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QUIMICO BROMATOLOGGICO DOS RESIDUOS DA AGROIDUSTRIA

Por:   •  15/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.590 Palavras (7 Páginas)  •  266 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

UNIDADE ACADÊMICA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 

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ANALISE QUIMICO BROMATOLÓGICA E DIGESTIBILIDADE IN VITRO DE RESÍDUOS DA AGROINDÚSTRIA

Projeto referente ao trabalho de conclusão do curso de Zootecnia da aluna Valéria Bentes Ferreira como parte dos requisitos para obtenção do título de graduação em zootecnia.

Orientadora: Patrícia Mendes Guimarães.

RIO LARGO

ABRIL, 2009

1. INTRODUÇÃO

A Fruticultura no nordeste brasileiro, de modo geral, vem passando por um processo de profissionalização, caracterizado pela exploração de áreas mais extensas, utilização da irrigação e pela adoção de novas tecnologias, visando elevadas produções e qualidades dos frutos.

Em resposta ao avanço da fruticultura, o número de agroindústria instalada por toda região tem aumentado significativamente, gerando incremento na produção de resíduos agroindustriais não-utilizáveis na alimentação humana, que podem ser aproveitados na dieta animal, tornando-se importante fator de barateamento nos custos de produção (Lousada Junior et. al., 2005). Uma vez que a alimentação dos animais representa um dos maiores custos da atividade pecuária, principalmente quando se utilizam fontes alimentares como o milho que apesar das elevadas qualidades nutricionais, apresentam em geral custo elevado.

A destinação imprópria de resíduos da agroindústria, produzidos em larga escala em quase todo o Brasil hoje, é um problema merecedor de atenção com respeito à poluição ambiental. Os resíduos agroindustriais e do beneficiamento de produtos vegetais podem ser utilizados na alimentação de ruminantes e contam com a vantagem de estarem disponíveis, geralmente, no período de estiagem, onde há escassez de forragem verde (Neiva júnior, 2005).

Os co-produtos da agroindústria podem consistir em fontes valiosas de proteína, energia e fibra. No entanto, como a variabilidade no conteúdo de nutrientes é maior para os co-produtos do que para os alimentos convencionais, análises freqüentes da composição química devem ser realizadas para obtenção de melhores resultados (Lima, 2005).

Tal aspecto pode ser avaliado de acordo com pesquisas e estudos realizados, vindo a estimar características importantes como o coeficiente de digestibilidade e o valor nutricional, onde estes dependem, primeiramente, da composição química e também da capacidade digestiva do animal para o alimento alternativo.

Logo, é desejável para produção animal, conhecer quais dos resíduos da agroindústria apresentam valor nutricional viável para utilização na dieta animal para garantir a viabilidade na utilização das mesmas com maior lucro para a atividade.

2. OBJETIVO

2.1. GERAL

  • Avaliar a análise química bromatológica e digestibilidade in vitro de resíduos da agroindústria.

2.2. Específico

  • Determinar as características dos resíduos da acerola, do coco e do maracujá:
  • Determinar a composição bromatológica de resíduos da agroindústria de sucos e doces (maracujá, acerola e coco);
  • Determinar a digestibilidade in vitro da matéria seca dos resíduos estudados.        
  • Determinar a concentração de tanino condensado total, tanino solúvel, tanino condensado ligado ao FDN e Proteína dos resíduos estudados;

3. REVISÃO DE LITERATURA

A região nordeste além de possuir o maior rebanho brasileiro, tem grande importância no cultivo da maioria das espécies frutíferas tropicais, especialmente abacaxi, abacate, banana, caju, coco, mamão, manga, maracujá, uva, acerola e goiaba. ( Ibge 2007).

A utilização de co-produtos da agroindústria pode ser estratégia de grande impacto na viabilidade da nutrição animal.

Os co-produtos da agroindústria podem consistir em fontes valiosas de proteína, energia e fibra. No entanto, como a variabilidade no conteúdo de nutrientes é maior para os co-produtos do que para os alimentos convencionais, análises freqüentes da composição química devem ser realizadas para obtenção de melhores resultados (LIMA, 2005).

De acordo com Lousada Júnior et all., ( 2005), subprodutos que apresentam alta porcentagem de sementes em sua constituição podem conter elevados teores de taninos, pois as sementes contêm maiores concentrações de taninos no tegumento.

Lousada Júnior et all., ( 2005) estudando o consumo de matéria seca de diferentes subprodutos de frutas, observaram os maiores consumo de matéria seca no resíduo de goiaba e melão. Os autores concluíram os subprodutos de abacaxi, maracujá e melão caracterizam-se por bom valor nutritivo, podendo ser utilizados na alimentação de ruminantes, necessitando maiores estudos, como a utilização de tratamentos químicos ou físicos que visem melhorar o valor nutritivo destes sub-produtos.

  • De acordo com Panigrahi (1987) e Rodriguez-Palenzuela et al. (1988), em função da quantidade e do tipo de fibra, a inclusão do farelo de coco nas rações pode reduzir o consumo e o desempenho das aves. Panigrahi (1992) observou que o processamento influencia a composição e o valor nutricional deste ingrediente e que a quantidade a ser incluída na ração de aves varia em função do tipo de farelo utilizado.
  • O maracujá (Passiflora eduli), fruto originário da América Central, de cultivo

bastante difundido no Brasil (Ferrari et al.,2004), gera, em seu processamento, co-produto com abundância de casca, rica em pectina e minerais e viável para utilização na alimentação animal.

  • A acerola (Malpighia emarginata) tem grande capacidade de produção na região Nordeste e, em seu processamento, para a obtenção de sucos, compotas, geléias e no isolamento do acido ascórbico, são gerados resíduos que, secos, podem ser incorporados à alimentação animal (CARPENTIERI-PÍPOLO et al., 2002).

A importância da caracterização de co-produtos na alimentação de animal vem de encontro à futura elaboração de uma tabela de composição químicobromatológica de alimentos alternativos, usados estrategicamente na alimentação de ruminantes no Nordeste brasileiro.

Dessa forma, o objetivou-se efetuar o fracionamento de carboidratos e da proteína, estimando-se o valor energético, a partir das equações sugeridas pelo sistema NRC (2001), dos co-produtos do caju, maracujá, melão, urucum, abacaxi e acerola.

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