
  1. FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTIVO

A fisiologia digestiva compreende toda a passagem do alimento no TGI (Trato Gastrointestinal) das aves. Subdivide-se em Apreensão, ingestão, deglutição, digestão, absorção de nutrientes e eliminação de excretas. Todos estes mecanismos estão determinados por características fisiológicas do trato digestivo.

4.1 Digestão e motilidade.

A apreensão do alimento é de responsabilidade do bico, que conduz o alimento para a cavidade oral que não possui dentes, por consequência não ocorre a mastigação. A apreensão estimula a salivação, bem como o movimento da língua que move ativamente o alimento ou líquido para dentro do esôfago.

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