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Adubação orgânica no desempenho produtivo da alface

Por:   •  26/6/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.394 Palavras (6 Páginas)  •  250 Visualizações

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Adubação orgânica no desempenho produtivo da alface(1).

Rodrigo Santos Cadidé(2); Rogério Pereira dos Santos(3); Kaique da Silva França(4); Pedro Igor Pereira da Silva(5); Washington Miranda de Amorim(6); Tiago José dos Santos(7).

(1) Trabalho executado com recursos da Universidade do Estado da Bahia

(2,3,4,5,6,7)Estudantes de Agronomia; Universidade do Estado da Bahia; Juazeiro, Bahia; rodrigocadide@hotmail.com;(3)rogerio-p-s@hotmail.com;(4)kaique-sf@hotmail.com;  (5)pedroigor07@hotmail.com;(6)washington.miranda68@gmail.com;(7)tj.22santos@hotmail.com;

RESUMO: A alface é uma das olerícolas mais completas, bom teor nutritivo e responde muito bem a adubações orgânica. O experimento foi conduzido no Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais CAMPUS III da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). O objetivo do presente trabalho foi avaliar a produção da alface adubada com diferentes fontes orgânicas, buscando uma alternativa sustentável. O delineamento utilizado foi o de blocos casualizado com quatro repetições. Os tratamentos consistiram da incorporação de três tipos de adubos (húmus, esterco caprino e cama de galinha) na proporção de 30 t ha-1 com um tratamento testemunha. As características avaliadas foram: largura da folha (LARG-F), comprimento da folha (COMP-F) e massa fresca da raiz (MF-R). Os tratamentos adubados com húmus, esterco caprino e cama de galinha obteve uma maior produção comparada a testemunha. Entretanto não houve diferença estatística entre os as fontes utilizadas nas características avaliadas. Portanto, conclui-se que pode utilizar qualquer dos adubos utilizados para as características avaliadas, sendo recomendado o que tenha mais disponibilidade na região, que seria o esterco caprino na região de Juazeiro-BA.

Termos de indexação: sustentabilidade, semiárido, hortaliça.

INTRODUÇÃO

A alface (Lactuca sativa L.) é uma das olerícolas mais completas em termos nutricionais, é rentável e de fácil manejo. O seu desenvolvimento é maximizado em solos leves e com boa fertilidade, além disso responde satisfatoriamente a adubação orgânica (Filgueira, 2008). A produção de hortaliças é uma atividade em que a maioria de seus produtores são pequenos. Nos últimos anos o consumo de hortaliças tem aumentando, devido ao fato da população estar mais consciente na busca de uma alimentação saudável e mais rica com os nutrientes fornecidos pelas hortaliças (Montezano & Peil, 2006). Então, a horticultura orgânica é uma pratica sustentável que visa oferecer a população alimentos com qualidade de forma que possa contribuir para aumentar a qualidade de vida das pessoas que as consomem (Darolt, 2002).

Além dos benefícios trazidos a saúde humana por alimentos orgânicos, a adubação com resíduos orgânicos seja de origem animal ou vegetal melhora as qualidades físicas, químicas e biológicas do solo contribuindo para a conservação do mesmo. A aplicação de resíduos orgânicos se dá mesmo quando o solo é preparado de forma convencional (Gomieiro et al., 2011). A prática da utilização de estercos como adubos não é fácil, requer conhecimento da dinâmica de mineralização dos elementos, afim de sincronizar a disponibilidades desses elementos que são de fundamental importância para a produção da cultura com o período de maiores exigências das plantas, evitando a perda dos nutrientes por lixiviação, imobilização, entre outras. Fatores como a espécie, raça animal, idade, alimentação influenciam a composição do esterco (SIlva, et al., 2012; Tedesco, et al., 2008).

O húmus em sua composição possui substâncias originadas da degradação química e biológica de resíduos através do metabolismo da minhoca. No solo, o húmus reconstitui a estrutura física e química do solo, neutraliza o pH, eleva concentração de nutrientes, são alguns benefícios da sua utilização (Landgraf et al., 1999). O objetivo do presente trabalho foi avaliar a produção da alface adubada com diferentes fontes orgânicas, buscando uma alternativa sustentável.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi desenvolvido em casa de vegetação no Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS), da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Juazeiro – BA, a 9°25’10” latitude sul e 40°29’16” longitude oeste, com altitude de 367 m. Segundo a classificação de Koppen, o clima da região é classificado com BSwh, ou seja, clima semiárido com precipitação anual equivalente entre 380 e 760 mm.

Tratamentos e amostragens

As mudas da alface crespa foram produzidas em bandejas de poliestireno com 200 células preenchidas com o substrato comercial Plantmax®. As sementes utilizadas para semeadura eram peletizadas, sendo colocado uma semente por célula. O preparo do solo foi realizado de maneira convencional com uma escarificação, uma gradagem e construção de canteiros. Foram avaliadas as seguintes formas de adubação orgânica: T1 – testemunha (sem adubação); T2 – húmus; T3 – esterco caprino; T4 – cama de galinha. Em cada parcela foi aplicada a quantidade de adubo correspondente a um hectare que é de 30 t ha-1. O delineamento empregado foi em blocos casualizado com quatro repetições. A área total da parcela experimental foi de 1,2m2 (2m x 0,6m) e composta de 8 plantas, espaçadas 0,30m x 0,50m. Alguns tratos culturais foram realizados após o transplantio, foram eles: irrigação duas vezes por dia, três capinas manuais e o controle fitossanitário através da aplicação de biofertilizante semanalmente. Após 36 dias as seguintes variáveis foram analisadas: largura da folha (LARG-F); comprimento da folha (COMP-F) e massa fresca da raiz (MF-R).

Análise estatística

Os dados obtidos das diferentes variáveis estudadas foram analisados por meio de análise de variância (P<0,05) e, as médias comparadas por meio do teste de Tukey (5%) através do programa WinSTAT do Departamento de Estatística da Universidade Federal de Pelotas – UFPEL-RS.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com a análise estatística todos os tratamentos foram influenciados significativamente (P<0,05) com a aplicação dos diferentes adubos orgânicos na cultura da alface. Para as variáveis analisas, os tratamentos que receberam húmus, esterco de caprino e cama de galinha diferenciam-se estatisticamente da testemunha, confirmando a influência dos adubos orgânicos em proporcionar um aumento significativo nas características produtivas da alface (Tabela 01). Entre os tratamentos que receberam a adubação orgânica não houve diferença estatística para as variáveis analisadas, indicando que os três adubos utilizados no experimento foram eficientes quanto as variáveis LARG-F, COMP-F e MF-R (Tabela 01). Os tratamentos que receberam a adubação orgânica obtiveram maiores peso na variável MF-R devido a quantidade de nitrogênio dos adubos, onde de acordo com a sua mineralização torna-se mais disponível a planta (Castro & Ferraz Junior, 1998).  Com a adubação orgânica e um solo mais fértil, com maior disponibilidade de nutrientes, condições ideais para que a cultura tenha um crescimento e desenvolvimento maximizado contribuiu para os resultados das variáveis LARG-F e COMP-F em relação a testemunha demonstrados na tabela 01.

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